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24 maio 2013

Post VIP 70.000 - Como me formei Doula.

Gentemmmmm!!!! Chegamos a marca de 70.000 acessos e fico muito feliz... !!! Queria muito ter tempo e criatividade para fazer essa canto crescer um pouco mais, mas já sou bem feliz, realizada e viciada no tamanhinho que ele tem. 

Essa marca é bem pequena para quem tem esse numero em acessos diários, para quem tem historias mega interessantes e muita coisa boa para falar. Mas esse canto não tem essa pretensão. É uma grande mistura de  diário, desabafo, espaço livre para compartilhar coisas que vivo e que acredito.

Acho que trazer outras vozes pro meu canto ajuda a diversificar, mostrar outra linguagem e outras experiencias. Experiencias que eu posso ter vivido ou não, mas em que eu acredito muito. Vou tentar nçao demorar tanto tempo para trazer uma nova presença Vip aqui pro blog.

A convidada de hoje, acabou se enrascando. Jogando conversa fora sobre parto, ela me sugeriu colocar meu relato aqui no blog. Daí eu pensei e fui ver nos históricos e realmente não tenho nada aprofundado sobre aquele dia. Uma grande falha num blog de maternidade, hehehe!! Mas no fim, achei muito bom não ter feito antes, na época que entrei para a blosgsfera. Em fim... falo muito!!!!

A Ivna, do blog O dono do meu mundo azul,  é uma Fortalezense querida, que tem uma linda família e que tive o prazer de conhecer nessas férias. Mãe do pequeno Enry, esposa do grade Eros, dedicada e apaixonada pelo maternar. Tem um historia linda sobre como se tornou Doula e vei aqui compartilhar um pouco dessa historia e da importância dessa pessoa na hora do parto!!!

***
Dizem que quando nasce um bebê, nasce uma mãe. Eu seria mais ousada e diria que nasce uma questionadora, uma contestadora e uma transformadora. 

Eu fiquei mais ligada no que acontece no mundo depois da maternidade. Fiquei mais ligada nas mensagens midiáticas (subliminares) na tv, dos consultórios médicos, nas falas da escola, nas comidas industrializadas. Fiquei com uma vontade enorme de transformar o mundo pro meu filho viver melhor. 

Enfim, quando nasce uma mãe, nasce uma louca! 

Não sei bem quando aconteceu, mas aos poucos fui tomando conhecimento da violência obstétrica que sofri no meu parto. E eu não sabia, acredita? Eu não sabia. Eu achava que se o médico estava fazendo aqueles procedimentos, era pra me ajudar, porque ele era bonzinho. Bobinha eu né?! 

Consegui meu tão sonhado parto (a)normal. Não sem antes fugir de uma médica cesarista. Fugi por puro medo da anestesia, do corte, da recuperação, da cirurgia em si. Fugi porque nasci de uma cesárea sem anestesia e passei a vida toda escutando como minha mãe tinha gritado na hora que cheguei ao mundo. Não fugi por saber que era perigoso pra mim e para o bebê, que fique claro. 

Mas não consegui escapar do corte, do soro, do médico empurrando minha barriga pro bebê descer mais rápido(?). Enxergar como minha mãe e eu sofremos sem necessidade é tão triste. Tão arrasador. E se nossos médicos e suas equipes tivessem sido mais humanos, será que não teríamos vivenciado essa cesárea e esse parto muito mais felizes? Acredito que sim. 

Na internet descobri a existência das doulas. Doula é uma palavra de origem grega, que significa “mulher que serve”, “escrava”, por tanto não é uma modalidade nova. Eram as mães, avós, tias, amigas que auxiliavam durante o parto. Doulas sempre existiram, mas perderam seu espaço no novo sistema obstétrico. 

Os nascimentos passaram a acontecer dentro de hospitais, onde ginecologistas obstetras, enfermeiras e pediatras têm seu papel específico no cenário do nascimento. Mas dentro desse sistema ficou uma lacuna, quem cuida do bem estar dessa mãe que está dando a luz? No ambiente hospitalar, com um grande número de pessoas desconhecidas é comum aumentar o medo, a dor e a ansiedade. 

A doula supre esse papel. Ela se encarrega de suprir a demanda por atenção e afeto, que não cabe a nenhum outro profissional dentro do ambiente hospitalar. Além disso, a doula fornece informações à parturiente sobre o desenrolar do trabalho de parto e parto, sobre intervenções e procedimentos necessários, para que a mulher possa participar, de fato, das decisões acerca das condutas a serem tomadas durante o nascimento. 

Algum tempo atrás, algumas mulheres sentiram que as doulas precisavam entrar no cenário do parto novamente, ajudando a mulher a encontrar a posição mais confortável para o trabalho de parto, mostrando formas eficientes de respiração e propondo medidas naturais pra aliviar a dor: como banhos, massagens, relaxamentos; e acima de tudo, encorajando a mulher. Servindo de proteção para que a mulher tenha seus desejos, sua privacidade e seus direitos respeitados.

Antes do parto, a doula orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto, mostrando as opções que o casal tem para o nascimento do bebê. Não cabe a doula julgar as escolhas da mulher e de seu companheiro (quando houver), desde que eles conheçam a vantagem e desvantagem de cada opção. 

