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04 junho 2013

Relato de Nascimento de Laís - Fim (eu juro!)

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Onde estávamos??? 
Tá um frio danado aqui no Rio - não zoem, 19 graus é frios pacas -  e eu voltei a trabalhar hoje, dois dias antes do fim das minhas férias.. e não parei um segundo. Passei a noite em claro com Laís, que insiste em seu resfriado bate e volta e continua com ele já a quase 3 semanas.. e eu estou batendo cabeça.... Então perdoem a minha ausência da vizinhança... Precisava mesmo escreve e findar esse relato.... 
Lá vamos nós!!!!
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Paramos na minha torcicolo por conta de ter feito um esforço do cão para ver a minha pequena.... :)

Depois disso ela veio muito rápido para mim. Na verdade não veio. Não tenho a lembrança do momento em que ela chorou. Lembro que o Dr me mostrou ela por cima daquele lençol que faz uma paredinha e me deu para beijar #pausa momento confissão: senti certo nojinho :( de beijar num primeiro instante. Ela estava toda sujinha ainda e eu não era emponderada o suficiente. Pensei, que linda, vou beijar pq ta todo mundo olhando, mas queria dar um banho nela. Mas de merda, eu sei!!! A primeira de muitas.. rsrs #despausa

Depois do "beijo" tiraram ela por alguns poucos instantes e depois vieram com ela do meu lado (nesse momento eu esqueci barriga e cirurgia. Não estava sentindo nada mesmo!) Aí sim.. ja sem o grosso da sujeira. Eu queria muito pegar... Muito mais pela duvida e pela ansiedade do que a situação me causava do que pelo amor repentino que nasce junto com o bebe. Desse eu não senti. 

Voltando ao relato... 

Nessa hora a Ped que estava acompanhando colocou ela no seio e apertou bem até sair um pouco do colostro. Foi o nosso primeiro contato com a amamentação e a lembrança que tenho é de ver a boquinha dela procurado o bico do seio para mamar. Depois dessa mamadinha, que não foi no meu colo, não foi comigo segurando, não foi nossa.... depois disso levaram ela para os procedimentos padrões. Procedimentos que só tomei consciência de quais eram pelas fotos que a ped tirou de dentro do berçário.

Uma coisa... Nesse momento, Ed que foi levando Laís. Parou antes no quarto em que estávamos para minha mãe ver, ficou um pouco com ela ainda, e só depois "entregou" no berçario. Tivemos algumas facilidades pelo horário, por sermos os únicos na ala da maternidade e por termos mudado a rotina dos médicos envolvidos.

Depois que Laís saiu do centro cirúrgico eu tive um certo panico. Panico da distancia dela. Panico pq Ed não estava mais lá. Pânico pq não sabia como seria dali para frente. Por conta disso, quase passei mal. Comecei a ficar com falta de ar, mas segurei o emocional para passar por aquilo logo e ir para o quarto.

Nesse momento, conforme já havíamos conversado, o Dr fez uma micro cirurgia plastica... e me comunicou disso quando começou a fazer.

Explico:
Uns 5 anos antes de Laís nascer, eu tinha feito uma cirurgia para retirada de dois cistos que geraram uma hemorragia, uma grande dor de cabeça e a perda de um ovário e trompa. O corte era bem similar ao de uma cesárea, mas a cicatrização não foi das melhores. Durante a gestação, mesmo com aquela barrigona esticada com um monte de pele estalando pedindo hidratação, na região da cicatriz tinha um gominho de gordura. Uma gordura durinha, que logo encheu de estrias roxas e que não sairia dali mais. 

O Dr chamou de celulite, mas nem sei se é isso mesmo pq ninguém que eu comento sabe do que se trata. Em fim... em finais de gestação eu descubro aquilo e quase entro em depressão. Daí na ultima consulta, quando marcou-se a cirurgia, o Dr disse que havia uma pequena possibilidade de ele mexer para tirar aquele bololô de gordura. E assim o fez.

Antes do meio dia eu estava no quarto. Laís chegou pouquíssimo tempo depois de mim. Depois do parto, só nos separamos por alguns minutos na hora do banho e uma vez no segundo dia por conta do complemento, já que o colostro não estava satisfazendo e estávamos chorando junto com ela.

