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28 abril 2014

Pesando fora da caixinha

*Post escrito de impulso, de uma vez. Quase como se tivesse conversando comigo mesma para não me sentir tão doida... e quase uma critica ao mundo “real”. Não é julgamento a ninguem. Ok?! Post altamente destrutivo!!! Favor gostar de mim depois dele!!!

4 Anos de blog, gentes... quase 5 anos de maternidade se contar do momento em que me descobri grávida antes mesmo do atraso. E afirmo com toda certeza que não sou a mesma pessoa. Não sou a mesma pessoa no geral, nas minhas relações, no trabalho, com dinheiro e, principalmente, no que diz respeito a crianças e maternidade como um todo.

Eu mesma já reclamei aqui no blog, ou em alguma conversa paralela, mais de uma vez, sobre a loucura que é a vida da blogsfera.. um eterno apontar de dedos, uma eterno isso X aquilo, um eterno... aprendizado.
Às vezes algumas pessoas da rede exageram? Talvez! Mas mesmo dessas, eu consigo tirar algum aprendizado. Talvez eu não consiga adequar a minha vida, pq minha realidade é diferente. Mas as realidades mudam e se é para viver melhor (mais feliz), pq não?!

Quando digo melhor = mais feliz, quero dizer que o que é melhor para um, não necessariamente é melhor para o outro.. que cada um pode ser feliz de um jeito.

Daí que o mesmo vale para o mundo real, eu sei. Mas caraio... às vezes, muitas vezes me sinto um peixe fora d’agua no meio de um oceano de baboseiras e asneiras, coisas de quem ta nessa vida a passeio.

Mesmo tendo tido um cesárea marcada pelo medico, mas com TP (hoje agradeço muito pelo destino), me causa estranheza ouvir que o baby tal, vai nascer dia tal. Oí? Quem avisou??? O baby?? Não que eu tenha certeza absoluta de fazer um PNH lindo e ryco e fino ou meu VBAC na banheira, pq isso é o ideal. Não!!! Talvez eu chegue muito, muito longe disso. Mas é só estudar um pouquinho para saber que em grande parte dos casos o melhor é esperar entrar em TP, não?! To doida?!

Daí ouço que criança não tem vontade, que tem que chorar pq faz bem ao pulmão, que tem que ficar no carrinho, pq no colo vicia, que tem que obedecer. Só dói em mim, ouvir isso??

Criança é um ser, independente das nossas vontades. Então por ser um individuo, ela tem vontades próprias. Cabe aos adultos que a cercam, orientar e dar exemplo para nortear as vontades dessa criança.  Ela pode não querer qualquer coisa pq ela tem direito a isso (ou querer, tbm), mas acho que cabe a nós direcionar o que pode ser melhor ou não. Ta confuso?! rs

Quando alguém chora (eu por exemplo) é pq está com dor, triste, frustrada. Obvio que sou adulta, que teoricamente sei controlar meus sentimentos. Mas as crianças não. A forma que ela tem de expressar que tem algo errado é chorando. Claro que, como nós tbm aprendemos, a criança aprende a usar seu poder de atrair atenção (chorando) para outras coisas... Mas cara, antes de deixar chorando eu, com certeza, vou avaliar todas as possibilidades daquele choro.

Daí sobre o vicio do colo, do peito, do aconchego, da cama compartilhada... Diz aí sem alguém já viu alguém de 20 anos dormindo com os pais?? (se souber, não contam viu! Rsrs) Acho que as crianças são muito imaturas nos seus sentimentos... Lidar com os sentimentos é difícil para os grandes.. imagina para os pequenos. Daí virar as costas para isso? Não consigo.

Daí ouço sobre mães que voltam a trabalhar em grande empresas com 2/3 meses (quando muito) dos bebes, pq se não voltarem vão perder seu cargos, seus altos salários.

Cada um sabe de si, já disse (e meu texto todo se refere única e exclusivamente a mim e minhas escolhas, mesmo que não consiga 100% delas o tempo todo).. Mas eu não consigo achar isso normal. Não consigo achar que isso faz parte do sistema, mesmo sabendo que talvez faça.

Sei de muitas mulheres, empreendedoras, que voltam a trabalhar logo que passa o resguardo, mas elas estão ali, do lado...olhando e acompanhando a medida que podem... fazendo parte, a medida que podem, do desenvolvimento dos pequenos.

Eu sei que a grande maioria das mulheres, e me incluo nessa, não pode simplesmente largar o trabalho, ou não tem uma grande idéia empreendedora assim que nascem os filhos. Mas não consigo conceber uma pessoa viver um momento tão transformador como esse, e pensar nas planilhas que estão no PC do trabalho.

E mais, como pode depois de tantos anos de “revoluções” as mulheres serem obrigadas a passar por isso?! To muito louca?!

Acho que minha transformação vai desde a culpa (não aquela que doía, aquela outra que faz fazer diferente) pelo meu cansaço e falta de disposição para brincar, que me fazem pensar em  mil formas de estimular e passar tempo de qualidade com a pequena.

Até a questão dos deveres e direitos que dizem que nós conquistamos, mas que eu só consigo ver os deveres... Mas não, sem antes brigar e discutir e dar umas boas arranhadas nesses discursos da boca para fora que ó servem para nos colocar mais peso.

Tbm aprendi a fazer cara de alface, conhece?! Mas tenho dias como esse... que me revolto e não falo nada com nada.. mas aprendo.. ô como aprendo nesses dias!!!


Ao mesmo tempo, fico bem feliz de fazer parte, mesmo que timidamente, e de forma menos ativa, na rede. Pq vejo que a mudança é muito de formiguinha. Chego a duvidar que ela aconteça, mas sei que cada uma dessas mulheres que ensinam sobre alimentação saudável, que lutam pelo respeito na saúde da mulher, que lutam por uma educação com mais amor e mais apego... Sei que elas lutam por mim tbm!

2 comentários:

  1. ops...faltou o outro pedaço, hehe. Lutamos todas por todas nós, mesmo quando parece que lutamos apenas por nós mesmas, entende? A sua mudança, é a minha, a minha é a sua! Crescemos com nossas diferenças e nos fortalecemos nas nossas semelhanças! Beijos!

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