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06 outubro 2015

O plano infalível.. ou quase

Antes de Laís nascer eu era a tipica feminista que foi criada para ser independente, trabalhar fora, me sustentar e não dar satisfação para ninguém. Demorei a engravidar (considerando que casei com 19 anos e só engravidei com 24), pq estava esperando terminar a faculdade e me estabilizar no emprego.

Pronto... Engravidei e fudeu-se tudo!!!

Sofrimento TODOS os dias para sair de casa. Mesmo quando ela nem me via, mesmo quando ela me via e me dava tchau, mesmo quando sabia que aquele dia seria ótimo no trabalho e eu ia fazer algo muito produtivo, que ia me sentir realizada. Eu não me sentia.

Por diversos fatores: Eu não estava completa e sentia uma pulga me picando, me avisando que alguma coisa não estava funcionando bem, e não estava. Eu fazia um trabalho que gostava, mas num clima de merda. Eu não me sentia estimulada ou era desenvolvida. Muito pelo contrário, por muitas vezes as minhas características que foram determinantes para que eu chagasse até ali, eram o que mais me ferrava. Eu queria ação e movimento, queria novidade e desenvolvimento. As pessoas queriam que eu ficasse quieta na minha... Ah.. e que chegasse no horário, o que nunca foi meu forte, confesso!

Daí, caramba...tem alguma coisa errada. Eu saia de casa pela manha com a sensação que estava fazendo a coisa errada, pelo motivos errados e com as consequências que eu teria que assumir. E fazia isso basicamente por conta de salario. (O que não faz sentido nenhum na minha cabeça!)

Por anos eu matutei o que eu faria. Por anos eu sofri pela manha, sofri aos domingos quando ouvia a musica do fantástico. Na verdade meu sofrimento começava na sexta quando passava a propaganda e eu xingava: Poham, nem bem o fds tinha começado e a tv já anunciava seu fim... Muitas noites eu não dormia, pq não queria ter que acordar e sair. E isso é o pior sentimento do mundo. Dinheiro nenhum compensa isso.

Mas sou cRasse média, né?! Preciso pagar as prestações, as contas (que só aumentam) e as dividas que se assume para se ter padrão cRasse média. E claro, precisava me compensar e, principalmente, compensar Laís por todo esse sofrimento. Já que o trabalho era pelo dinheiro: Bora gastar... e lá vinham mais contas e mais necessidade do salario.

Eu não via nenhuma perspectiva de mudança. NENHUMA. Na minha realidade as pessoas "dariam tudo" para estar no meu lugar, com um emprego, uma estabilidade falsa e um salario no final do mês.

Só que um dia, zapeando (o blogger e zapear pela internet eram meu suspiro  de vida)... Daí que zapeando achei uma moça que contava como tinha mudado sua vida. Como era antes, o que aconteceu e como ela escolheu sua vida. Pensei: Claro, né?! Olha a realidade dela, olha a minha.

Mas a moça era bacana e escrevia com uma propriedade daquilo que ela estava contando, que convencia. Que fazia pensar, fazia a pulga ficar atiçada.

Nessa mesma época, um pouco antes ou depois, não lembro. Eu conversava muito com uma amiga querida AND blogueira, sobre todos esses sentimentos. Apelidamos nossas conversar de: Assuntos sobre o horário comercial. Que era para ninguém saber o quanto aquilo nos fazia sofrer. Nosso apelido, dava ar de corporativo àquele assunto que era o extremo oposto.

Algum tempo depois, ela escolheu mudar a vida dela e aquilo mexeu comigo. Ela tinha os motivos dela e eu sabia. E ela estava lá - guardadas as devidas proporções - naquele lugar onde qualquer pessoa "daria tudo para estar". Onde teoricamente ninguém iria querer deixar para trás, mas ela assumiu a vida dela e deixou.

Se eu tinha tido a pulga atiçada antes, agora minha pulga interior dava salto mortal carpado.

Isso tudo ao mesmo tempo em que a vontade de ter outro bebe crescia e a vida ficava cada vez mais difícil no horário comercial.

Eu tinha verdadeiras batalhas interiores. Muitas eu registrei aqui no blog. Mas eu tinha uma certeza (que não era certeza porra nenhuma): Eu ia mudar minha vida. Ou ao menos precisava.

Quando o bichinho do segundinho veio com força total, ele veio com outros fatores que me fizeram ver uma luz no fim do túnel. Eu poderia arriscar e teria um tempo para reorganizar a vida durante 1 ano de licença + Auxilio...

Convencer marido disso foi outra batalha. Não é o tipo de decisão facil.. que é tomada assim no impulso. Não temos berço de ouro e somos nós que seguramos as nossas barras, ou seja. A "responsabilidade de prover" ia ficar maior.

Marido aceitou, entramos juntos e de cabeça nesse projeto de começar a mudar nossa vida. Reestruturar os gastos, as contas, a rotina... A escolha da escola de Laís foi parte dessa decisão. Começamos meio a que a viver em contagem regressiva...

Mas a vida nunca é tão simples assim... Ganhei um combo aborto + briga no trabalho + nova gravidez + todos os problemas de uma gravidez que se tornou de risco + bebe prematuro e pós operatório difícil... No tempo que eu deveria estar aproveitando, eu estava me recuperando fisicamente. Depois precisava me recuperar psicologicamente do susto e de todo resto...

A cabeça não parava de funcionar.. dia e noite eu pensava no que poderia fazer, em como seria e se realmente aquilo poderia se tornar realidade.

Um dia (ou noite) algum postou no Face sobre um Congresso on line gratuito que iria acontecer sobre Mães Empreendedoras. Me cadastrei pensando: Quem sabe?! No fds anterior ao congresso eu passei uma noite inteira acordada formulando um plano na minha cabeça. Que virou mais que um plano, me atiçou tanto, que precisei levantar e colocar no papel. Naquele momento eu já tinha a ideia, o(s) produto(s), o nome... e não conseguia desligar... ficava matutanto, elaborando, planejando... A faculdade de administração tinha que servir para alguma coisa... rá!!!

A semana do congresso foi daquelas semanas do carai, sabe?! Não conseguia me coçar. Não conseguia respirar pq tive mil compromissos ou afazeres (ou tinha alguem chorando ou me gritando)... Mas eu assisti a uma unica palestra e daquela palestra eu decidi que queria que aquelas pessoas me ajudassem a dar um primeiro passo. Queria entender o que tinha pela frente e como eu tinha que me preparar para tudo aquilo. 

Caio estava com 3 meses, faltava menos de 3 meses para o fim do combo licença + ferias e eu tinha certeza (ou quase) que eu não ia voltar para minha rotina antiga.

24 setembro 2015

Tempo, tempo... Mano velho!!!

Não posso dizer que passei por aqui todos os dias nos últimos meses. Acho que nem todas as semanas... Mas voltei aqui muitas vezes querendo escrever, pensando em escrever, querendo ler as novidades dazamigatudo... e Acabei só lendo as minhas não novidades de 5 anos para cá.

Uns dias atras, que podem ser semanas, já que esse negocio de do lar/empreendedora me tira do eixo e só sei quando é fds pq Laís não tem aula...Voltando... Uns dias atras, eu passei horas aqui no blog... Entrei para ler um post sobre Laís na mesma epoca que o Caio e acabei passando uma madrugada lendo... Haja história, estória... para todos os gostos... 

Me deu uma saudade... saudade de sentar e escrever, saudade de conseguir compartilhar aqueles momentos que eram tão meus, tão particulares e que eu compartilhava com um "sem" numero de pessoas. 

Saudades de ler e de saber da vida das amigas. Daquelas em que só eu era a amiga, pq ela tinha 124658314 seguidores no blog e nunca ouviu/leu meu nome, mas eu estava aqui, acompanhando cada etapa da sua vida celebribloguística!!!!

Saudades de ler e saber da vida das amigas. Daquelas que eram amigas e compartilhavam suas vidas comigo através de muitos cometários trocados, de blogagens coletivas, de familiaridade, de viver a mesma fase.  Saudades da Nine, mãe da Ísis, da Dani, mãe da Laura, da Ivana, mãe do João, da Sarah, mãe do Bento; da Roberta, mãe do Noah. Saudades da Ivna, mãe do Enry; da Taty, mãe do Iury; da Luciana, mãe da Marina; da Carol, mãe do Isaac; da Marina, mãe da Beatriz; da Mi, mãe da Clarinha, da Vanessa, mãe do Enzo. Saudades da Laís, mãe da Malu; da Natalia, mãe do Benjamim; da Milka, mãe das meninas. Sauadades da Mari, do Muito Secreto. Saudades do Astronauta... 