Durante o parto a doula funciona como uma interface entre a equipe médica e o casal, explicando termos e procedimentos hospitalares. Ela ajuda a mulher a encontrar a posição mais confortável para o trabalho de parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar a dor, como banhos, massagens, relaxamentos e acima de tudo, a doula encoraja a mulher. A doula servirá de proteção para que a mulher tenha seus desejos, sua privacidade e seus direitos respeitados. 

A presença da doula diminui as taxas de cesáreas desnecessárias, diminui a duração do trabalho de parto, dos pedidos de analgesia, do uso da ocitocina e do fórceps. 

Qualquer mulher pode ser doula. Pode ter formação acadêmica na área da saúde ou não. O importante é fazer o curso numa instituição pública ou particular e, principalmente, basta ter vocação, sensibilidade, disponibilidade de tempo, paixão pela gestação, parto e puerpério e boas condições de saúde física e emocional.

Cada vez que me aprofundava nas leituras sobre as doulas, mais vontade eu tinha de ser uma delas (ó a vontade de transformar o mundo de novo!). Durante alguns meses pesquisei, mas só encontrava em outros estados. Eu precisaria de tempo pra viajar e dinheiro pra custear hospedagem e alimentação. Não dava! 

Até que recebi um e-mail falando sobre um curso aqui em Fortaleza, era o último dia pra fazer a inscrição. Deu tempo! 

Foi o curso mais rico que já fiz na vida. Sorri, chorei, fiquei com mais raiva do sistema obstétrico, conheci e aprendi sobre evidências científicas, sobre tipos de parto, sobre as recomendações da OMS (e estamos bem longe do modelo!), sobre mitos da gestação e do parto, sobre receber um recém-nascido com todo respeito que ele merece, ganhei amigas lindas. Conquistei um trabalho novo, que eu gosto, admiro, que sim vai transformar o mundo - de algumas mulheres, quiçá todas - que me faz feliz e que vai fazer diferença na vida do meu filho e da esposa dele e da minha filha, se eu dia eu tiver uma! 


"Doula significa ajudar a mulher a encontrar dentro de si a força que ela achava que não tinha, acreditando quando ela não acredita em si mesma."

(Mietziecats)

Ívnakelly Pinna Gestora em turismo, doula de corpo e alma, mãe em tempo integral, esposa, filha, madrinha, amiga, blogueira e feliz!

***
Ívna, querida!!! Obrigado pela participação no meu canto. Por prestar um serviço de esclarecimento tão grnade sobre essa função que, pelo menos eu, desconhecia a real importância. E por fazer parte desse time que luta para mudar a realidade obstetrícia no nosso país!!!

Agora vou sentar meu traseiro na frente do pc, rá!.. e queimar a mufa para fazer meu relato de parto!! rsrsrsrs

Bom final de semana!!!!

Outras participações Vips:
A importancia de brincar com Filhos, por Michelli Ribas
Uma experiência BOA DE MAIS, por Aline Bernardo
Amizade Virtual?, Por Emanola Paz

11 comentários:

  1. Eu que amei participar dessa festa!
    Desse blog lindo, de pessoas queridas!!!

    Obrigada!!

    Beijão

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  2. Parabéns pela data comemorativa de acesso, que este número sempre aumente. E parabéns pela escolha Vip da Ivna, ele é demais mesmo!
    Bj

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  3. Adorei, fico tão feliz de você poder estar dando oportunidade a tantas mulheres de terem um parto mais humano!

    Ainda é uma pena que as doulas não tenha tanto espaço, mas acho que num futuro bem próximo as coisas VÃO MUDAR!

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  4. Parbéns tudo de bom, paz no seu coração
    www.samukatraquina.blogspot.com.br

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  5. Parabéns a Ivna pela participação, muito bacana saber sobre esta palavra e seu significado, não conhecia! Parabéns! Bjos

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  6. de verdade ? acho que não existe no mundo (para mim) uma profissão mais LINDA que esta de doula, já pesquisei cursos, já sonhei com a oportunidade de ser remunerada por um emprego que mais parece "emprego de anjo" ....

    é uma profissão linda, parabéns a Ivna !!!

    beijos

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  7. Parabéns ao blog pelas visitas!

    E a Ivna é uma querida sim! Amei o texto Ivna! Eu não sabia nada "das doulas". Lindíssimo trabalho o que elas fazem.

    Beijo!

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  8. Adorei sua participação!
    Muitas coisas eu também não sabia, realmente qd nos tornamos mãe somos mais exigentes, curiosas...
    Lindo ofício seu, amei saber mais e quem dera saber antes do parto do Joseph seria diferente, bjs

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  9. Má, vc está de parabéns pelo blog e pelas visitas. Mérito teu, da Laís e de toda a transparência que vc coloca nos teus textos, que nos cativa e nos faz voltar sempre! Parabéns!!

    Ivna: me vi em tudo o que vc escreveu, desde a vontade de mudar o mundo, da loucura pós-maternidade e essa necessidade de fazer algo pelas partiruentes.
    Já vi cursos de doula, inclusive tem uma casa de parto do lado da minha residência, só não tenho tempo para participar dos cursos.

    Assim que eu puder reduzir meu trabalho e conseguir focar no lado obstétrico da coisa, eu farei. Inclusive, tenho vontade de fazer a faculdade de obstetriz, para que fique um curso bem completo (doula + facu de obstetriz), vc acha interessante? Ou não?

    Adorei o teu relato, adorei tudo. Vc está de parabéns! Aposto que está conseguindo mudar o mundo, sim!!!!!

    Um grande beijo!!

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