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21 setembro 2011

Post Vip - A importância de brincar com os filhos

Para recomeçar com gás novo, hoje vou receber a visita de uma pessoa muito Especial, Micheli, mãe da pequena Clara, do Blog Tagarelices e Pensamentos. O convite partiu da minha felicidade pelos 15 mil acessos ao blog e pela ideia da Flavia, do Astronauta e a vontade de ter outras palavras nesse cantos que não sejam as minhas... rsrs

A "proposta" foi aceita pela Mi, que nos brindou com um texto perfeito sobre as brincadeiras com as crianças. E olha que ela é expert na arte de entreter os pequenos!!

Assim... voltamos a programação normal em grande estilo...
Quando a Martha me pediu para escrever este post, pensei na responsabilidade de escrever em um blog tão querido para mim e pensando no tema que seria interessante abordar. Uma das sugestões que ela me deu seria falar sobre brincadeiras, talvez porque isso seja um ponto forte no meu relacionamento com a minha filha. Juntas criamos muitas brincadeiras e nos divertimos de montão. Com ela eu volto a ser criança, nosso vínculo aumenta e nas brincadeiras com a mãe (e com o pai sempre que pode) ela desenvolve ainda mais as suas qualidades.

Escuto muitas pessoas me dizerem que gostariam de ter o tempo e a paciência que tenho para brincar com a Clara. Pessoas mais velhas falam que antigamente a mãe não podia sentar e brincar com a criança, tinha de dar conta dos afazeres domésticos. E até me questionam como faço para dar conta de fazer ambas as coisas. Hoje muitas mães trabalham fora e o tempo que sobra com os filhos, muitas vezes, fica limitado aos cuidados necessários que se deve ter com uma criança. Pelo que eu ouço de algumas pessoas, percebo que nem todos dão a devida importância para a brincadeira na vida da criança e nem pensam no quão prazeroso pode ser dividir esses momentos com os pequenos.

Sou privilegiada por poder trabalhar meio período e, assim, ter mais tempo para a minha filha. Ainda assim não é fácil dar conta de tudo. Apenas priorizo o tempo com ela e no nosso tempo juntas, aproveito ao máximo para brincar com a pequena. Claro que sou uma pessoa como todo mundo e também tenho meus dias de cansaço, sono, falta de vontade. Mas muitas vezes a alegria daquele momento juntas me faz superar tudo isso.

Mesmo pais que não tem muito tempo, podem experimentar explorar mais esse tempo nesse sentido. Mesmo que falte paciência ou pique. Eu mesma até ser mãe, não sabia mais como brincar como uma criança. A gente aprende com eles.

Outras pessoas me perguntam como tenho criatividade, de onde tiro as ideias para nossas brincadeiras. Com artes, por exemplo, foi fundamental montar uma caixa de materiais. Ali incluo desde tesouras, cola, papel colorido, até material reciclado, como latas e potes de danoninho. Não guardo sabendo exatamente para que eu vou usar muitas vezes, mas, no dia que decidimos usá-las, junto tudo em uma mesa ao lado dela e vamos inventando. Conforme surgem ideias simples, outras vão aparecendo. E, aos poucos, nós mesmas vamos ficando "treinadas" para pensar em outras atividades lúdicas.

Só que para isso, foi preciso começar. Sei que para esse tipo de brincadeira, tenho de estar com tempo e disponibilidade, por conta da sujeira. Ou seja, não dá para brincar com tinta, recorte e colagem ou massinha em qualquer momento. É fundamental perceber isso para não frustrar a criança com reclamações ou se estressar.

Claro que tudo é uma questão de afinidade. Não adianta queremos forçar e brincar com a criança de algo que a gente não suporte. Meu marido pode até aceitar a proposta de brincar de bonecas com a Clara, porém, se eles pegarem uma bola, com certeza a brincadeira será muito mais divertida. O inverso ocorre comigo. Ele nem chega perto das tintas e materiais de arte em geral, que eu adoro, mas se a proposta for brincar de correr, mesmo que cansado, as gargalhadas estarão garantidas.

Em uma realidade tão tecnológica, resgatar as brincadeiras de nossa própria infância com os filhos pode ser um ótimo caminho, além de prazeroso para ambos os lados.