Nossa!!!!! Tanta mulher bacanuda com quem eu aprendi tanto.. compartilhei tanto... vi crescer a primeira infância de tantas crianças espertas e lindas... Fora tantas outras que não lembro agora (madrugada, mãe de dois, empreendedora, dá um desconto?!), mas que foram muito importantes nos 5 anos humilde blog mixuruca... Importantes na minha vida, no meu crescimento como pessoa, amadurecimento como mãe e como mulher. Gente do qual eu falava como se fosse amiga intima... De quem eu contava os causos, como se fosse aquela vizinha chegada!!!!

Fora a Saudade das duas que estão mais presente na minha vida.. A Manu, mãe da Sophia, que me aturou por muito e muitos anos (rá), das 8h da manha até as 16,30h, com meus devaneios, com minhas loucuras, minhas sandices... Que me incentivou e virou minha sócia a quase 1.500km de distancia. Me ensinou e me ensina muito sobre correr atras dos objetivos e sempre levantar depois daquela banda que a vida dá. 

E a outra doida que me chamou de serial killer no nosso primeiro encontro ao vivo.., A Si, mãe da Bela e do Lipe, que é pau para toda obra e atravessa a Dutra inteira se eu precisar, tenho certeza disso. Me acolheu em sua casa e em sua família. e virou extensão da minha casa e da minha família lá pelas bandas de SP... Me fez mudar de opinião e tomar um bom cuspe da vida, me mostrando o há de bom em SP.. .que me dá esporros homéricos e briga comigo pelo watts app, mas que me ama pq é irmã gêmea de alma do meu marido.

O blogger, a blogsfera Materna que me deram isso tudo. Por causa do blog que era só da pequena Laís e virou quase da familia inteira, tenho amigas queridas. Por causa dele me tornei a mãe que queria ser, ou quase isso, pq não sou mulher maravilha e nem quero ser (só de vez em quando). Por causa do blog enxergo a vida de uma forma diferente, e aprendi a questionar muita coisa, bater o pé para tantas outras e fazer cara de alface para a maioria.

Eu sempre disse que e o google falisse eu morreria de desgosto (Drama Queen) pq minha vida esta nessas paginas e paginas.. nas muitas paginas do meu querido gmail/drive... mas no blogger esta meu coração!!!!

Ed (vulgo marido) dizia que para me trollar, que eu escreveria no blog sobre Laís até ela completar 24 anos. 

Talvez não com a mesma frequência de antes. Talvez não com a mesma intensidade. Mas com certeza com a mesma paixão eu ainda fico por aqui por muito tempo!!!


08 junho 2015

Minha bebe, minha musa, minha mocinha!!!

Não há como negar: ela é a musa inspiradora da minha vida e desse humilde blog. Não há como negar que comecei essa tranqueira viciante (sou um viciada em recuperação ou sem  tempo, vale destacar!!) 

Elá está na descrição do endereço do blog e tomou conta das postagens, quase que exclusivamente por mais de 4 anos... É muito amor... vê se não é de babar!!!

Mas o tempo passou... Minha bebeia cresceu, seus longos cachos se perderam entre os muitos cortes que já fizemos, seu sorriso continua maroto e suas respostas bonitinhas, ganham ares de acides impar. 

Aquela menina que falava moieda e camaião (moeda e macarrão) hoje responde virando os olhos e falando dãããã... Mas se orgulha de ser educada e receber elogios por isso, quando está sozinha. Sim, pq agora ela fica sozinha, vai nos lugares sozinha e quer até dormir na casa da amiguinha... VÊ SE PODE?!

Mas pode, né?! Minha pepequinha ta crescendo uma menina linda e apaixonante. cheia de personalidade, sem muita tolerância com nós adultos doidos e "lerdos"... 

Fotos dela no ensaio da gestação do Caio, que definem bem as varias facetas da sua personalidade linda!!!

Mas né?! Ela fez 5 anos... e dessa vez não teve super produção, não teve lista de convidados, não teve chuva de presentes, não teve noites e noites de trabalhos manuais... Tinha uma recém mãe de dois, cansada e com olheiras, com um bebe picutinho e sem condições de fazer festa. 

E quem disse que ela ficou triste.Triste fico eu, que gastei rios de dinheiros em festas e quando pergunto qual foi a festa que ela mais gostou na vida, ouço em alto e bom som que foi a de 5 anos... e que ainda poderia ter sido melhor se tivessem ido menos adultos (meus pais, irmãos e meu primo que esta sempre com a gente)... Ela queria uam festa simples.. um bolo rosa, seus bichinhos na mesa, seus amiguinhos do condominio, sua melhor amiga da escola.. e foi o que ela teve... e foi ó.. divertido a beça!!! hehehehe


Minha princesa está crescida. Está encarando bem a realidade de não ser mais "soberana" na casa. De ter que dividir desde o quarto, até a atenção das pessoas, passando pelo cantinho da minha minha cama (que é dividido milimetricamente entre os 4 da familia, e sempre sobre só 10cm para mim.. )

Sua relação com o Caio é de encher de amor. Mesmo nos momentos de maior carência, onde ela quase fica com ciume, ela dá lugar a ele e se preocupa em ele ser preterido. Ela fala sobre ele para todo mundo. Cuida como irmã, não como mãe, como costumam dizer. Ela não quer saber se ele esta limpo ou alimentado, ela quer curtir as gargalhadas, quer comemorar quando ele conquista alguma coisa importante do desenvolvimento, ela quer beijar e apertar e tá nem aí para falar baixo, só pq ele esta dormindo. rsrsrsrs E ele já aprendeu e devolve na mesma moeda!!! Ou como diria ela para me agradar.. na mesma moieda!!!


Eis que num passeio no sábado, enquanto comia o milho verde roubado da vó, o dente doeu.. e descobrimos que os dois dentes de baixo estão moles.. os dois que foram os primeiros a nascer serão os primeiros a cair... e o ultimo fiozinho de bebezice vai cair junto!!! Logo vou ter uma criança grande... depois uma mocinha linda.. meus Deus o tempo não para.. ele é cruel.. e ao mesmo tempo fantástico... Tem gente que prefere os bebezinhos, outros preferem quando já se tornam independentes... Eu prefiro ela.. do jeito que for, em que fase for... minha bebe, minha princesa, minha pequena!!!

Corta pra mim!!!

Tá... o titulo mais escroto (desculpa a palavra mais foi escroto) do mundo, pq a dondoca aqui não sabia por onde começar... 

putaquepareo... tanta coisa para falar aqui.. tanta coisa para registrar.. de verdade.. nem sei por onde começar!!!

Sim.. cheklist... vamos?!

Itens:
- O Blog fez 5 anos em 13 de abril
- Ainda não falei sobre o aniversario de Laís que foi em janeiro (putaquepariu)
- Amamentação
- Caio fez 6 meses de pura gostosura e amamentação exclusiva (ou quase)
- Estamos fazendo um BLW às coxas... ele experimenta quando quer, quando tem a oportunidade (leia-se fruta ou legume ou qualquer coisa, na nossa mão), ou quando me ausento.
- O Brasil está em crise (mas que raios isso tem a ver com um blog fofo sobre maternidade?)
- Saí de comum acordo do meu tão (as vezes nem tão assim) amado emprego.. (Rá!)
- Ah... e Caio caiu (caio caiu, fica horrivel!!!).. mas ele caiu da cama ontem e meu coração ficou estraçalhado!! :(
- E claro, Laís, minha musa, está com 2 dentes mole... 

E mole ou quer mais??? Cara de pau me define minha gente... venho depois de 2 meses sem postar e jogo assim.. um monte de coisas nas fuças do povo (se é que ainda tem alguém querido o suficiente para vir aqui saber de mim e das minhas crias!! <3 p="">

O fato é que... sim, minha gente... o Brasil está em crise e eu estou desempregada. Na-na-na-não... Estou virando empreendedora e isso esta tirando meu sono e me dando um sorriso no rosto... quer coisa melhor?!!

Postagem sem vergonha, pq eu precisava vir aqui dar alguma satisfação!!!

Agora vou ali escrever mais um pouquinho, pq já que perdi o sono mesmo e ainda falta 1 hora para Caio acordar e eu encarar mais um (meio) dia de aviso previo... :) Já volto!!!!

10 abril 2015

Impossível não comparar

Estava eu aqui, sem nada para fazer a não ser dormir, ou investir no meu plano infalivel, ou dormir, ou (pelo menos) arrumar a casa... enquanto todos dormem, fui fazer uma montagem com duas fotos do book de gestação da Laís e do Caio... Tive que me segurar, se não passava a noite fazendo montagens... 

É impossível não comparar um momento com o outro. Tanto a gestação, quanto o puerpério... tudo foi e esta sendo muito diferente. 

Claro que não tenho mais 25 anos... o corpo muda, a cabeça muda, o tempo muda... a vida é outra... mas chega a ser engraçado... 

