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02 junho 2012

Blogger Anônimo - Minha (não) relação com a blogsfera materna!

Olá, meu nome é Martha, tenho 27 anos, sou esposa,  mãe, filha de empreendedores e irmã de uma noiva, "dona de casa (nada exemplar)", funcionária, estudante, leitora, conectada. Tenho muito coisa para fazer. E sou uma viciada em recuperação. 
Estava a pouco mais de 2 semanas sem cair na tentação e não resisti.
Sou uma viciada em blogs, especificamente os maternos, e por isso criei o meu... !!!!!

Ja falei 50 mil vezes pq criei o blog. E adoro! É minha terapia, meu relaxamento! Sempre foi, o blog e a vizinhança, uma forma de distrair a mente e de compartilhar com outras pessoas que queriam falar sobre o mesmo que eu. Não entrei nessa para "fazer parte" de nenhum grupo especifico de pessoas. Na verdade nem sabia que esse grupo existia. Não sabia nada sobre militância materna, sobre amamentação prolongada, baby blues, humanização e mais um trocentos termos que vejo na blogsfera materna.

Antes de entrar de ferias eu estava me afastando. Não sei se realmente por falta de tempo, ou pq o "T" passou, ou pq a vida urge e necessita de mim - ou todas as anteriores. Acontece que estava me afastando, apesar de estar postando com certa regularidade. Daí entrei de ferias.. e entrei num período Baby blues bem Dark. Sabe quando sobra tempo e a cabeça fica fervilhando? Então... daí disparei meu mau humor para todo lado e vi que não tinha animo para postar!

Tenho lido uma coisa ou outra. E tenho repensado muito minha relação com esse canto. Na verdade mais que com o canto, tenho repensado minha participação nessa rede social que é a Blogsfera materna. Cada vez mais vejo que algumas pessoas tem separado, por grupos, as pessoas que entram na rede por corujisse ou por querer mostrar o quanto seu filho é lindo e o quanto está feliz. Mas que quando chegam de verdade na vizinhança e se deparam com tanta coisa diferente do mundo real se sentem acuadas a fazer parte dela para se encaixar.

Eu já me senti assim. Algumas vezes. Pensei que se não concordasse, comentasse, fosse nas celebridades que pintam um mundo perfeito mesmo quando falam das coisas triviais, eu não me encaixaria e não teria retorno. E o que é o blog sem o retorno? Eu pensei e escrevi muitas vezes. Daí agente muda a cara, pq gosta e para ficar mais visual. Daí agente tenta se enquadrar, não deixar o blog sumir lá nos idos do blogsroll alheio. Daí agente faz aquele post super cheio de detalhes e coisas legais, quando nem sempre se está assim. Uma meia mentira?

E agente se sente intimo das pessoas, pq conhece suas vidas (qualquer semelhança com Big Brother não é mera coincidência) no mais intimo. Sabe das vontades, das rotinas, das madrugadas insones... e, caramba! Essa pessoa é minha amiga, pq pensamos e sentimos e passamos tão igual. Então eu tenho mais de cem amigas - catalogadas no meu blogsroll. E somos todas tão iguais e tão diferentes e vivemos realidades tão iguais em cenários tão diferentes... e eu já não me sinto mais tão sozinha. Acho q é assim que sente alguém que acompanha os blogs maternos, era assim que me sentia no inicio.

O Blog me trouxe muita coisa. A blogsfera trouxe ainda mais. Certo que a amamentação, aqui em casa, não passaria dos 6 meses se eu não tivesse o acesso que tive. Nem duvidaria daquele que eu julguei ser o obstetra dos meus sonhos, durante a gravidez. Escrever, me trouxe de volta um habito de adolescente, me comunicar sem precisar me expor (oi?), conhecer um sem números de pessoas incríveis, que tem vidas reais como eu. 

Gente que faz agente pensar, gente que passa a informação que tem sem se achar o dono da verdade absoluta do mundo, que contribui com aquela sua duvida, que na roda de amigos da empresa, ia parecer baboseira. Gente que briga com o marido, que não ta com saco para a gracinhas do pequeno 24h por dia e que não ta nem aí para a qualidade sonora da Galinha Pintadinha, quer mais que aqueles minutos se prologuem para ter um pouquinho de paz e descanso.

Em fim... muitos pros e contras. Muita gente Bacana (com B maiúsculo mesmo) e uma meia duzia que, PQP, da vontade de deixar isso aqui de lado e ir viver a vida. 

O post foi confuso, longo e ainda não disse muita coisa.. hehe. 
Segunda volto a trabalhar. Vou pensar, repensar e talvez eu volte.. aqui e/ou na vizinhança.

4 comentários:

  1. Martha, ta aí, gostei!
    Tb acho que a blogosfera materna tem um áurea de perfeição pairando. Perfeição essa q passa mt longe da alidade. No entanto, apesar de eu não ser das mais radicais, depois q a gente era pra esse mundo de blogs materno e começa a ler informações nunca antes ouvidas, lidas ou comentadadas, a gente meio que vira um tipo de mão no limbo. Nem cá, nem lá. Nem tão engajada, nem tão alheia. Uma vez ouvi uma amiga diEr que adotamos a maternidade em cima do muro. Achei que e bem por aí mesmo! Hahahaha

    Beijocas

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  2. Martha querida, achei seu post confuso rs!
    Vc está pensando em parar de blogar??Se for não faz isso não...é tão bom blogs como os seus, de mães reais, que trazem imediata simpatia, que nos fazem sentir normais. Eu to fora de blogs de mães perfeitas, porque não me acrescentam em nada.Enfim, não para não.Gosto muito daqui.
    Bjs!

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  3. Oi Martha! Eu já pensei muito em escrever sobre o que realmente acho da blogsfera materna, mas nunca tive coragem- e acho que nunca vou ter. Não me sinto muito incluída nela, pra falar bem a verdade. Mas ela me é muito útil, mesmo que eu não concorde- e até mesmo me irrite- com muita coisa publicada. Porque nela me encontro também como mãe e como parte de um grupo que tenta melhorar a cada dia, mesmo com acertos e erros. É por isto que vale a pena estar dentro dela, mesmo que pelos " cantos". E não há como negar que pelos cantos, a gente acaba tendo, muitas vezes, uma visão privilegiada.
    Em resumo: permaneça por aqui.No fundo, no fundo, sempre vale a pena!

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  4. Oi Martha,

    Eu acho que o que falta na blogosfera materna, é que as pessoas em geral aceitem que a velha "mãe é tudo igual" não existe, passamos sim pelos mesmos "problemas" e alegrias, mas como cada uma tem uma realidade diferente a solução não pode ser a mesma para todas, não é?

    Enfim... Acho que falta essa parte de aceitar que todo mundo tem o direito de fazer - e escrever - o que bem entendem... Cabe a nós ter a sabedoria de registrar somente o que nos acrescenta.

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