Aprendemos muitas coisas quando temos filhos. Marido não tinha afinidade com livros, mas, com a paixão da pequena por eles, aprendeu a contar histórias. Eu me animei com a empolgação da pequena com o teatro de bonecos e até fiz um de caixa de papelão para as nossas brincadeiras com fantoches.

Agora me pergunte se eu pensava que seria assim antes de ser mãe. Não, aprendi, na prática, o prazer de sentar no chão e auxiliar a montagem de um quebra-cabeças, do elogio, do incentivo para que a minha filha vença seus limites e encontre soluções para as dificuldades que vê frente ao um jogo ou brinquedo.

Na teoria muitos sabem da importância da brincadeira na infância, mas, na prática, isso muitas vezes é encarado como um passa tempo ou uma forma de fazer a criança gastar as suas energias.

Porém, brincar é muito mais do que isso. A brincadeira impulsiona o desenvolvimento intelectual da criança, ensina-a a ser sociável e a lidar com as situações do seu cotidiano. É uma forma da criança aprender valores, de desenvolver a atenção, a memória, a imaginação e a linguagem, de estimular a concentração, a autonomia, a curiosidade e a confiança em si mesmo. Através da brincadeira a criança transforma a realidade através da imaginação e reflete sobre o ambiente em que vive. É uma forma completa de comunicação da criança com o mundo.

Brincadeiras lúdicas não requerem muitos brinquedos, muito menos aqueles caros. Incrível como para a criança até mesmo objetos simples pode fazer um grande sucesso e ser usado com grande imaginação.

Quando eu propunha uma situação de faz de conta para a Clara e ela não entendia em um primeiro momento ou me questionava, eu dizia a ela, apontando o dedo em minha cabeça: é tudo uma questão de imaginação. Hoje ela já entende bem o que essa frase significa.

E os pais, onde entram nisso tudo? Ao brincar com o adulto, a criança se sente mais estimulada e espelha-se nele, o que a ajuda a crescer. Os pais podem estimular os filhos a desenvolver a imaginação e despertar novas ideias. Além de tudo, essa experiência fortalece o vínculo afetivo entre o filho e seus pais.

Eu não tenho lembrança na minha infância de ter um adulto que sentasse para brincar comigo. E não uso isso como desculpa para fazer o mesmo com a minha filha.

Talvez até por ter bastante esse tempo de brincadeiras com os pais, hoje a imaginação da Clara é tão forte brincando sozinha ou conosco, que ela até exige mais criatividade de nós. Nem sempre acompanhamos a história que ela inventa com as (os) bonecas (os), confesso. Mas que é gratificante e uma delícia de se ver, isso é.

Por isso eu recomendo: sente no chão e brinque com o seu filho no tempo que vocês tiverem juntos. Vale muito a pena e você perceberá todos os benefícios, para ambos.

Se você, como eu, já é adepta dessa ideia, pode pensar que isso é algo óbvio. Mas pelo que ouço de muitas pessoas, percebo que não é tanto assim, o que é uma pena.

Micheli, ex-estudante de design, jornalista e fotógrafa nas horas vagas, mãe em tempo integral da Clara e autora do blog Tagarelices de uma filha, Pensamentos de uma mãe.

13 comentários:

  1. Brincadeira sempre é uma ótima pedida para estimular todos os sentidos das crianças além de ser super divertido e fortiificar cada vez mais o vínculo entre pais e filhos.
    beijos

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  2. Olá, acompanho o blog da Micheli e passei aqui pra conhecer o teu tbm!
    Ótimo post! Confesso que brinco menos com meu filho do que eu gostaria! =(
    Mas vou tentar, ao máximo, mudar essa situação! hehehehe

    To seguindo vcs!

    bjos

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  3. Ai... agora eu comento.. hehehe
    Uma chiqueza uma convidada como essa, né não?! rsrsrs
    É Mi.. esse é um assunto mais serio do que muita gente pensa. Eu mesma, as vezes deixo muiiito a desejar quando se trata de sentar no chão e brincar... é sempre tanta coisa para fazer.. q vou tentando tapar buracos deixando Laís brincar com os potes enquanto lavo louça ou com os pregadores na hora q cuida da roupa!!!!
    Mas dou muito valor.. tento deixar um pouco de lado e sentar com ela, mas ainda é muito pouco.. !!!
    Seu post é um estimulo para isso|!!!
    Vou lá comprar uns potinhos de tintas e umas cartolinas!!!

