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08 outubro 2013

O que vale mais, o que vale menos...

Apesar de estar num momento muito mais de ação do que de reflexão, como estava antes, ainda tenho lido muito e, principalmente, amadurecido tudo que li, me informei e produzi na minha cabeça.

Conheci o trabalho da Paula Abreu e achei muito bacana olhar a vida e os meus sentimentos de outro ponto de vista, tentando enxergar o valor no que realmente é importante para mim. Nos dois livros dela que li (e to lendo), eu tirei muito da reflexão sobre o que é mais importante para mim, sobre o que eu quero pro meu futuro, sobre o que me faz bem... o que me deixa feliz. #autoajudafelings

Uma vez, conversando com marido, ele disse sobre a gente ter que fazer o maximo para conseguir dar mais coisas para Laís, para dar o melhor para ela.  No final, é por isso que todos nós vivemos né?! Para dar o melhor que pudermos aos nossos filhos, nós seguimos na luta por uma vida que nem sempre é, no final, o  melhor para a gente.

Ta complicado, né?! Vou explicar...

A gente acorda cedo, sai para trabalhar, batalhar os alimentos, as roupas, a moradia, o estudo e o conforto... daí aproveita e batalha pelos cursos extra curriculares para crianças de 3 anos, batalha pelos brinquedos que se amontoam, pelos jogos que distraem, pelos lanches e saídas... e já que ta pagando, vamos correr atrás dos novos aparelhos tecnológicos, que em sua essência deveriam fazer o mesmo que o aparelho anterior, as outras roupas que a criança pode vir precisar num futuro próximo, ou não.. e aquele brinquedo, tão lindo.. daquele personagem que ela ama.. como resistir?!

Isso vale... sim.. muito!!! É o nosso esforço. Não condeno quem queira dar o melhor para seus filhos. EU quero isso. As vezes vemos caso de pessoas que querem satisfazer vontade que eram delas na infância.. e tbm não condeno isso. Eu faço isso...

Mas... tenho me questionado.

O que é o “mais” para Laís? O que é satisfazer suas vontades? O que é “o melhor” para o futuro dela?
Hoje ouvi uma frase, uma pergunta na verdade, que só vem contribuir para minha reflexão.  O melhor é ser rico ou ser feliz?!

(Sem entrar no mérito de tudo de bom que o dinheiro pode proporcionar. Sem ser hipócrita, viagem, conforto, segurança e conta no azul, ajudam muito a garantir a felicidade)

Acompanhar o dia-a-dia e o desenvolvimento escolar de Laís ao invés de deixar o dia inteiro sob os cuidados de uma creche ou estar junto e garantir que ela receba seus valores. Descobrir uma atividade que, até pode não ter dar tanto dinheiro quando a convencional, mas te realiza e muda a vida de outras pessoas.
Viver dias “perfeitos” em sua essência, diferente daqueles dias em que vc se pergunta como vai fazer para o dia passar mais rápido. Na verdade, torcer para os dias se esticarem para vc dar conta de todas as coisas que vc quer fazer, que vc sente prazer em fazer, que atendem a sua necessidade.

Não acredito que isso seja fácil.. na verdade não é. É muito difícil! É quebrar paradigmas sobre trabalho e felicidade, é reafirmar conceitos de valores que vc acredita muito mais do que aqueles para os quais vc trabalhava e fazia parte. É aprender a viver com o que é essencial para vc e equilibrar isso com uma vida de conforto (que não é igual a luxo). É abrir mão para conquistar mais liberdade, para conquistar mais do que um trabalho, conquistar sua realização.

Aí chega um ponto complexo. A minha realização não necessariamente é igual a do meu marido e não necessariamente é igual a que minha família queria para mim... e não necessariamente é igual a do meu chefe ou da minha vizinha ou dos meus colegas de trabalho.

A realização pessoal de cada um é de um jeito (sim, a casos iguais, mas não necessariamente). Isso torna o processo um pouco mais difícil... pq não nascemos sozinhos, né?! Precisamos de ajuda e suporte, precisamos “ser aceitos”, precisamos fazer o que esperam de nós?!


O que mais me pergunto é.. fazer o que esperam de mim é mais importante do que fazer o que é melhor para mim, para minha filha, para minha familia?!

5 comentários:

  1. Amiga linda,

    vc sabe que estou exatamente dentro deste contexto aí né ? vc sabe que a minha fase atual é completamente igual a sua e olha eu poderia pegar este texto e colar lá no meu blog que não seria mentira em nenhuma das frases.

    eu amo vc .... hoje em especial tudo o que eu precisava era de vc e uma caipirinha bem gelada rsrsrsrs

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  2. Querida, que saudade!!!

    Entendi cada frase do seu texto... entendi e te vi nele (me vi tb).

    Acho que fazer o que é melhor para nós é muito mais importante do que todo o resto, seja o melhor para a família, filhos, amigos, sociedade....

    Se o melhor para vc, como mulher e mãe, é viver de outra forma, então viva. Seja feliz. Busque a sua felicidade. Ninguém fará isto por vc.

    Beijos enormes!!!

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  3. Acredito no seguinte: se estamos felizes, as pessoas que estão ao nosso redor também ficam. Procure se realizar como preferir, o resto será consequência, e provavelmente, uma ótima consequência!
    Bj

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  4. Difícil, muito dif[icil...acrdito que fazer o que os utros esperam da gente nunca é o melhor aminho, mas é o mais seguro...Vamos seguindo.

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  5. Entendi tudo o que você disse. Eu também sempre me questiono sobre tudo isso. Engraçado, eu não pensava nisso 5 anos atrás (antes de ser mãe). Aliás, eu nem ousava refletir sobre isso, era tão natural trabalhar para "dar o melhor" e pronto... É altamente provável que toda essa problemática resida no fato que que Deus criou a mulher para ser ajudadora e não provedora. Não conheço nenhuma mulher que se equilibre na corda bamba entre essas 2 funções e não se questione sobre as mesmas coisas...

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