Bem lá no inicio da gravidez, em um dos meus poucos relatos aqui no blog, eu citei algumas coisas que eu já estava sentindo diferente... mas sabia eu que era só a ponta do iceberg!!!

Daí vamos as diferenças:

Cuidados com o corpo

Na gravidez de Laís eu passei cremes, óleos, hidratantes, cuspe... Tudo que pudesse me ajudar as famigeradas estrias, eu passei... exceto nas duas ultimas semanas da gravidez, onde o cansaço e o calor não davam trégua. Resultado: elas apareceram sem dó!!!
Na gravidez de Caio e troquei de óleo pelo menos umas 5 vezes sem exagero... e garanto, com dor na consciência, que deixei de passar por muitos e muitos dias... cada dia com uma desculpa diferente. Quando finalmente me adaptei com um óleo... adiantou a porra toda.

Na gravidez de Laís engordei 15kg e emagreci um na ultima semana antes dela nascer.
Na gravidez de Caio engordei 9,5kg. Considerando que pari um mês antes... e vomitava bastante, não acho que ia engordar muito mais isso.

Na gravidez de Laís não bebi refrigerante, não tomei nem golinho da minha cervejinha de lei... mas era uma draga sem fim. Comia tudo que via pela frente.
Na gravidez de Caio liberei o refri e agradecia por cada golinho das cervejas sem álcool (mesmo elas com moderação e conhecimento da GO, viu?!)... mas TINHA que alimentar bem, comer pouco e regrado e com poucas besteiras... se não ia tudo literalmente ralo a baixo.

No pós de Laís usei cinta por 5 meses e meio (tempo da licença) e se não tivesse ficado com vergonha de ir trabalhar de cinta, teria continuado. Aquilo me dava uma segurança sem igual, mesmo eu tendo emagrecido tudo que engordei e mais um pouco tbm. (a conta 15kg - 20kg ficou um bom tempo sem bater!!! Cheguei aos 47kg)
No pós de Caio usei cinta por 20 dias. Sentia tanta dor cada vez que tirava e colocava. Sentia tanto calor. Perdia tanto tempo. Deixei um dia, depois outro e mais outro... Acabei acostumando. (grazadeus não tive tempo de comprar uma nova, se não ia dinheiro pelo ralo!!!)

Puerpério e amamentação

Não tive grandes dramas quando Laís nasceu. Não senti dor nenhuma e com uma semana me controlavam, se não eu dava cambalhotas. Estava sempre de boa, descansada, com tempo. Tive ajuda por um mês da minha mãe e ajudante duas vezes por semana durante toda licença. Não me preocupava com a parte pratica da casa nem de nada. 
Tive todo drama possível quando Caio nasceu. Talvez por cota do histórico, talvez por conta do pós operatório dolorido, da prematuridade de Caio. As únicas cambalhotas que eu poderia dar eram de dor. por conta do período corrido do ano, minha mãe ficou por aqui uns 15 dias, marido surtou e trabalhou como se não houvesse amanha, minha ajudante sumiu, Laís era Laís ao quadrado e estava de férias (mas nem posso falar da bichinha pq ela me surpreendeu absurdamente positivamente nesse período), fiquei mal, fiquei triste, me senti sozinha... baby blues total. (Passou, viu?!)

Sofri para amamentar Laís. Muito!!! Teve bico de silicone, concha disso, concha daquilo, casca de banana no bico, sol com as peitcholas de fora, litros e litros d'água tomados por dia, spray de ocitocina. Tudo e qualquer coisa. Se me falassem que era bom, que ajudava, que aliviava a dor e estimulava a produção... eu fazia. Nossa relação só foi se firmar com uns 4 meses, eu acho. 
Só sofri pela vontade e receio de não conseguir por conta da prematuridade. Nos 3 primeiros dias na UTI não tinha nada... tinha um colostrinho lá longe. Depois veio com tudo. Ainda não conseguia ordenhar, mas desceu bonito. O bico que comprei nunca foi usado. A conha que ganhei tbm não. O peito só rachou uma vez, lá na UTI e melhorou antes de ele vir pra casa. Nada de mastite, nada sol, casca de banana, nada... Mas... Fiquei relaxada. Me forço a beber 1 misero litro d'agua por dia e isso não é bom e não recomendo, viu?! To tentando melhorar!!!

No geral

Uma coisa é certa no primeiro filhos temos direto a tudo... No segundo as pessoas até se esquecem que vc está gravida!!!

Fui muito mimada durante a gravidez de Laís. Ganhei muiiiitos presentes para ela e para mim. O enxoval estava pronto, lavado e passado. Varias doações da prima mais velha ajudavam.
Não tive tempo para os mimos na gravidez de Caio. Primeiro nos resguardamos, depois eu estava quase sempre passando mal e não era mais uma novidade (eu acho). Não ganhei quase nada em comparação a Laís e as doações vieram todas depois que tudo precisou ser apressado (tadinha da minha amiga Si, que ficou lá em SP desesperada separando o que já podia trazer e quando chegou veio com 4 (ou mais) bolsas de coisas do Filipinho para o Caio!!!)

Laís e Caio tiveram poucas e boas visitas. Nisso não foi diferente. 
A familia de perto conheceu Caís numa festa quando ela tinha 11 dias. Não fomos a essa mesma festa essa ano pq era formatura da minha irmã, então ainda não conheceram Caio. 
A familia de longe conheceu Laís com 1 mês quando a levamos pro interior para meus avós conhecerem. Tbm fomos pro interior quando Caio fez um mês, a diferença é que meus avós faleceram num espaço de 2 anos.
A familia do marido conheceu  Laís pelo Orkut e Caio pelo Facebook. (Rá)

Os amigos, vieram os mais próximos das duas vezes... ou os que se importavam mais. A maioria conheceu nas visitas ao trabalho ou quando nos esbarrávamos em algum lugar!!!

#pausa Nisso eu tenho que descordar da maioria dos sites de bebês e gestantes. Gente boa e amiga... se vc tem uma amiga gravida ou recém parida, não deixa passar 3,6 meses para visitar... ou esbarrar pela rua... Gravidas e recém paridas são seres sensíveis... sabe o 8 ou 80??? Então, não vá fazer algazarra na casa da pessoa... mas não larga #acoitada sozinha na nova rotina alucinante!!! #despausa #ficadica

Acho que é só (que me lombro, pq a memória ficou ruim das duas vezes!!!)... mas vou deixar mais fotinhas comparando as duas gestações!!!


 


Bjnhos!!!

08 abril 2015

Sobre velhos anseios e sobre novos rumos

Eu não mudo... rsrsrs Continuo sendo aquela que promete que vai movimentar isso aqui, que vai postar regularmente  e contar todas as novidades (que mais que nunca estão acontecendo todos os dias)... e sumo por mais um mês!!!!

Procrastinação é meu nome do meio, oh god!!!

Mas ó!!! Tudo pode mudar... tudo TEM que mudar!!!

Por falar em mudança, antes de falar nas crias, vou falar de mim já que ainda estou no titulo deste humilde blog...

Lembro de um comentário que tive aqui no blog que mexeu muito comigo, sobre como o dilema Trabalho X Família continuava sendo um tema recorrente no blog e na minha vida. A querida Flavia, do Criando ComCiencia, não teve má intenção, nem eu interpretei assim, foi mais um puxão daqueles que me fazia pensar... E como pensei nesses últimos 5 anos!!! (se pensar fizesse cair cabelo... rá!! eu tava careca!!!!

Daí que meu dilema seguiu e segue... olhando para aquele post  lá em 2013, vi que muitas decisões foram tomadas logo depois daquela data... decisões que eram bem mais fáceis quando eram ainda ideias na cabeça.

O desejo de engravidar virou decisão, a decisão virou tentativa, a tentativa virou frustração, a frustração virou susto, o susto virou enjoo (muito enjoo)... e o enjoo esta lindo cheio de gordurinhas para apertar... mas e agora, José?! Aquela decisão que foi tomada, que era tão fácil, afinal estava longe... o que vai ser disso???

Sei que apesar da procrastinação, estou me mexendo... Me mexendo para algum lugar que é diferente daquele que eu estava habituada, e quando é diferente a gente tem medo. No momento estou me borrando de medo. 

Participei de um congresso online a 1 mês atras que me ajudou muito a tirar a bunda magra do sofá e começar a agir. Mesmo que eu não saiba onde vai dar no final, começar a agir é incrível. Me senti mais produtiva nas ultimas semanas do que talvez durante o ano passado inteiro (considerando nesse ultimo mês, o agravante de duas crianças, uma em livre demanda + um resfriado que me tirou do eixo + casa sem ajudante + marido entrando de férias)... e isso não tem preço. 

Sentei na frente do PC e estudei, conheci outras pessoas, outras formas de viver e de se organizar, criei listas e mais listas, criei ideia, elaborei um plano real (não aquele de mentira da época da faculdade), criei arte...

