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18 abril 2016

Sobre se descobrir, sobre o auto conhecimento e sobre mim

Nesse período de transição, mudança, furacão que passou na minha vida nos últimos meses (quase 1 ano, já), tive a oportunidade de fazer um processo que a muito tempo eu queria fazer, mais não tinha oportunidade/possibilidade de fazer por N motivos. 

O coaching foi o processo que despertou dentro de mim a vontade de mudar, mesmo sem passar pelo processo. Comecei a seguir pessoas que questionavam as verdades absolutas que nos são impostas todos os dias e àquelas em que acreditamos (ou nos fazem acreditar) desde sempre.

Dai depois que vc começar a pesar e a questionar é um caminho sem volta. E peguei esse caminho a uns 3/4 anos, quando comecei a me questionar. Daí veio todo o processo decisão, duvida, amadurecimento, se jogar com a cara e a coragem... e tudo mais.

Mas não é facil. Nem perto disso. 

Final do ano passado, quando estava no meio do olho do furacão da Doroty, prestes a desistir de tudo e acreditar que eu tinha feito merda, desacreditar de mim, perder o animo e as esperanças que eu conseguisse dar conta, uma pessoa cruzou o meu caminho. Daquelas coisas que a gente acha que não acontece, que não pode acontecer, que não tem gente boa no mundo para fazer acontecer.

Mas tem, muitas. Entre elas a Bethania, do site Viver e Melhor, que estava no mesmo grupo que eu, que deixou uma mensagem no grupo na hora em que eu estava online, zapeando o facabook, e ofereceu uma vaga para o programa que iria começar. E assim nos encontramos. 

Assim eu quase desisti antes mesmo de começar. Mas não desisti. E nos encontramos (e desencontramos algumas vezes em que a casa parecia que ia desabar) , nos encontramos por 3 meses, toda semana, ao vivo, tete a tete. 

E a Mãe de Papel ganhou novo folego, eu ganhei uma injeção de adrenalina e muita reflexão... É um processo muito maior do que eu imaginava. Muito mais completo e, as vezes até doloroso de auto conhecimento e crescimento. Mas é incrível e eu nunca vou para de agradecer a Bê por toda a transformação que ela me guiou para conseguir.

E essa é minha "ultima" tarefa do processo. Uma carta para a que eu sou ou quero ser daqui a alguns meses.

***

Esse texto, ou carta, é uma projeção, uma idealização ou um vislumbre do que eu quero e posso ser daqui até o inicio do ano que vem. 

Como se hoje fosse 1º de janeiro e eu estivesse naquele momento de reflexão que sempre fazemos quando chega a virada do ano e o inicio de um novo ciclo. Quando faltam poucos dias para o meu aniversário e meu momento de reflexão fica ainda mais forte pelo “inferno astral” pré aniversario.

Acredito que estou muito mais agradecida do que aborrecida com os últimos meses, que o crescimento e amadurecimento pessoal e profissional do ultimo ano, valeram tanto quanto os 10 anos de trabalho escravo no Inmetro.

Acredito que estou no caminho que quero estar com a mãe de papel, que cresci o tanto quanto fui capaz e me dediquei ao máximo para isso. E que o que não cresci, tudo bem, temos mais um ano pela frente para conseguir. 

Acredito que já conseguimos nos encontrar em uma rotina familiar que me permite trabalhar sem culpa. Na verdade acredito que culpa é daqueles sentimentos que quase não sinto mais. Acredito que estou mais disposta fisicamente e que consegui encontrar uma atividade que me dê prazer e que renove minhas energias. 

Acredito que consegui encontrar um equilíbrio entre minhas obrigações, minhas necessidades e as necessidades das crianças. Acredito que mesmo trabalhando muito mais, afinal agora tenho uma rotina que me permite isso, consigo brincar mais com as crianças, consigo estimular mais os dois e dar atenção individual a cada um. 

Acredito que me sinto mais bonita, afinal estou me exercitando. Mas mais do que isso, estou cuidando de mim e olhando mais para mim. Acredito que isso vai ser um reflexo do meu amor próprio e do meu auto controle emocional, que pode até não estar controlado, afinal eu sou de carne e osso e continuo sendo eu, mais não vou mais estar na sensação de montanha russa. 

Acredito que cuidar de mim não vai ser mais motivo de culpa, afinal lembra que não permito mais a culpa. E acredito que cuidando mais de mim e me sentindo mais bonita, minha relação com o marido tbm vai estar melhor. Ainda vamos ser nos dois, que damos choque, mais vamos estar ainda mais fortes juntos. 

 Acredito que vou me deixar abater cada vez menos pela instabilidade e vou estar cada vez mais segura. E quando eu estou segura, nada me segura. 

Acredito que vou terminar essa reflexão, daqui a alguns meses, com um sorriso no rosto e uma sensação de: “caralho, eu sou foda!”, pq né, esse foi meu primeiro ano completo dedicado a mim e a tudo que amo e acredito. E ao contrario das expectativas e perspectivas (principalmente de terceiros), eu estou feliz. 

E é só o começo, pq no dia 1º, para mim, realmente começa tudo de novo. E eu vou estar pronta pro que vier. E eu quero que venha mais. Que eu não pare de me conhece, entender e respeitar. Que a Mãe de Papel brilhe tanto quanto sei que ela pode e vai brilhar, pq vou cuidar disso. Que as crianças estejam felizes e que não falte nada: material e emocional. E eu tbm vou cuidar disso. 

Pq não é fácil. Mas se fosse, não tinha graça

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