No outro post eu estava um tanto quanto enfurecida. Dia ruim, coisas ruins, sentimentos ruins. Escrita, quase, pesada. Não gosto de escrever assim. Normalmente deixo
a onda passar. Penso, escrevo, leio e
penso de novo. O blog serve para meu registro. Registro do desenvolvimento da
Laís, das gracinhas dela e da minha percepção e entendimento disso tudo. Mas, ultimamente, tem sido um espaço mais para falar coisas
minhas em relação a ela do que para falar dela propriamente. E, até já
disse aqui, as vezes leio o blog e parece que ele só tem três assuntos: cama
compartilhada, amamentação e alimentação!!! Em fim...
Daí eu pensei no que havia escrito. Li. Reli. E senti nele
uma mão pesada demais, quase com o mesmo preconceito do qual eu estava reclamando.
Não mudei de idéia em relação a nada daquilo, nem sinto diferente ou vivo
diferente. Só que tudo tem dois lados e se colocar no lado do outro, enxergar
com os olhos dos outros é um ótimo exercício de reflexão.
Sou uma pessoa que não foi um bebe amamentado, minha mãe teve
um mastite séria assim que nasci e teve que colocar até dreno para o pus que
saia das peitcholas. Com a minha irmã, ela optou por não amamentar e pronto. Sou
infeliz e traumatizada por isso? Não! (na verdade nem lembrava disso.. e duvido
que Laís lembre disso quando crescer) Minha irmã é traumatizada? Não (ela até é
um pouco afetada.. mas relação nenhuma, eu acho! Hehe)
O que quero dizer com isso é que as pessoas vivem a sua
realidade... e mais, vivem a sua realidade possível naquele momento. Essa é a
minha realidade pq eu lutei muito para que isso acontecesse... mas sei que tem
gente que tenta e não consegue. O medo de estar fazendo errado, o medo de
estar deixando com fome, medo de ver aquele bebezico chorando e ficar confusa
sobre insistir numa coisa que vc não sabe se vai da certo, coisa que muitas
vezes vc não tem orientação.. e que o Ministério da Saúde divulga como sendo um
mundo perfeito, comercial de margarina, onde a criança nasce, o leite desce e
tudo se dá da forma mais fácil do mundo... daí perceber que não é bem assim!!! Não julgo quem não consegue!!
Não julgo também que não quer. Não concordo, mas não julgo. Aprendi
a não julgar em qualquer situação, por um simples motivo: agente não sabe qual é
a realidade do outro. E levo isso bem a sério.
O engraçado é que eu dei varias chuquinhas de NAM para Laís
na primeira semana.. e nossa historia quase foi totalmente diferente. Mas eu insisti
em não dar NAN na minha volta ao trabalho, eu senti ciúmes quando entramos na
fase das papinhas, eu era o único alimento dela. Dois momentos diferentes, com as mesmas pessoas, em que as decisões, ações e resultados foram completamente diferentes...
Esse, como alguns outros assuntos na blogsfera e na “vida
real”, é um assunto polêmico. Mas a polêmica se resolve e se esclarece com respeito. Em eu
respeitar que não conseguiu, quem não quis, quem amamentou menos de um ano.. quem
seguiu por mais algum tempo... E entender que somos diferentes!!!
E respeito, sem esperar que façam de volta. Não que eu não
fique irada com isso (vide o ultimo post), mas o mínimo que posso fazer é a
minha parte. Quem estiver próximo a mim eu vou dividir minha historia, quem
estiver passando por essa fase eu vou indicar produtos, leituras.. o que eu
souber. Quem tiver opinião diferente da
minha, eu vou respeitar e me recolher aminha realidade. Isso é viver em
sociedade.
Sei que ninguém pode ter percebido isso.. mas eu percebi. E se
ofendi alguém. Desculpe!
A mim não!
ResponderExcluirEu te admiro, isso sim!
Beijos
Martha, só li agora seu outro texto, e sinceramente acho que vc tem toda razão em ficar irritada com esse tipo de comentário. Pra começar, cada um que cuide da sua vida! Depois, vc só está fazendo bem a Lais e a vc mesma, porque toda essa implicância afinal???
ResponderExcluirE por fim, se vc acha que chegou a hora de desmamarem, só posso desejar boa sorte para vcs, que o desmame é como romper um segundo cordão umbilical, e acho que dói mais na gente que neles...
Beijo querida!
Só li agora que outro texto, aquele forum do MMqD foi inspirado em um post que eu fiz. E por um lado eu te entendo.
ResponderExcluirEu também não concordo com mães que simplesmente não querem amamentar, mas tento respeitar, julgo sim e acredito que nós humanos sempre julgamos mesmo não querendo julgar, faz parte, o que temos de exercitar é ver além do julgamento, tentar ver a história da pessoa, seus porques, cada um tem seus motivos por mais fúteis que sejam.
A amamentação prolongada eu tenho acreditado que é a parte mais difícil da amamentação depois de toda a adaptação.
Aqui realmente entramos em uma fase complicada: para mim.
Meus peitos estão machucados e dói um pouco para amamentar, tenho passado o dia fora e a Beatriz só mama para dormir quando chego em casa, e eu sinto que o desmame se aproxima.
E eu me sinto culpada, e já sinto saudades.
Enfim.
Fique tranquila, você sabe o que faz, o que é bom para vocês1
Beijos
www.parabeatriz.com
oi martha,
ResponderExcluirtem tempo que quero voltar no seu blog, ler um monte, comentar, mas cadê o tempo, este lindo?
pois bem hoje tem resposta para seu comentário lá no post e copio aqui para facilitar sua vida...
beijoca e prometo que volto mais tarde... pois amamnetação prolongada x desmame muito me interessa, vamos trocar umas dicas... se puder me indica uns posts seus sobre o assunto, tá?
resposta:
@martha: eu já estive nessa fase de achar que informação e empoderamento não eram suficientes. até de duvidar das minhas próprias possibilidades. li os relatos de anne e achei que no final eu pediria penico também, mas hoje talvez eu tivesse mais força para remar contra a maré, sabendo o paraíso que me aguarda depois das braçadas.