Mas ainda é pouco.

Ainda preciso mais e vou tentar mais. 

Falta pouco (muito pouco) mais de um mês pro final do período de afastamento do trabalho. Falta pouco, muito pouco pros meus maiores medos estarem frente a frente, me desafiando e espero ter a firmeza necessária para encarar.

bju!

10 março 2015

3 meses de Caio!!!! (Muita fofura na sua tela!!!)

Como é louco ser mãe de dois. Como cansa. Como é muito mais fácil que meus maiores pesadelos. Da para dar conta de boa!!! (A loka querendo enganar azamiga) 

É mais fácil do que pensei que seria... Mas né moleza não. Já teve choro, já teve grito (meu e das crias), já teve vontade de sair correndo, de me trancar no banheiro... Molezinha!!! 

Lembro que quando Laís nasceu e me perguntavam quando viria o próximo, eu logo animava e dizia que logo, logo. Hoje quando perguntam (sim tem gente desse tipo que merece um pedala mas fuças)... Então, quando perguntam, me tremo toda só de pensar em passar por tudo de novo... Nem a pau Juvenal...

E é bom registrar pq a memória gosta de sacanear, pregar umas peças e fazer parecer tudo lindo... 

É lindo, eu sei... Marrrr né mole não, rapa!!! 

Dai que rapazote já esta com 3 lindos e gordos meses...

Depois de ir com aquele mulequinho tão picutinho pra casa, ver ele hoje com o peso quase triplicado é incrível... E gera o apelido de gorgelicia. 

Apelido é o que não falta: gordo, gordelicia, Cailindo, Carinho, picuto, picutinho... 

No primeiro mês, pensamos Caio toda semana e a cada semana eu comemorava... Ganhou quase 350gr por semana, chegou a 3540kg com um mês de nascido. 
1 mês

Considerando que Laís nasceu com esse peso, e que ele nasceu um mês antes, que sua idade corrigida era de recém nascido, que ele engordou mais de 40gr por dia, que o pediatra mandou dar 3 mamadeiras de complemento e eu mal dava meia por dia, só pq tinha que dar a vitamina, que ele ficou (quase) exclusivo no peito.... Foi uma vitoria e tanto. 

Cresceu 11cm e fez sua primeira viagem. Assim como a irmã, foi passar o primeiro mesversario na roça, para conhecer a parentada... Rsrsrs 

No segundo mês engordou exatos 1kg... O que foi meio frustrante pra mim, mas comemorado por todos, inclusive pelo pediatra que não entendeu quando eu disse "só 1kg"... 
2 meses!!!

A gente quer sempre superar os resultados... E com um prematuro, parece que a coisa intensifica. 

Estou sempre preocupada se ele mamou bem, se esta fazendo xixi ou coco direitinho, se esta desenvolvendo ma medida dos email da baby center... 

Quase como aquela coisa de mãe de primeira viagem, sabe??? Mas não com insegurança... O sentimento é diferente... É mais uma preocupação. 

Fez sua segunda viagem longa. Tbm teve um grande resfriado que durou longas duas semanas e nos tirou o sono e não deixou que ele engordasse tanto de novo. 

Hoje é a consulta de 3 meses e já sei que não posso ter grandes expectativas. 

Sempre pensamos ele na balança culinária da minha mãe... O que é bom e tbm não é. Pode me deixar tranquila e ao mesmo tempo preocupada... Sendo que a precisão não é a mesma do consultório.

Hoje vamos ter tbm a avaliação motora e se desenvolvimento. Identificar a necessidade de fisioterapia ou outro acompanhamento pela prematuridade. 

O pediatra disse que acredita que não vai precisar de nada disso... Mas quem disse que estou com essa confiança toda?!?! 

Comprei um tapete/ginásio de atividade para ajudar nesse desenvolvimento e to torcendo que dê tudo certo. 

Por falar em comprar... Estou uma pessoa viciada no OLX... Gente, se eu soubesse/confiasse nisso na época de Laís, tava frita e falida. 

Comprei o bebê conforto do conjunto do carrinho que já tinha e guardei de Laís. Ele saiu de linha da peg perego e eu ao acharia em outra estampa e 4 vezes mais caro que paguei. 

Depois comprei uma cadeirinha que vira Moisés da Tony love. Linda, cara de nova, coleção nova... Por metade do preço que compraria na loja... 

Por último o tapete. Queria outro, mas não estava encontrando um que estivesse completo e que coubesse no bolso. Por fim mudei o foco e comprei um quase perfeito por pouco menos da metade que pagaria na loja. 

Coisa de criança usa pouco e tem utilidade por pouco tempo. Pq não reutilizar??? O bolso e os desejos consumistas agradecem!!! 

(To mirando uma cadeirinha, que meu marido vai me matar pq não tem mais espaço em casa!!! Rsrsrs)

****

Atualizando... O post era para ter sido publicado ontem, mas por motivo de "não tive tempo em meio a correria", não consegui!!!


Como já fomos no Pediatra, ja tivemos a definição que ele não vai precisar de Fisioterapia nem de Oftalmo e que sua prematuridade não teve impacto no desenvolvimento. Engordou 850gr (o que pra mim foi pouco, mais pro pediatra foi otemo) e cresceu 4,5 cm, para alegria da mãe aqui!!!

3 meses!!!!

Agora já dá para respirar e voltar a babar o pequeno!!!! 

05 março 2015

O que se aprende em uma UTI neo

Quando a dra me avisou que estava ligando para o hospital para reservar o centro cirúrgico, eu não pensei em mim. Não fiquei com medo da cirurgia, nem da dor ou das agulhadas... Eu só pensava que Caio no estava pronto... 

Eu estava com 34,5 semanas. Independente da situação que ele estivesse, e iria para a uti neo natal sem limite se tempo. 

Por mais otimista que eu fosse (ou que fingisse ser), o medo de algum problema era claro... E era só no que eu pensava. 

Quando ele nasceu, vi o quanto era miudinho e todo enrugado - a gente chamava ele de velhinho (bulling familiar ;), mas seu choro alto e forte foram um alívio para o meu coração. 

Sabia que ele iria para UTI de qualquer forma pelo período gestacional, mas o peso e suas condições iriam determinar o quanto ele iria ficar lá. 

Ele bateu na trave em relação ao peso. 2kg era o minimo para não ir. Ele nasceu com 2,005kg e mais uma vez fiquei muito aliviada. 

Ele foi levado direto para a uti neo natal para que verificassem sua situação e eu fiquei ali, no centro cirúrgico, terminando os procedimentos, dando Graças a Deus por tudo ter dado certo, no fim. Mas ainda faltava um tanto para o fim. 

Ed foi junto com ele e viu como seria, conversou com a pediatra responsável do turno, levou Laís para conhecer o pequeno. Ele ficou tranquilo. Naquele momento não tínhamos alternativa a não ser ficar tranquilos.

Ir para o quarto sem o bebê não é a melhor das experiências. Os médicos e enfermeiras mandavam eu aproveitar e descansar, não falar, dormir. Mas meu pequeno tava longe de mim não era tao simples relaxar. Acabei passando muito mal na primeira noite e pela manhã. 

Chorava de dor e por não poder ir ver meu filho. Nisso contato tinha sido por alguns segundos, um minuto, no maximo. Ele não conhecia meu cheiro, não tinha pego o seio no primeiro instante. E minha condição nos deixou longe por um dia quase inteiro. 

Cheguei na UTI no final da tarde. Eu estava elétrica, mas em choque. Meio sem saber como agir. 

Me explicaram como era o esquema para entrar, quem poderia entrar e que meu acesso era irrestrito. Que eu deveria ir direto pra incubadora dele e que sempre teria una enfermeira para me ajudar. Falaram que não era permitido roupinhas, somente meia, luva e as fraldas descartáveis. (Depois descobri que ele poderia usar suas mantas e coeiros na forração da incubadora).

Ele era tao pequeno, tao indefeso. A vontade era pegar e ir embora para casa. Pro nosso ninho. Mas eu tinha medo ate de pegar no colo. 

Quando o peguei pela primeira vez, com ajuda da enfermeira, o medo foi embora. A fonoaudióloga veio para as orientações em relação a pega correta do bico do seio para a amamentação. Descobri que Laís mamou com pega errada a vida toda.. Rsrsr 

Ele estava com a sonda de alimentação e com outros aparelhos conectados para medir seus sinais e respiração. 

Na primeira pega ele mostrou que era meu filho. Abocanhou com tudo e sugava como se não houvesse amanhã. Mas eu ainda não tinha nada. Nem o raio do colostro para fazer uma graça. Estimulamos por um tempo, depois a enfermeira veio com o LA. 