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  4. Martha,
    A intenção do post é justamente essa, estimular. Sei o quanto é corrido dar conta de todos os nossos afazeres e ainda sentar com os filhos para brincar. Muitas vezes eu faço assim, primeiro sento e brinco, depois explico que tenho de cozinhar naquele momento... Divido o tempo, mas primeiro dou a atenção que ela precisa (e merece!). Canso de fazer as coisas tarde da noite, depois que ela dorme. É o jeito que eu encontro de não perder esses momentos com ela. As crianças crescem tão rápido, o tempo vôa e não volta.
    Marcela, realmente o vículo fica ainda mais forte com esses momentos compartilhados.
    Ivna, vale muito a pena não deixar passar momentos em que é possível estarmos mais perdinho deles. Nunca é tarde para começar!
    Beijos.

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  5. Que excelente post hein? esse blog tá ficando chique gente!

    E o assunto abordado foi maravilhoso. Eu e tantas outras mães que tem mil e umas obrigações a cumprir durante um dia sabe o quanto é díficil e muitas vezes cansativo sentar e brincar. Mas a importancia desses momentos não tem preço.
    Eu ainda brinco "pouco" com minha filha, mas aos poucos, a medida que ela vai entendendo mais as coisas nós estamos desenvolvendo essa prática por aqui.
    A criança precisa ser criança. Isso é fundamental!

    Bjs e parabéns a Micheli pelas palavras tão sábias.

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  6. Que delícia de texto!
    Adoro brincar com minha filha e tento, mesmo trabalhando fora o dia todo, brincar com ela todos os dias. O problema é que eu "babo" tanto na pequena que por vezes interrompo tudo para dar um beijo, afofar, essas coisas...rsrsrs
    Beijos,
    Nine

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  7. Manu,
    É verdade que conforme a criança cresce, ampliam as possibilidades de brincadeiras. E isso é maravilhoso. Podemos curtir ao máximo cada fase.
    Nine, essa parte do carinho faz parte. Eu também vivo enchendo a minha filha de beijos e ela adora. Mas o mais recompensador é quando vejo ela fazer o mesmo com as bonecas... Abraça, beija, usa as mesmas palavras de carinho... Isso não tem preço! E quanto é a gente que recebe esse carinho e palavras de amor, então? É de encher o coração de mãe de tanta alegria e amor.
    Beijos.

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  8. Concordo e sempre penso em tudo isso para aproveitar o tempo q fico com minha filha, q sempre será menor do que o que eu gostaria, já que optei por trabalhar muito, mesmo nessa fase em q ela ainda é pequena.
    Estou em paz com minha escolha, sei que nossos momentos têm qualidade e adorei seu texto. Até compartilhei no meu face!

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  9. Adorei o post. Realmente, brincar é assunto sério.
    bjus
    verdadesdemae.blogspot.com

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  10. Adorei sabe rque vc renovou com gás total e vai continuar blogando!!!Amei o post com a a participação da querida Mi!!
    Brincar com nossos filhos renova nossa energia,faz a gente dar boas gargalhadas..Tem coisa melhor??
    beijos!!

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  11. olá meninas!
    brincar com as crianças faz bem pra eles e pra gente.
    só tem beneficios.

    ótimo post.

    bjocas

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  12. Que legal ler a Micheli aqui! E o tema do post foi perfeito com o que conhecemos dela não é?
    É verdade, antigamente os adultos não tinham costume de brincar com as crianças. O que mais lembro de minha mãe interagindo comigo é nas leituras de histórias. Isso sim ela fazia muito, e eu adorava.
    Concordo que brincar com a criança é ótimo para ela - e para nós. Ela sente o adulto se aproximar do mundo ela, os vínculos se fortalecem. E nós recebemos sorrisos, perguntas, alegria!
    Também é verdade que pai e mãe brincam de forma diferente, aqui em casa é assim tb: eu fico com a parte lúdica, o pai com a correria e a bola.
    Adorei Mi, e adorei a ideia Martha, parabéns!
    bjos!

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  13. Uma ótima dica mesmo! E sempre bem-vinda por aqui, brincadeiras!
    Adorei e já te sigo.
    Aparece lá no www.minhapequenamaria.com
    Beijão
    Natália

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Adoro comentários!