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22 outubro 2013

Sono??? A falta dele!!!

Quem disse que só mãe de RN fala sobre sono... aqui esse assunto nos persegue, mesmo que as vezes ao dando tannta ênfase e meio que empurrando com a barriga, é uma questão que me perturba.

Já falei aqui que sou uma pessoa noturna. Penso melhor, produzo melhor, sou muito mais ativa a noite. E pelo que minha mãe fala... sou assim desde sempre.

Eu lembro, e ela conta, de muitas vezes só ir dormir depois de todo mundo (meu pai tinha uma lanchonete que funcionava a noite, imaginem que horas que ele ia para cama?!)... lembro de, na adolescência, dormir o quanto pudesse, mas cismar de arrumar o guarda roupa de madrugada.

Minha mãe conta que me pegou algumas vezes fora do quarto, com a casa toda apagada e eu lá, ligadona no 220w, olhando, pensando, fazendo sabe-se lá o que.

Apesar de dormir até muito tarde se puder, tenho insônia desde sempre... Mas teimam em me chamar de dorminhoca. Sim... a pessoa que dorme 5/6 horas por dia é considerada dorminhoca. Os que dormem 8/9, já que dormem cedo, são normais... vai saber.

Mas assim.. posso ir dormir a hora que for, se eu tiver que acordar cedo como de fato tenho que acordar todos os dias, eu vou acordar... Pode ser que eu chegue atrasada, mas não vou ficar me arrastando e morrendo pelos cantos não. Trabalho o dia todo, saio quando chego, vou ao supermercado, ainda arrumo a casa e leio um livro... e vou dormir, de novo, lá pelas tantas...

Essa sou eu... E to falando disso para contar de outra pessoa.

Potaqueopareo... de tanta coisa, Laís tinha que puxar exatamente isso de mim?!

A gente nunca teve uma rotina regradinha, nem nunca dormiu cedo... isso é um fato. Mas o sono da criança é uma bagunça.

Desde bem pequena, Laís luta contra o sono com todas as forças e armas que pode. Quando recém nascida, balançava as perninhas para não dormir... e isso não é exagero. A muleca sacudia a perna sempre que estava quase dormindo e, ploft, acordava ligada.

Depois dormia embalada pelas canções do meu pai. E haja braço para nina para um lado e outro. A noite, até o final do 2º ano, ela dormia razoavelmente bem. Acordava uma vez na madruga e dormia por volta das 23h (o que é tarde para os outros, mas é na média, para mim). Em alguns dias mudava tudo, descacetava tudo e a rotina louca ia pro espaço.

Daí entrou na escola e pensei: pronto! Meus problemas resolvidos!!!

Ledo engano... ela não se adaptava em estudar a tarde pq acordava cedo, então não dava para tirar a soneca... e na manha, ela ficava cambaleando até a hora que não guentava mais... que sofrimento que senti quando vi uma foto dela com os olhinho serrados de sono.

Daí, meio que na imposição, resolvemos que ela dormiria na creche até umas 9h, acordava, lanchava, almoçava e dormia de novo... Sinceramente.. não sei como funcionava, pq não acreditava na rotina que me mandavam.. e acho que nunca vou saber..Sei que deixava ela dormindo e a tarde ela estava sempre bem.. e sempre indo dormir bem depois das 23h.

Agora que saiu da escola, pensei que, finalmente, isso seria controlado. Rá... pegadinha da malandra!!!

Ela esta muito bem... indo como quer.. uns dias dormindo até acordar... sem horário, pq minha mãe precisa fazer as obrigações dela. Em outros acordando cedo, dormindo a tarde e estando com disposição a mil quando chego... para só ir dormir depois de meia noite.

Daí entra o queridíssimo (sem ironia) horário de verão e, putaqueopareo de novo... Ela entende que não esta cansada e não precisa dormir... eu heim?!

Acordando tarde, ela não tira a soneca e dorme muito tarde... Acordando cedo, ela apaga a tarde e dorme muito tarde.

Depois de dias de desordem, ontem achei que seria o dia perfeito. Pontapé inicial para organizar isso tudo... Tá rindo já?! Não deu certo, óbvio.

A pitoca acordou as 7h (depois de ter ido dormir depois da meia  noite), linda e falante. Brincou, pulou, correu, almoçou, tomou banho e dormiu de novo por volta das 14.30h. Acordou quase 2 horas depois, por si só. Estava ótima e bem disposta. Fomos para casa, não ligamos a TV... brincamos no quarto por mais de uma hora.

Eu saí e ela continuou brincando. Jantou lá pelas 21h, pq lanchou tarde (e pq nosso horário é mais tarde mesmo)... tomou banho as 22h e eu levei um tempo penteando o cabelo. Pediu a mamadeira de praste e deitou com o pai... com a casa todo desligada (para os nosso padrões 23h era cedo ainda, lembra?!)... Ela já estava cansada e molinha..

