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14 julho 2014

Adolescente precoce ou os horríveis 4 ou sintomas de irmã mais velha

Todas as definições e explicações possíveis para tentar entender e ter paciência com minha primogênita (que lindo falar assim)... 

Laís está respondendo, revirando os olhos, batendo o pé – e as portas, respondendo pelo canto da boca...

Quando não é isso tudo ela esta chorando... e chorando... por tudo e qualquer coisa. "Não" é quase sentença de morte. “Espera” é tortura física. 

Ela chora com e sem lagrimas.. mia.. levanta as mãos para vir pro colo e bate as pernas... 

Ta fácil não.. 

Mas quem disse que seria. 

Eu tenho muita paciência, muita... Chegam a dizer que sou boazinha de mais. Mais imponho respeito a ela. Marido não tem paciência, nenhuma.. do tipo tolerância zero que talvez ela precise nesse momento. 

E nós dois estamos pedindo penico. 

Daí eu avalio qual é a situação, qual é o momento dela, como esta o “cenário” ao redor dela para ver se brigo, coloco de cantinho para pensar ou se grito e perco as estribeiras.. pq tudo tem seu limite... 

Laís está inquieta e não para quieta. Não consegue ficar sentada ou parada.. e pela primeira vez eu pensei na possibilidade de ser hiper-ativa. 

Mas... tudo tem seus lados!!! 

Meses seguidos de muitas mudanças.. primeiro ela saiu da escola 3 meses antes do fim do ano letivo e ficou de férias com meus pais fazendo todas as suas vontades e com pouca interação com outras crianças..

Depois a entrada na nova escola, grande e intimidante, com todos os problemas que uma mudança e adaptação desse tipo podem provocar na cabeça de uma criança. 

Sem nem dar muito tempo, eu engravidei.. tudo ficou lindo, mas “mamãe parou de pegar no colo” um a família ia crescer.. 

Antes que nos acostumássemos com a idéia, não tinha mais bebe. Tinha mamãe dodói e triste, tinha a casa bagunçada, tinha todo mundo meio sem cabeça. 

Ah.. a amiguinha da condomínio, que é bem mais velha que ela, parou de brincar com ela e foi brincar com os grandes, como Laís diz. No condomínio não tem meninas na faixa etária dela, só meninos que nem sempre estão disposto as brincar com ela. As meninas ou são mais velhas e não querem brincar.. ou mais novas e não podem brincar... 

Ai eu comecei a passar mal loucamente. Sem dar atenção, sem pegar no colo, sem fazer mais nada a não ser dormir e vomitar. Logo depois ela soube do bebe. Eu continuei (e continuo) passando mal. Todas as necessidades dela passaram a ser atendidas pelo pai. Nossa rotina que já é louca ficou mais confusa ainda sem eu conseguir dar conta do dia-a-dia. 

Daí refletimos isso com o pediatra (quase tudo disso aí).. e ele disse para investigar em outros ambientes que ela freqüenta, conversar com a professora, ver em outros lugares sem a nossa presença. 

Se em nenhum, ou a minoria, o comportamento dela tiver alteração... o problema é com a gente.. e aí não tem o que fazer a não ser administrar... e que pode piorar... mas que como tudo na maternidade passa... 

Fico me sentindo mega culpada, muito... Pq sempre pensei que para engravidar de novo eu não poderia deixar uma lacuna em Laís.. tipo, parar de amamentar ou correr com a fralda ou qualquer outra mudança mais significativa nessa fase da vida dela. 

E daí parece que de qualquer jeito, em qualquer tempo, qualquer momento, eu vou mexer com a vida dela. Não adiantaria esperar mais ou menos... Um filho sempre é uma mudança absurda na nossa vida.. se é na nossa, isso reflete diretamente na vida da pequena. 

Estamos tentando.. eu repito como mantra pra marido ter paciência.. repito como mantra para eu ter paciência.. corrijo quando acho necessidade e ignoro quando sei que não vou ter capacidade de resolver (sou humana, né?!). 

Ainda grito, ameacei bater uma vez – o que não é nem de longe a minha praia, ainda tenho que refletir e respirar muito para conseguir dar conta.. 

E ela... ? Minha bebe esta crescendo e percebi que crescer em qualquer fase da vida é difícil!

2 comentários:

  1. Martha parabéns pela gravidez
    seu espaço é muito lindo
    e sobre a sua filhota é complicado
    mais que bom que tem paciência
    por que tudo fica mais difícil quando ela não tem uma amiguinha pra brincar, mais como na vida tudo é uma fase vai
    passar
    melhoras nos enjoos

    *´¨)*Linda Noite!
    ¸.•*¸.• ?´¨).• ?¨) Beijokas da Nanda
    (¸.•´*(¸.•´*(.¸. •*
    Mamãe de Duas

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  2. Má, vou te falar: passei EXATAMENTE pela mesma coisa com a dona Laura do alto dos seus três anos. Cheguei a ligar pro pediatra para pedir ajuda (penico) pq não sabia o que fazer, Laura tinha mudado muito, estava muito mal humorada, já acordava irritada, briguenta, chiliquenta.... e eu sei que ela não é assim!!! Não é dela!!!
    O pediatra foi taxativo: é a chegada da irmã e as mudanças bruscas na vida dela.

    E eu concordo integralmente.

    Também fui taxada de molenga, irresponsável, "paciente demais", resiliente, fraca, frouxa..... mas só eu (só EU mesmo, nem meu marido) entendo o que aconteceu, só eu sei fazer a retrospectiva da vida da minha filha antes da gravidez e a vida após a gravidez.

    Meu marido tbm é super impaciente e acha que criança tem mais é que obedecer.....eu sou super contra essa filosofia, mas respeito num primeiro momento, para ela sentir que não é feira a nossa casa, ela não pode fazer tudo o que quer. Mas eu sou bem mais tranquila, bem mais amorosa, beijo, abraço, ajoelho no chão, pergunto o porquê de estar chorando, gritando, batendo....

    Eu sou como vc e analiso o todo, não só a figura atual. Elas estão chatadas, estão difíceis, estão o cão? Estão. mas a vida delas mudou radicalmente!!!

    Siga seus instintos, sim! Venha comigo. Fique do lado dela, pois, Laís está precisando de segurança, de conforto, de alguma certeza. A certeza de que papai e mamãe não vão trocá-la por outro bebê, que a vida mudou SIM, mas a vida dela é tão especial quanto antes. Ela precisa de proteção, não só de regras. De regras também! Mas proteção, carinho, amor, empatia....

    Siga seus instintos, tenho certeza de que daqui um tempo ela melhorará.

    Laura ainda está muito difícil, mas, passados quase 7 meses, tenho sentido melhora no seu comportamento (porque ela se acostumou a fazer tudo com o pai - banho, trocas, limpar xixi/cocô, brincar na praça, tudo é o pai; ela se acostumou a não ser pega no colo e até me dá bronca quando eu pego; ela se acostumou que chegará um bebê e já tem até espaço no quarto dela reservado para isso, o que faz com que ela visualize melhor a mudança....).

    Um beijo enorme!

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