Voltei pro quarto com a orientação de estimular e beber muita água. Mas nesse tempo eu tentava tbm controlar ou aprender a lidar com a dor e o mau estar, pq em menos de 3 horas eu desceria de novo. 

Na terceira visita ele recebeu alta da sonda de alimentação. Ele tinha aprendido a sugar tanto o peito, quanto a chuquinha. E foi nossa primeira conquista na UTI. 

Segui descendo o maximo de vezes que eu conseguia. Quando eu me acostumava com uma equipe, lá vinha outra. 

Sobre as enfermeiras, na maior parte do tempo eu fiquei muito tranquila. Elas tratam os bebês com muito carinho. Mais que o cuidado básico de uma UTI, mais que os cuidados mais técnicos quando se fazia necessário. A grande maioria brincava e dava carinho, conversava com os bebês e com as mães. 

A gente só tem noção do que é, quando se passa.

Existe um código de conduta nas uti's que diz que vc não pode ir, olhar, perguntar nada que não seja do seu bebê. Mas é impossível passar despercebido de tantas historias como a sua. No meu caso, vi mães e bebês que estavam com uma situação ainda mais complexa. 

Eu não imagino a dor de uma mae que passa três meses com seu bebê dentro de uma UTI. Mas presenciei a felicidade de uma mãe no momento da alta depois de tanto tempo. E hoje ainda me pergunto como será que estão aqueles bebês e aquelas mães?!

Caio perdeu ao todo somente 55gr ate começar a recuperar o peso. O que foi mais uma vitória. 

Uma pessoa que faz cesárea fica em media dois dias no hospital. Eu fiquei 5. O que foi bom para minha recuperação não ter sido ainda pior. E foi melhor ainda pq aproveitei todos os momentos que pude e que não pude para ficar com ele e estimular a amamentação. 

Na quarta, terceiro dia de UTI ouvi uma enfermeira que queria dar uns beijinhos nele, dizer que já podia pq ele tinha saído da... E usou um termo que não me lembro, mas que era tipo observação. Considerei nossa terceira vitoria. 

Eu ia de três em três horas em todos os momentos que podia. O que me rendeu dois problemas com duas enfermeiras diferentes: Uma me mandou ir dormir, pq não adiantava ficar indo toda hora - fui na mamada de meia noite; e a outra mandou ná dar o peito pq tive uma pequena fissura e o bebe ia mamar e consequentemente evacuar sangue. As duas confusões foram desfeitas pelas pediatras dos dias que seguiram.

Apesar de ter ficado muito mais tempo que a media (fiquei 5 dias internada) não foi o suficiente para Caio sair junto comigo. No quarto dia sai rindo de uma mamada, pq a medica disse que tinha chance de ele ter alta junto comigo no dia seguinte... e na mamada seguinte sai chorando, pq ele estava no limite para ictericia e por precaução deveria ir para o banho de luz, que levaria maus um dia e mais outro para ter confirmação que estava tudo bem.

Sabia que era o melhor para ele, mais ir embora com mala, bebe conforto, com as mão vazias... era devastador. 

Me ocupei o maximo que pude na tarde em que sai. não rinha condições de esperar todas as mamadas e isso tbm me destroçava. Mas cheguei o mais cedo que podia, considerando a distancia e minha situação física, no dia seguinte. 

Para mim, que não estava tendo uma recuperação muito fácil, foi absurdamente mais dolorido. foi o tipo de coisa que é preciso reunir todas as forças e mais um pouco para dar conta. Saí de la chorando mais uma vez, mas com a esperança da alta no dia seguinte.

As medicas são incríveis. As enfermeiras fazem o trabalho duro, mas são as medicas que nos confortam. E o fazem sem dar falsas esperanças, fazem com delicadeza e carinho, mas sinceridade.

No dia seguinte fomos recebidos com um sorriso enorme de duas delas.. Caio tinha feito o teste do pezinho... e essa era a penúltima coisa antes da alta. Eu tremia de felicidade, juro.

A última coisa para a alta era a minha segurança para cuidar dele sozinha. E para isso fui testada com a troca de fraldas e cuidado com o umbigo. Já vinha sendo testada quando me liberaram para pegar e colocar ele na incubadora. Desafiador trocar fraldas de um ser tão pequeno (em casa, só eu fiz isso durante algumas semanas. Pai e avó tinham medo).... mas ó, passei com louvor!!!

Uma hora depois saímos com ele. Duas voltas nas mangas no macacão e muita, muita felicidade!!!!

***

Sumi de novo, eu sei... Puerpério, minha gente, não é facil!!! Mas to de volta... demorei a terminar esse relato, pq era o mais dificil.. e confesso que fui o mais breve... no dia que comecei a escrever, chorei e dormi mal com as lembranças... passou!!!!

To doida pra contar de como estamos.. começar a postar as gracinhas dele, seu desenvolvimento e a relação de Laís com ele!!!!

Volto tbm para me animar... para contar da vida e dos velhos dilemas que não mudam... ou mudam, graças a Deus!!! Ah.. e to doida para registrar sobre a amamentação!!!

Estamos bem!!!

06 fevereiro 2015

Fim do parto e Síndrome de Hellp

Durante toda a gravidez eu procurei médico que me desse segurança e que acreditasse nas mesmas coisas que eu acreditava.

Não pedia muito. Queria respeito, cuidado, não ser tratada como idiota, entender as coisas que eu sentia, ser atendida (de alga forma) quando eu precisasse... Essas eram coisas básicas. Coisas que meu primeiro GO tinha feito bem, coisas que o pediatra de Laís sempre fez, coisas que eu acredito serem básicas quando alguem escolhe medicina como carreira. 

Tbm queria algo mais complexo: a busca pelo parto humanizado. Ideal para mim, enquanto gestante, e para o bebe. 

Essa busca, tanto de uma coisa quanto de outra, foi muito difícil para mim até o 6° mês de gestação... Eu não me sentia segura, nem sabia que caminho tomar ate então. 

As possibilidades eram infinitas e duas coisas eram certas na minha cabeça: 1° que eu pagava um plano caro demais para ser tratada como eu estava sendo. 2° eu só teria o parto humanizado ideal se eu pagasse (bem) para isso ou arriscasse a saúde pública. 

Confesso que sofri e perdi muitas noites de sono por causa disso. Pesquisava, achava pessoas, lia... E ao invés de me emponderar, como dizem, eu estava ficando cada vez mais assustada e frustrada. 

A gestação evoluía, cada vez eu tinha uma coisa diferente (enjôo, enchaqueca, gastrite, stress, pressão muito baixa, um episódio de pressão alta)... E eu estava no escuro.

No meu último post sobre parto eu estava dividida... Entre marcar com a medica humanizada particular e ir na medica cesarista declarada do plano. 

Marquei com a humanizada e tbm fui na do plano. 

A consulta do plano era antes. Eu já sabia o que esperar e fui armada e tentando minha ultima alternativa. A medica era indicação do grupo do face, e a indicação era clara: ela não fazia parto normal. 

Fui gratamente surpreendida por numa médica jovem, simpática e mãe de três filhos (2 gêmeos). Conversamos... Ela falou muiiiiito, me perguntou mil coisas e explicou outras mil... Ela ia pegar um pré natal no fim e foi tao atenciosa como se estivesse comigo desde tentante. 

Lá pelo meio da consulta ela pediu licença e explicou que não era adepta só parto normal - o que não é o que se espera na obstetrícia. E me explicou seus motivos: Três filhos, com menos de 5 anos, que precisam de atenção e de rotina. E a única forma que ela conseguiu, no meio de plantões, consultas, aulas na faculdade... Foi estabelecer essa condição. Uma condição não engessada, mas que daria a ela a chance de deixar a vida mais organizada. 

Ela não me iludiu ou tratou como idiota, não fez objeções as minhas vontades r medos em relação ao parto em meio elas festas de final de ano. Mediu, pesou, sentiu o bebe... E só fez o toque pq eu estava insegura com as cólicas que andava sentindo. 

Sai de lá reconfortada, afagada, me sentindo amparada. Não fui intimidada ou enganada. Eu estava em pânico e fui acalmada. 

Fui pra casa conversando muito com marido. A consulta com a humanizada seria no dia seguinte e ainda não tinha falado com ele. 

Mas fomos cogitando todas as hipóteses. Sobre o parto, as consultas que faltavam até lá, sobre o hospital e os valores que deveriam ser pagos. E sobre a rede publica. 

Não acho certo a realidade que estamos hoje na obstetrícia. Mas contínuo achando o mesmo que senti quando fui conhecendo a realidade e as reais possibilidades/necessidades de parto para a mulher... Acho que antes de mudar a cabeça e a cultura das mulheres, é preciso mudar o sistema. A mudança tem que vir dos médicos. 

Hoje começo a ver que isso esta acontecendo e tenho consciência que esta acontecendo pq as mulheres estão brigando por isso. 