Fui tomar banho e quando voltei contei historia... e mais uma e outra... falei para dormir... Ela ficou brincado de elefantes com a mão... eu briguei... Ela continuou... eu briguei de novo... Só parou quando eu tirei o Ali.

Pediu o travesseirão... bateu o pé em mim, no pai, em mim de novo.. a caminha no chão estava lá.. e nada.
Briguei de novo... Pediu água.. Pediu para fazer xixi... Pediu torrada com geléia.. Pediu para ficar acordada.. eu não tinha mais forças, deixei. Já era quase 1 da madruga...

Na sala, ela estava deitada, desenhando chorando baixo... fui.. fiquei.. só em corpo... pq a alma, já estava para lá de Bagdá.

Marido assumiu... foi pro quarto dela e ficaram (sei lá como) brincando até as 2h... Aí ela bocejou e ele sugeriu dormir, só um pouquinho...Fim!!!

Todo mundo destruído.

Todo mundo não... pq a bonita esta lá... dormindo ainda.

Sei que esta tudo errado.. mas não sei onde, pq quando tentamos fazer certinho... criar uma rotina, não dá certo. Mesmo se insistirmos por vários dias, ela simplesmente não consegue dormir cedo, por mais que acorde cedo... e isso me lembra alguém.

Vai passar? Tenho que virar pessoa diurna para não surtar? Amarro a criança na cama???

Alguém me dá uma coberta e um travesseiro??? To com sono!!!

16 outubro 2013

Está chovendo....

e hoje é um daqueles dias que eu não deveria ter saído da cama... daqueles bem difíceis.. onde se formam bolos no estomago e na garganta...
Um dia daqueles que nos faz questionar se tudo que fizemos e fazemos não está realmente errado...

vai passar.. espero que antes do que anuncia a previsão do tempo...

08 outubro 2013

O que vale mais, o que vale menos...

Apesar de estar num momento muito mais de ação do que de reflexão, como estava antes, ainda tenho lido muito e, principalmente, amadurecido tudo que li, me informei e produzi na minha cabeça.

Conheci o trabalho da Paula Abreu e achei muito bacana olhar a vida e os meus sentimentos de outro ponto de vista, tentando enxergar o valor no que realmente é importante para mim. Nos dois livros dela que li (e to lendo), eu tirei muito da reflexão sobre o que é mais importante para mim, sobre o que eu quero pro meu futuro, sobre o que me faz bem... o que me deixa feliz. #autoajudafelings

Uma vez, conversando com marido, ele disse sobre a gente ter que fazer o maximo para conseguir dar mais coisas para Laís, para dar o melhor para ela.  No final, é por isso que todos nós vivemos né?! Para dar o melhor que pudermos aos nossos filhos, nós seguimos na luta por uma vida que nem sempre é, no final, o  melhor para a gente.

Ta complicado, né?! Vou explicar...

A gente acorda cedo, sai para trabalhar, batalhar os alimentos, as roupas, a moradia, o estudo e o conforto... daí aproveita e batalha pelos cursos extra curriculares para crianças de 3 anos, batalha pelos brinquedos que se amontoam, pelos jogos que distraem, pelos lanches e saídas... e já que ta pagando, vamos correr atrás dos novos aparelhos tecnológicos, que em sua essência deveriam fazer o mesmo que o aparelho anterior, as outras roupas que a criança pode vir precisar num futuro próximo, ou não.. e aquele brinquedo, tão lindo.. daquele personagem que ela ama.. como resistir?!

Isso vale... sim.. muito!!! É o nosso esforço. Não condeno quem queira dar o melhor para seus filhos. EU quero isso. As vezes vemos caso de pessoas que querem satisfazer vontade que eram delas na infância.. e tbm não condeno isso. Eu faço isso...

Mas... tenho me questionado.

O que é o “mais” para Laís? O que é satisfazer suas vontades? O que é “o melhor” para o futuro dela?
Hoje ouvi uma frase, uma pergunta na verdade, que só vem contribuir para minha reflexão.  O melhor é ser rico ou ser feliz?!

(Sem entrar no mérito de tudo de bom que o dinheiro pode proporcionar. Sem ser hipócrita, viagem, conforto, segurança e conta no azul, ajudam muito a garantir a felicidade)

Acompanhar o dia-a-dia e o desenvolvimento escolar de Laís ao invés de deixar o dia inteiro sob os cuidados de uma creche ou estar junto e garantir que ela receba seus valores. Descobrir uma atividade que, até pode não ter dar tanto dinheiro quando a convencional, mas te realiza e muda a vida de outras pessoas.
Viver dias “perfeitos” em sua essência, diferente daqueles dias em que vc se pergunta como vai fazer para o dia passar mais rápido. Na verdade, torcer para os dias se esticarem para vc dar conta de todas as coisas que vc quer fazer, que vc sente prazer em fazer, que atendem a sua necessidade.