Incrivelmente, ou pq dessa vez eu tinha algo maior para me preocupar, eu não tive nenhum problema de recuperação da cirurgia. Ainda no hospital eu tomei banho sozinha. Eu sentava e levantava com certa facilidade. Tbm comi e evacuei (condição para alta) com facilidade. 

Dois dias depois, estávamos descendo a serra com uma bebe dorminhoca e faminta. E o resto da historia vcs já conhecem!!!

Do que tirei dessa experiencia, hoje, mais de três anos depois?

Mesmo eu não querendo o dia 11, esse foi o dia que minha bebe estava pronta biológica e fisiologicamente, para nascer. Mesmo se eu não tivesse esperado tanto para acionar o médico e tivesse corrido pro hospital na primeira contração, eu teria a certeza que o corpinho dela estava pronto para aquela experiencia. E, hoje, isso faz a maior diferença para mim.

O período que fiquei instintivamente prolongando o TP sempre me pareceu magico. Mesmo quando minhas informações eram limitadas. Esse período me mostrou que sou muito mais forte do que eu mesmo pensava, que eu estava pronta pro que estava por vir (viesse o que viesse) e que tenho plena condição de passar por ele de novo.

Numa das fotos do parto, tive a sensação de Laís ter nascido meio roxinha... e ter demorado a chorar. Isso tbm me fez ficar tranquila com a decisão do médico. Mesmo que tenha sido por interesses próprios, que ficar ali naquele TP podia durar mais algumas horas e tal, mesmo assim acho que aconteceu da melhor forma para nós duas. Então não tenho esses fantasmas.

Da proxima vez, pode ser que eu vá naquele médico, pq é o médico "bomzão" que o plano cobre e quem passa os exames pelo plano. Pode ser tbm que eu ache outro bom e mais disponível para um parto normal. Pode ser que eu me encaixe em um grupo de apoio e "me encontre" e entenda mais profundamente todo esse processo e consiga envolver Ed nessa jornada. Da próxima vez, estarei bem mais experiente e munida de informação.

*Só não sei como vou fazer para não cair no pau com um médico cesarista que vier me falar que não posso ter parto normal.

Bem.. pode ser que da proxima vez aconteça tudo meio parecido ou muito diferente. 

Acho que relatos como o meu, que considero um meio do caminho, relatos de partos domiciliares, partos naturais em hospital, partos por cesarea... esses relatos vão nos munindo de informação. Vão inchando a rede com experiencias compartiladas por pessoas normais que podem ajudar a mudar o cenário banalizado ou deixado em segundo plano que vemos por aí.

Acho tbm que a forma como nasce o bebe pode pouco importar depois que o bebe nasce. E pode mesmo. O principal já está ali e pronto. E que otimo quando é assim. Mas pode importar tbm... e muito.

Eu estava muito doida para agarrar essa bochecha :)

5 comentários:

  1. Quem é essa na foto com o Ed e a Lais? Caramba tá muito diferente, eu não te reconheceria! hauahuahaua

    Láis já nasceu trabalhada na fofura! Que linda, cabeluda, bochechuda!!!

    Amei saber mais de como vcs passaram por esse processo!

    beijos

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  2. Nossa, Laís nasceu linda mesmo, Martha, como assim? Que delícia!!!!

    Concordo contigo que quanto mais informação, mais difícil de cairmos em ciladas médicas e concordo tbm que a cesárea foi super tranquila para mim....
    Quero muito um VBAC *entrei no grupo do face, vc viu?* mas ainda acho que se cair em cesárea por necessidade, não vou ficar traumatizada, não.

    Beijos grandes!

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  3. eu quero um segundinho e ai topa ? rsrsrs amiga não tive uma foto clássica desta pós nascimento, queria tanto !!!

    adorei quando vc disse (e daqui pra frente vocês já conhecem rsrsrs)

    saudades de vocês

    bju

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  4. Laís tem a mesma carinha de recém nascida! Que fofa! E vc tb estava mais trabalhada na morenice, né?

    Adorei conhecer um pouco mais da história de vcs, da chegada da Pequena Laís ao mundo.

    Grande beijo!Nine

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  5. Vou tentar comentar mais uma vez, agora pelo celular. A net nao esta ajudando affff!

    Finalmente arrumei um tempo pra ler todo esse testamento sobre o nascimento de Lais. Claro q boa parte dessa aventura eu ja conhecia!!!

    Entao q venha os proximos relatos, ou seja, filhos!!! So nao espera mais 3 anos pra escrever.viu? Rsrs

    bjs

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