Mas EU não me sentia pronta ou disposta para brigar por uma coisa que deveria ser meu direito. 

EU não me sentia pronta para só mudar a mão que receberia o dinheiro. Pq no fim esse tbm é o objetivo (se não os humanizados atenderiam pelo plano de saúde) 

EU não entendia como as mesmas mulheres que lutavam contra aquele sistema faziam isso estigmatizando e culpando as mulheres que, como eu, não se sentiam dispostas física e financeiramente para lutar. 

EU não arriscaria, por medo, a rede pública. Não que não possa ser boa... Pode e deve... Mas a historia diz outra coisa... E mais... EU acredito que muito do que se tornou a cultura da cesárea foi por conta do terror que muitas mulheres viveram nos seus partos na rede pública. 

E por fim, EU não tinha grana para bancar o parto considerando todas as despesas que eu já tinha. 

Pensei muito. Li muito. Conversei muito. E acabei vendo a realidade de outra pessoa que como eu queria viver aquela realidade diferente, mas que não era a realidade dela. 

Quando vi aquilo, pensei... Que doida! Depois pensei... Que dó dela, não é assim tão simples... Por fim, pensei... Eita carai... Essa tbm é minha realidade e tbm estou com essa piração. 

Cancelei a consulta com a humanizada e assumi que viveria a realidade que podia viver naquele momento. Tentaria entrar em trabalho de parto se as condições estivessem boas para isso e ia parar de me torturar... O risco no final era sofrer mais... E, depois de tudo, eu não queria mais riscos. 

Depois do parto e de tudo se normalizando, pensei: (desculpa o palavrão) Putaquepareo... Tudo realmente acontece por num motivo... Não escapamos disso. 

Se eu não tivesse embirrado com o hospital... Caio seria transferido para outro hospital em outra cidade, pq aquele não tinha UTI e seríamos separados. 

Se eu tivesse continuado com aquele medico que mal me examinava ou considerava meus sintomas... O resultado poderia ter sido bem pior.... 

Lembro da medica falando na sala do parto sobre a hellp. Mas eu estava tão assustada com tudo, que não consegui entender direito o que aquilo significava. E não pensei naquilo... Na verdade não tive como. 

Passei muito mal na primeira noite. Muito. Muita dor e, no meio da madrugada, uma leve hemorragia. Vomitei muito e a dor só aumentava. Só fui ver o Caio no final da tarde seguinte. Eu só o tinha visto assim que ele nasceu e estava sofrendo muito por isso. 

A pediatra da UTI queria que eu descesse mesmo de cadeira de rodas, mas eu nai conseguia nem isso. O pós operatório foi muito dolorido. 

E conseguiu ficar um pouco pior depois. Eu não repousei. Descia a cada três horas para a UTI, andava muito e acabava falando muito. Sofria por mim e por ele longe de mim. 

Todos os mimos oferecidos e prometidos pelo hospital não aconteceram, eu não queria saber se tinha música ambiente ou se vinham falar de fralda. Estava focada em ficar de pé e não sentir tanta dor para não prejudicar a amamentação. E eu senti muita dor (bom registrar, pq memória seletiva é do carai para boicotar a gente e só trazer momentos felizes). 

Quando conversei com a medica nas visitas fui entender o tamanho da coisa. Meus exames deram alteração elevada nas enzimas hepáticas e desenvolvi a pré-eclampsia. O nível de potássio estava alto e para "melhorar" o quadro, tive a anemia aguda depois do parto com indicação de transfusão... A medica não entendia - mas dava graças a Deus - como eu não tinha ido para a UTI tbm. 

Tomei tantos remédios quanto as ativistas humanizadas diziam que precisava tomar por causa da cesárea. E senti tanta dor quanto desejavam que sentisse quem "preferia" cesárea. E isso me afastou ainda mais do grupo que apóia essa mudança.

No fim continuei sentindo muita dor por uns 20 dias. Precisei de ajuda para tudo nesse tempo e tomei remédios fortíssimos para dor. Mas não fui para a UTI, não fiz a transfusão (a medica chegou a um consenso comigo, minha família e mais duas medicas, que eu conseguiria recuperar com alimentação e medicação oral) e não morri hehehehe. 

Não sou entendida sobre a síndrome. Só soube que a tinha quando tratei ela. O tratamento é o parto imediato, e pelo que li, deve ser feito em qualquer período gestacional para evitar a morte materna. E foi o maximo que li... Já tinha passado, estávamos bem, nos recuperando... Não precisava ficar me martirizando sobre o que poderia ter acontecido ou não. 

Passou... Hoje dois meses depois já é quase uma lembrança esquecida, mas foi uma experiencia que me fez aprender muito. E principalmente rever a vida com outros olhos e outras prioridades. 

Continua...

30 janeiro 2015

Não podemos ter o controle de tudo

Mais uma vez, era a segunda vez que eu era obrigada a aceitar e entender que não posso controlar tudo. Em duas semanas minha vida mudou.

Sai de uma gestação normal e de baixo risco, para uma gestação de risco, com sofrimento fetal.

Depois do choque da ultra daquela sexta feira eu continuava literalmente em choque. Estávamos todos em choque. Fomos direto ao shopping comprar algumas coisas. Coisas pro enxoval que eu já compraria na BB Básico, roupas de tamanho menor... Jantamos, chegamos em casa mais de meia noite. Ainda estávamos em choque.

No dia seguinte comprei mais algumas coisas. Umas meinhas, uns bodys pequenos... Confesso que eu estava perdida.

No domingo lavei tudo. Na máquina a mesmo. Tínhamos um convite para almoçar fora, mas passamos o dia em casa. Só nós três.

Uma angustia sem fim. Uma falsa esperança, daquelas que a gente tem só para não surtar, de que estava tudo bem e que aquele tinha sido só um exame ruim.

Saímos a noite para trocar o presente de natal de Laís que tinha vindo com defeito e não me senti bem no shopping. Minhas mãos incharam ao ponto de eu não conseguir segurar uma caneta. Vi umas estrelinhas... Tomamos um sorvete e fomos embora.

No dia seguinte eu iria ver a medica na hora do almoço no hospital em que ela dá plantão. Uma noite longa no meio. Minha mãe veio para ajudar com Laís e lá fomos nós.

Era no hospital publico e fiquei com vergonha, mas passei na frente de outras tantas grávidas que estavam lá tão assustadas quanto eu.

Fizemos nova ultra, acompanhada por outro médico. Infelizmente o quadro se repetiu. O bebe estava fazendo um pouco mais de força para nutrir alguns pontos vitais e o peso era o mesmo daquela ultra feita 32 semanas. As coisas não estavam bem.

Conversando com a médica, falei do inchaço do dia anterior... Ela achou melhor medir a pressão e ia me passar alguns exames para fazer durante a semana, junto com o acompanhamento da ultra.

Mas pressão estava 15/10.

Com o restante do quadro, ela achou melhor que eu fizesse os exames laboratoriais e o eletrocardiograma do bebê ali mesmo. Daí avaliaria se poderia esperar ou não.

No eletro o Caio estava com pouca "reatividade"... Foi assim que chamaram a falta de movimentos e o baixo batimento cardíaco quando tinha algum movimento maior. Naquele momento me toquei que na ultima semana, desde que passei mal, senti muito pouco os movimentos dele, muito abaixo do que eu estava acostumada, e não era impressão minha.

Duas pediatras ajudaram na avaliação e a medica ligou pro hospital. Caio ia nascer naquele dia, com 34 semanas e 5 dias.

Não tinha bolsa arrumada para ele, nem para mim. Não tinha nem bolsa ainda. Nem camisola ou cinta. Minha mãe em choque, marido em choque, amiga queridas em choque. Eu estava tranquila. Preferia mudar tudo, dar jeito no que tivesse faltando e até ter ele na UTI neo, mas não queria o risco de perder ele. Eu não controlo nada mesmo, isso tudo só veio confirmar.

Minha mãe se tornou a louca do ferro de passar, tadinha!!! Ainda bem que eu tinha lavado tudo no dia anterior. Eu liguei na farmácia e pedi algumas coisas que eu lembrava e que podia precisar. Marido foi buscar, foi no trabalho e depois buscar Laís (seria um caos, mas eu queria ela comigo).

Partimos para o hospital na zona sul do Rio (hospital indicado pelo plano de saúde) antes do horário de pico do trânsito, não queria mais surpresas - tadinha de mim.

Chegando lá, surpresa, o plano não aceitava minha internação. Meu plano era coletivo e aquele hospital só internava privativo. E minha medica tbm só fazia parto no plano privativo. Entrei em pânico. Toda calma que eu tive durante o dia, foi embora naquele momento. O que eu faria???

Mas uma vez a vida me mostrando que eu não controlo absolutamente nada. Que tudo pode acontecer a revelia da minha vontade.

