Das delicias e dificuldades de ser gente grande!!!

Ainn que saudade de escrever. Não pq tenho obrigação de escrever, mas pq o escrever me ajuda tanto. Mas e quando da aquele branco? Você sabe o que quer escrever e não consegue passar de uma linha... 

O post sobre o comportamento de Laís e como eu lido com isso está lá, escrito em uma linha. Não que eu não saiba o que quero registrar e compartilhar. Sei! Mas to com um bloqueio mental, sabe?! (e não tem nada a ver com o fato de eu ser loira. Rá!)

Não lembro se eu aproveitei a minha infância. Lembro do meu irmão mais velho, das brincadeiras, e das bonecas... Lembro da birra da minha irmã, das férias na casa da minha madrinha, de viajar no fusca do meu tio, de ir para Angra...

... Quando eu vi já era adolescente. Como o tempo passa rápido e como fico apavorada quando uma amiga fala de sua filha adolescente, que eu conheci pouco mais velha que Laís é hoje, que vive as fase gostosas e complicadas da adolescência... Ai ai... o tempo!!!

Da adolescência eu curti cada minuto. Chorei exageradamente e sorri exageradamente, como é de costume dessa fase da vida. E como quero que Laís tenha a mesma oportunidade. Ter amigos e mais amigos, conhecer pessoas e lugares (que sabe o mundo, já que eu não fiz isso ainda), reafirmar sua personalidade tããão forte e decidida.

Conheci meu marido na adolescência... e no finalzinho dela ficamos juntos. Crescemos juntos e amadurecemos quase juntos. Mulheres amadurecem mais que o homens, vai?! rsrsr

Mas como é difícil amadurecer, né?! Eu só tomei a proporção disso depois que Laís nasceu e o turbilhão de coisas desceu como avalanche na minha cabeça. Mas ao mesmo tempo passei a reagir muito, muito melhor a certos problemas que antes me tiravam do eixo. 

Viver junto é doce e azedo ao mesmo tempo. Quando agente é jovem (a velhaca de 28 anos, falando), a gente acha tudo o fim do mundo, tudo é pau-pau, pedra-pedra. Aí a gente passa para a próxima fase do cresce, reproduz e morre: o reproduz. E daí minha gente, é difícil mas é preciso entender que poder haver um pau-pedra e um pedra-pau!!!

To doida? Talvez! 

Mas esses meus momentos de reflexões estão me fazendo aprender muito. E aprender mais do que na base do choque como foi quando Laís nasceu. To tentando entender o que eu quero pro meu futuro e futuro da minha família, tentando entender o que os sonhos podem ser possíveis se a gente corre atras deles (não aqueles de quando dormimos, mas aqueles que idealizamos desde criança). To tentando entender que as vezes podemos ter que andar para trás para depois seguir em frente.

Mas tbm to revendo certas verdades absolutas. Algumas coisas que me faziam sofrer, e questionar, e chorar, e descabelar... essas coisas são tão pequenas em relação a coisas mais importantes na nossa vida. Que o máximo que ela me fazem hoje é pensar.

Tenho lido muita coisa, visto muitos videos, sites... auto-ajuda, terapia, remedio controlado,rá!  E isso tem me ajudado muito a organizar a cabeça, a vida, o tempo e, quase, a casa (só o dinheiro que não organizo!) Tenho pensado muito tbm nos valores que damos para coisas e deixamos passar a importância de outras. 

Eu nunca tinha feito nada com Laís na cozinha pq ficava estressada da bagunça e sujeira... relaxei e foi incrível. Ou nós que nunca dávamos valor as nossas férias pq sempre tínhamos responsabilidades de mais, conta de mais... e largamos tudo, fomos viajar e foi incrível.

O valor de passar algumas horas com a tv desligada, só batendo papo com marido... ou de mandar um e'mail para aquela amiga de adolescia que vc não tem noticia a tempo... ou andar de mãos dados com os pequenos, andando, brincando.

Acho que to precisando fazer terapia. Mas como to sem dinheiro esse fim de mês, vim falar aqui no blog mesmo!!! :)