Não acredito que isso seja fácil.. na verdade não é. É muito difícil! É quebrar paradigmas sobre trabalho e felicidade, é reafirmar conceitos de valores que vc acredita muito mais do que aqueles para os quais vc trabalhava e fazia parte. É aprender a viver com o que é essencial para vc e equilibrar isso com uma vida de conforto (que não é igual a luxo). É abrir mão para conquistar mais liberdade, para conquistar mais do que um trabalho, conquistar sua realização.

Aí chega um ponto complexo. A minha realização não necessariamente é igual a do meu marido e não necessariamente é igual a que minha família queria para mim... e não necessariamente é igual a do meu chefe ou da minha vizinha ou dos meus colegas de trabalho.

A realização pessoal de cada um é de um jeito (sim, a casos iguais, mas não necessariamente). Isso torna o processo um pouco mais difícil... pq não nascemos sozinhos, né?! Precisamos de ajuda e suporte, precisamos “ser aceitos”, precisamos fazer o que esperam de nós?!


O que mais me pergunto é.. fazer o que esperam de mim é mais importante do que fazer o que é melhor para mim, para minha filha, para minha familia?!

01 outubro 2013

Os vários personagens de Laís

Sempre digo – de tanto dizerem para mim – que estou perdendo dinheiro não investindo na carreira artística de Laís. Absolutamente da boca para fora, lógico, pq como ela tem muitas crianças engraçadinhas... Mas a minha... é especial, pq é minha, né?!

Daí que temos Laís em varias versões:

Laís, Princesa Pink
Laís, Drama Queem
Laís, Menina Maluquinha
Laís, Seu Saraiva – Tolerância Zero

E por aí vai... Mas é dessa ultima que vim falar pq, oh... ta fácil não!!! Segurar o riso e ser firme com as tiradas da minha paciência free não é das coisas mais fáceis do mundo.

Laís é um doce até ser contrariada. E até aí acho que não está muito diferente das outras crianças na idade dela. Mas o que vejo nela, são as respostas.. sempre com aquele tom de “dããã” que é um passo de desrespeitoso e outro passo de gaiatice.

Exemplos:

Estávamos no mercado escolhendo umas frutas e parou um casal ao nosso lado. A senhora começou a elogiar o cabelo de Laís e fazer mil elogios... Até aí ela estava quieta.  (apesar de ser bem receptiva e até “amostrada”, ela não é muito fã quando chegam com muita intimidade)
Daí que a senhora diz – pegando no cabelo dela:
- Que cabelo lindo!!! Troca comigo??
Ai a miniatura responde em tom de dãã, com silabas pausadas:
- Meu-ca-be-lo-é-gru-da-do-na-ca-be-ça!! Não-tem-co-mo-trocar-de-cabeça!!! Ahhhhh
...
Enfio a cara onde???!!!

*
Em casa na hora de dormir:
- Laís, vamos tomar banho?
- Aiiii!!! To-do-dia-vc-fala-a-mes-ma-coi-SA!! (com o sa, de coisa, mais alto!)

*
- Pai, vc disse que ia pegar suco para mim, mas ainda não levantou do sofá?! (com as mãos na cintura) #pausa tudo bem que isso é um bom tempo depois que ela pediu... e o imediatismo tbm faz parte da pequena personalidade!! Da minha tbm, mas o foco é ela #despausa

*
Indo comprar cachorro quente, ela quase dormiu no carro totalmente fora de hora. Daí comecei a puxar assunto para mantê-la acordada.
- Filha, o que vc vai querer no seu?
- Mãe, vc já me perguntou isso.. e eu já respondi!! Ai ai ai (quase com pena da velha que esquece as coisas)
Ai repete o que ela queria no lanche... Aí minha mãe que seguia com a gente comenta:
- Tanto tempo que não vou lá (no trailer de cachorro quente),  que não lembro como é que eu como...
Antes que eu pudesse responder, Laís comenta:
- Ué vó?! Coloca o cachorro quente na boca e morde...
Caímos na risada, e ela continuou:
- Não vejo graça nenhuma. Só falei que coloca na boca, experimenta e morde. Assim que come.

*
Deu para sentir, né?! (são muitas e vou tentando registrar nas perolas de Laís)
Mas essas perolas tem dois pontos: a gracinha da criança que não tem o filtro que os adultos tem na hora de falar... e o desrespeito que pode ser sentido quando alguém recebe uma dessas respostas.
Eu me seguro, quase sempre, para não perder a moral. Mas mesmo assim ela percebe que o que falou é engraçado e começa a fazer piada. Às vezes tbm percebe que foi alem do que podia e, logo que fala, pede desculpas.
Às vezes isso me tira a paciência e não sei bem como guiar para não limar sua criatividade ao corrigir e impor respeito. É uma via muito dupla que ainda é muito complexa para mim.
Alguma dica?!

*
F***, foi uma vez que eu conversando com ela sobre algo que ela tinha feito errado, ela virou o olho e falou baixinho:
- Blá, blá, blá, blá, blá, blá!!!
E é bem assim que parece nosso blábláblá para eles, né?!


Não ri e repreendi. Mas é difícil!!!!!