Uma coisa eu acredito. Sabe aquele clichêZão: tudo na vida acontece por um motivo. Então... Na gravidez, no nascimento, no ano de 2014... Tudo teve um motivo para acontecer...

A medica chegou, me abraçou e mandou ficar calma. Ela não ia me deixar sozinha. Já tinha conversado com o plano, com o hospital... Eles não iam me transferir naquela situação. Iria entrar e fazer o procedimentos pela emergência e sua equipe faria a cirurgia.

Refiz o eletro e o resultado foi o mesmo. Os médicos da emergência me davam medo. As enfermeiras me davam medo. A medica mandava eu ficar calma, pq eu estava no melhor lugar pro bebe nascer... Mas e o caraio só medo de dar tudo errado mais uma vez?!?!

Finalmente minha internação saiu, mais de 3 horas depois.

Lais estava tocando o terror na sala se espera. Mas eu precisava vê-la antes de tudo. Precisava da força e do amor dela. Tive medo do que poderia acontecer. E eu tinha escolhido aquele hospital por causa dela, pq ali ela era bem vinda e aceita. Antes de eu subir chamei ela, ela me abraçou e nos despedimos.

Marido subiu pro centro cirúrgico comigo, minha mãe foi pro quarto com ela. Me prepararam e eu fiquei sozinha.

Acho que o pânico estava estampado na minha cara. A enfermeira auxiliar segurou minha mão firme, depois a instrumentista me fez carinho ate que a equipe chegasse... O anestesistas me distraiu falando mal de onde eu morava... Brincando comigo... Finalmente a médica chegou e logo depois o Ed. Mas eu ainda estava em pânico.

Foi tudo muito rápido e "simples" como é uma cirurgia de cesariana. Eu já sabia o que esperar, não estava enganada. Estava com medo. Por mim, mas muito mais por ele.

E ele nasceu. Às 21:45 do dia 01 de dezembro, pesando 2,005kg e medindo 43cm. Chegou cabeludo, pequenininho e gritando a pelos pulmões. Lindo!


A pediatra (que foi carinhosa mas não me passou a segurança que as pediatras da Neo me passariam nos dias seguintes) veio e me tranquilizou quanto a situação dele. Nasceu no peso limite da UTI (mais uns 100gr e talvez nem precisasse), mas seus pulmões estavam plenos e formados, era perfeitinho e não aparentava algum problema pela prematuridade.

Levaram ele e Ed foi atrás. A medica continuou e terminou os procedimentos cirúrgicos.

No fim, enquanto me limpavam, quando a parte dela tinha acabado, ela sentou num banquinho e me avisou que tinha mandando os exames laboratoriais de mais cedo no hospital, por msg no celular... Falou um palavrão e disse: cara (é a tipica carioca) vc estava desenvolvendo hellp. Fizemos o parto na hora certa, não sei como vc tbm não foi para a UTI.

Continua...

29 janeiro 2015

Tudo pode mudar em duas semanas

Foi a segunda vez no ano que vivi isso... Duas semanas de felicidade que acabou de uma hora para outra e dessa vez eram duas semanas de tranquilidade que viraram de pânico. 

Eu estava com 32 semanas quando fiz uma ultra com doppler colorido. Ao contrário das outras, que eu vinha fazendo com uma medica incrível, que me deixava super tranquila e explicava tudo, dessa vez eu fiz com um médico indicado pela GO. 

Estava tudo bem. Bebe estava com bom tamanho, todas as medidas certinhas, bom liquido, boa circulação sanguínea... Foi uma ultra boa para ver o que precisava ser visto... Mas eu estava mal acostumada com a outra medica e seu aparelho mega pawer plus 3D... Dessa vez não vimos mais que uma fotinha de perfil do Caio. 

Fomos na consulta com a GO uma semana depois, a ultima que seria mensal, e estava tudo bem. Pressão, peso, alimentação, glicose e os outros exames laboratoriais. Tudo tão direitinho que ela concordou em esperamos a primeira semana de janeiro quando eu completaria 40 semanas. Ela me passou um novo pedido de ultra, sem grandes recomendações... Só para matar minha vontade de ver o bebe (nas palavras dela) e eu poderia fazer se quisesse e quando quisesse. 

Eu tinha uma data marcada para dali a uma semana. Marquei por precaução um  tempo antes, quando não conseguia vaga em lugar nenhum e tinha ultra com doppler para fazer. Como tinha feito aquela a tao pouco tempo, não via necessidade de fazer outra - mesmo com pedido na mão e data marcada com minha medica favorita. 

Só que tudo muda mesmo em duas semanas. 

No inicio da semana em que completei 34 semanas eu passei mal no trabalho. Era uma semana importante no trabalho e me dispus a ir trabalhar do jeito que estivesse. Logo eu entraria de licença e não queria deixar nada para trás. Mas... 

Passei realmente muito mal. Muito. Vomitei muito e tive muita dor de estomago. Era gastrite. Eu já imaginava pq vinha passando muito mal do estomago desde o inicio da gravidez. 

Pedi a semana inteira a GO e ela me mandou ir numa emergência medir a pressão. Medi em casa mesmo. Estava baixa. Continuei o contato com ela por mensagem e repousei. Passei dois dias passando bem mal ainda, no outro só descansei... 

Na sexta eu tinha aquela ultra agendada e pensei muito sobre fazê-la. 

Eu tinha feito muita forca com a barriga para vomitar e tinha tido muito dor. Paralelo a isso um nascimento de uma pessoa próxima não saiu bem como o esperado. Eu já tinha o pedido, tinha o horário agendado e não gastaria nada para ver o rostinho em 3D do pequeno. O que eu tinha a perder??? 

Fomos em comboio. Parece que adivinhando. 

Minha mãe foi junto e antes da ultra, passamos no centro e compramos algumas coisas para a lembrancinha de maternidade e para o quadro da porta. 

Quando chegamos na clinica, vimos a medica conversando com um casal. A moça parecia estar com menos tempo gestacional que eu. Mas estava com uma cara preocupada. Tanto quanto a da medica, que conversava com ela ao mesmo tempo que tentava contactar a GO da moça pelo celular. Mas ela não conseguiu. Deu algumas orientações, mandou fazer uma eletro no domingo e voltar na terça. 

Eu assisti aquela cena assustada. Mas né?! Essas coisas só acontecem com os outros. 

Era nossa vez. 

Entramos animados para ver o pequeno. A medica lembrou de Laís, que não parava quieta e começou as medições. Ele não estava numa boa posição, mas ela seguiu. 

Primeiro rindo e conversando, depois seria e refazendo as medições mais de uma, duas vezes em cada lugar. 

Nessa hora comecei a entrar em panico junto com marido e minha mãe. Laís estava a mil como sempre e só queria ver a foto do irmão. 

A medica 'terminou' e me explicou que estava achando o exame muito estranho. Que quase todas as medida estavam boas. O líquido bom, a circulação sanguínea no cordão tbm, mas o peso e a circulação em outros pontos, não. Pediu para falar com minha médica e (grazadeus) ela atendeu na hora. 

Falaram vários termos técnicos que eu não entendia. Só entendia quando a Dra falava sobre não querer interromper só por causa de um dia ruim. PÂNICO!!! 

Saí da clinica e 5 minutos depois minha medica me ligou. Me explicou que o bebe estava fazendo mais força para levar o sangue a determinados pontos e que isso poderia significar sofrimento fetal. Disse que eu precisaria ficar de repouso para segurarmos ate as 37 semanas, pelos menos. Pediu que eu fosse até o hospital onde ela estaria de plantão na segunda feira e que repetiríamos a ultra duas vezes por semana para garantir que o bebe estivesse bem. Disse que eu já entraria de licença e que deveria ficar quietinha para segurar o bebe por mais duas semanas. 

Eu estava com 34 semanas e 2 dias, estava com nada do enxoval terminado, estava com visita e viagem marcada para o fds seguinte, estava com planos de terminar o enxoval dali duas semanas, na feira do bebê. E pior: o pouco de roupa que tinha até o momento, era grande. Marido mede 1,94cm e Laís nasceu com 3,580. Não esperávamos um bebe pequeno. 

Não esperávamos um bebê prematuro. Continua...

(P.s: se virem algum erro de digitação ou português, relevem, por favor... tenho digitado do celular!!! rsrs)

23 janeiro 2015

Um blog de cara nova e um quarto para duas crianças

Postar me animou... Me animou com o blog, me animou a escrever, me animou a registrar... E tenho muito o que registrar. A vida esta diferente, as cores da vida estão diferentes... E um mundo de cores me invadiu. 

Mudar o nome do blog foi fácil e criativo (sanada!!)... Não tinha outro nome para colocar se não: Meus pequenos e eu... 

Continuo chamando as crianças, todas, de pequenos. Meu pequeno chegou tao pequeno, que o chamamos de picutinho. Não tenho ideia de mudar o foco do blog, ainda vou falar sobre eles.... Sobre a evolução do bebe e sobre a nova fase da 'criança grande'... Foi automático e adorei assim. 

A cara (o layout) tive grande ajuda de Manu... E o conceito tbm foi fácil: o quarto das crianças... Nessas cores está decorado o quarto dos pequenos e assim terminou a saga da dificuldade do quarto. 

Voltando lá atrás... 

Naquele dia que estava surtando com a dificuldade para decorar o quarto... Eu realmente quase surtei... Passei o dia a noite e o dia seguinte só pensado e pesquisando idéias para o quarto. 

Não lembro bem como foi... Mas de uma das idéias para decorar a parede que estava branca (tinha duas rosas e a outra ficaria o armário) eu cheguei ao link de uma reportagem da editora abril, que dava dicas e o passo a passo de uma decoração para um casal de irmãos... Rá!!! Era para mim. 

Lá, era um menininhO que ia dividir o quarto com A bebê que estava chegando. O tamanho do quarto era quase compatível e a ideia ótima... Só tive que adaptar a minh situação inversa e a meu espaço mais compacto (ô, dó)... 

Achei um papel de parede adesivo listrado, lindo... E meu irmão aplicou numa das paredes que antes era rosa. Lá ficou o berço. 

Do outro lado tinha uma parede rosa que ficou bem sem graça depois do papel de parede. Sem medo de ter informação demais - mentira, me cagando de medo - fiz aplicações de círculos de tamanhos variados de tecido adesivo em 4 estampas. Nessa parede, que era a da janela, ficou a cama. A bicama na verdade. 

A comoda ficou entre os dois. O que não é o ideal, pq não conseguimos usar a auxiliar... Mas entre a pouca necessidade de uma cama auxiliar nesse momento e a grande necessidade da comoda ao lado do berço. Não tive dúvida. 

No caminho ainda escolhi prateleiras lindas para colocar na parede branca, que iriam me ajudar com as coisas do pequeno e decorar... Mas essas ainda estão na ideia, dado o adiantado do nascimento... Hehehehe 

Escolhi tbm o kit berço mais lindo do mundo e feito exclusivamente (sem preço de "exclusivamente")... Olhando na internet e na feira do bebe, só via aqueles kits lindos, claros, nudes, com temas de ursinho ou príncipe... E odiava cada um deles. Procurando aqui e ali achei duas irmãs mega talentosas e carinhosas, com um estilo como eu queria: com menos volume e mais cor. 


Fui no escuro, sem indicação. Mas desde o inicio uma relação de confiança mutua me deixou muito tranquila que eu não ia me arrepender. E não arrependimento. Um kit lindo e de super qualidade e a cara de Laís, do jeito que eu queria. 

Explico. 

O quarto parece estar "setorizado" entre menino e menina, mas tem a cara de Laís nas coisas de Caio e a cara de Caio nas coisas de Laís. tanto que que pedi pecas a mais que combinassem para eu colocar na cama dela. E esse kit é. eu xodó no quarto. 

A decoração é muito importante pra mim. Sei que é o de menos para a maioria e que o que é vendido meio como padrão para os quartos agrada a maioria. Mas eu gosto do trabalho de escolher e dar a minha cara, meu jeito em cada detalhe... E mesmo com algumas coisas ainda por fazer, amo cada pedacinho e cada detalhe do quarto. Eles foram pensados em um momento que eu precisava ocupar a cabeçá e o tempo e precisava de cor. 

Sem ganhar um centavo por isso, indico de olhos fechados as Irmas Sampaio que fizeram o kit. Indico a loja do papel de parede. (E não indico a Maria Presenteira onde comprei o tecido adesivo, pq passei mais de dois meses me estressando). 

Cara nova. Quarto novo. E se seus quiser vida caminhando para se tornar nova tbm!!!

21 janeiro 2015

Sobre 2014 e o que eu quero para 2015...

Sei que ta meio tarde para um resumo do ano e para resoluções de ano novo. Mas com tudo adiantou na minha vida, to me dando o direito de estar atrasada em algumas coisas.

O ano de 2014 foi daqueles do caraio... Talvez daqui a alguns anos, quando só o que for bom importar, eu me lembre só das coisas boas (?)... Mas com ele fresquinho na cabeça... Afff que ano!!!

Nem tudo foi ruim, claro... Acho que o problema foi que o que foi ruim, foi tipo ruim pra cacete... E o que foi bom, ajudou a passar por tudo.

- nesse ano senti uma perda e uma dor que não imaginava o tamanho.

- ao mesmo tempo vi que não estou sozinha (mesmo com quilômetros de distancia) e tive ombro e colo no máximo que precisei.

- conheci uma pessoa que conheço a 4 anos... E foi incrível!!! Foi como imaginamos... Ela é realmente muito tímida e a filha dela é realmente uma pimenta linda!!! Pena que foi no meio de um turbilhão e eu não registrei aqui, mas... Encontrar com vc e sua família foi um presente de 2014.

- deixei a casa o mais próximo do nosso sonho da casa "arrumadinha" (sou pobre, deixa?!?!)... E consegui mudar e ajeitar e dar mais a nossa cara pro nosso canto, que já é nosso a 9 longos anos!!!

- esse ano descobri que o sistema, aqueles que as ativistas de parto lutam tanto contra, é tao ruim ou pior do que eu imaginava. Encontrei péssimos representantes da classe e dei voltas igual a um peru tonto (nunca vi um peru tonto, mas esta valendo) para conseguir o básico de ser bem atendida...

- descobri tbm que o que meu pensamento formado sobre o sistema e a "luta" contra ele, não estava errado... Eu sou uma formiguinha, só que uma formiguinha dura que não pode pagar para fazer diferente. Não ainda, não enquanto for só um capitalismo diferente e não enquanto tiver que ser na marra.

- descobri tbm que os grupos, aqueles que tanto me ajudaram em 2013, nada poderiam fazer por mim a não ser me irritar em 2014.

- irritada foi a palavra... Passei o ano irritada, tive ataque de fúria no trabalho e quase me enfiei num buraco para as pessoas não se afastarem de mim, tamanha minha irritação com tudo.

- sobre as pessoas... Não tive muitas pessoas próximo, mas tive as melhores, sabe?!

- descobri que São Paulo é tao perto que ta do lado do coração... E fiz quase uma extensão de casa de tanto que fui (fomos, família e eu) acolhidos por lá. Nunca vou agradecer o suficiente.

- descobri que uma amizade feita no trabalho, grazadeus nada tem a ver com o trabalho... E que posso confiar minha vida a essa amizade - não descobri isso esse ano, mas ajudou muito que eu não surtasse.

- minhas amigas queridas de 10 anos de amizade, continuam sendo minhas amigas queridas, mesmo com a vida tão diferente em 10 anos de amizade.

- passei mal... Muito, muito mal... Praticamente o ano todo. No fim eu dizia igual ao AA: estou a tantos dias sem passar mal.

- Caio nasceu em 2014, ao contrário do que eu previa e queria. E foi o que, definitivamente, salvou o ano.

- ao contrário do que foi com Laís, pq eu me apaixonei no convívio depois de passado o susto da responsabilidade de cuidar... Por Caio eu me apaixonei na primeira visita a UTI neo. Era um ser muito indefeso e pequeno e "necessitando" de mim...

- Laís me surpreendeu positivamente. Assumindo o papel de mocinha irma mais velha. Foi compreensiva quando eu não podia pegar ela no colo, quando eu precisava de mais cuidados que ela, quando as atenções deixaram de ser só para ela... Foi mais compreensiva do que eu esperava para uma menina de 4 aninhos que acabou de deixar se ser bebe.

- tive certeza de algo que sempre acreditei: tudo acontece pq tem acontecer, do jeito que tem que acontecer. Nada é por acaso... E isso não é clichê barato.

Pode ter tido mais alguma coisa, com certeza... Ou varias... Mas essas que eu me lembro agora. Rsrsrs 

Dessa vez ainda não espero tanto para 2015...

- que os planos, aqueles que dão tanto medo, se realizam sem grandes sequelas.

- aprender a dirigir (não desisto de querer)

- que eu consiga ser mais leve e mais feliz

- que meus filhos sejam felizes e se desenvolvam, cada um na sua necessidade.

- que meu marido me ature por mais um ano... E que a gente chegue ao 50 anos juntos, um ano de cada vez.

- que eu cumpra tudo que prometer e que me propuser...

Não é um ano de: óhhhh esse ano vai ser divisor de águas na minha vida... Não. Mas preciso que seja uma ano em que eu tire a bunda da cadeira/cama/sofá... E não fique só vendo a vida passar.

É isso... Dedos cruzados!!!