Amamentação prolongada e Desmame prolongado

ou Sim, eu consigo esperar pelo desmame natural! 

ou ainda, Minhas peitcholas são minhas de novo!!! 

Hehehe Esse post poderia ter vários nomes diferentes... mas acho que nenhum deles ia consegue ser objetivo o suficiente para dar título a nossa história. 

Minha relação com a amamentação pode ser vista durante toda a existência do blog... até o meu surto, no ano passado, eu falava sobre isso, pelo menos uma vez por mês rsrsrs!!! Fixação monotemática podem ser as palavras para nomear... ou simplesmente viver intensamente essa experiência, explica o quanto ela fez parte da minha vida aqui e no mundo real! rs 

Desde minha decisão de deixar as coisas seguirem seu rumo, eu meio que relaxei. 

Confesso que não muito. Confesso que tinha dias que eu tinha vontade de fugir, que tinha dias que eu não tinha um pingo de paciência mais... Mas respeitei o momento da Laís e o final do nosso ciclo. 

38 meses de amamentação!!!! Posso dizer que conclui minha função de alimentar e carinhar com louvor e premio de bonificação. Foi fácil? Não! Foi difícil? Não!!! Sempre senti que era uma coisa natural da nossa vida e, fora as muitas de crises que tive por conta disso, posso dizer que passamos por ela da melhor forma possível; com muito amor. 

Comecei a pensar no desmame assim que Laís fez dois anos e fui sempre repensando ao longo do tempo, quando via que nenhum de nós duas estava pronta para isso. Tivemos algumas tentativas de desmame "forçado", de diminuição do fluxo e quantidades, de convencimento que ela já não precisava mais daquilo. Nada deu muito certo. 

Até que no final do ano passado voltei a tomar o anticoncepcional que tomava antes da gravidez, para controlar os policistos, as espinhas e a TPM (para isso nem te ajudado tanto, pq meu humor está uó). Depois disso minha produção caiu drasticamente. A mama que produzia muito pouco, secou.. e a outra que jorrava, passou a ser um conta gotas. 

Às vezes durante as mamadas, Laís parava e pedia água ou a mamadeira. Às vezes ela se irritava muito pq estava saindo pouco... E isso tbm foi um processo de aprendizagem para nós duas. A coisa diminuiu muito. E depois voltou com muita intensidade. Não a produção, pq essa ia de pouco ao quase nada. Mas a vontade dela ficar lá, grudada, aninhada, puxando e sugando o que podia e não podia... isso foi um estresse.  

Tinha dias que "mamava" tanto quanto um recém nascido, mas na frente dos outros tinha vergonha e dizia que era coisa de bebe e que ela era moça "grande". Mas logo que sentia a necessidade, se escondia e se aninhava no meu colo, já puxando minha blusa. 

Uma amiga brincou com ela sobre isso... daí ela fez aquele sinalzinho de silêncio, colocando o dedinho na frente dos lábios, como quem diz: Segredo ou Quetinha!!!! Delicada, minha pequena!!! Rá! 

Tive muitos dias de estresse. Mas tbm tive dias de sentir que deveria respeitar a necessidade dela. Nos dias de mais estresse, sempre era pq eu sentia o bico do peito como se tivesse um chupão.. sabe como?? Quando vai puxando o sangue e vai dando aquela sensação de corte. Terrível. Nesses dias nós sempre brigávamos. Ela sempre chorava muito, eu me estressava mais, nos brigávamos mais... e depois fazíamos as pazes com ela mamando e dormindo em poucos minutos. 

Na semana em tudo acabou, estávamos mais ou menos assim. Laís me exigindo muito. Querendo muito mamar. Irritada pela falta do liquido, que já quase não saia. E eu cansada, com dor... Aí a noite.. para dormir.. depois de muito brigarmos.. a gente se aninhava e ela dormia! 

No dia 5 (quase duas semanas, já?!), foi mais ou menos assim. Depois de 1 hora me chupeitando. E brigando.. e brincando, dançando... tudo isso agarrada no meu peito.. ela me mordeu. Eu tirei ela e disse que ela não mamava mais aquele dia, que tinha me machucado e que eu estava com dor. Eu não estava mentindo. 

Ela chorou, gritou, esperneou, me bateu.. soluçou... puxava minha roupa. Juro que se marido não tivesse pego ela ou eu ia perder a cabeça ou ia ceder. Mas ele pegou (todos gritam aleluia!!!) e a disse que ela dormiria com ele. 

Foram quase duas horas de intenso choro, e grito, e briga, e manha, e, e, e.... Ele foi firme... Só que ela tbm. Ela não dava o braço a torcer e não se rendia ao sono que estava sentindo. No meio da “briga” tentei distraí-la com o celular.. ficamos tirando foto e quase conversando – postei até no face, na hora. Ela com a cara inchada de chorar! Mas a trégua durou muito pouco. 

Logo outra rodada... Ficou no quarto dela com o pai e lá, quase dormiu. Veio chorando e deitou do meu lado, convencida que ao podia mamar. Contei história, cantei... e logo ela dormiu. Abraçada em mim. 

Uma meia hora depois acordou chorando. Acho que pela agitação de toda aquela pirraça. Como ela não acordou, marido já estava no 10º sono e eu não aguentaria mais uma rodada daquela, dei o mama. 

Já não lembro o pq, mas no dia seguinte ela não iria para a creche e foi para minha mãe. No caminho se aninhou em mim, puxou minha blusa... e aquele foi o nos ultimo momento de amamentação. (mais eu não sabia) 

Na noite seguinte, marido queria seguir com a idéia de tirarmos o peito. Íamos “forçar” a tirada do peito. Eu não estava segura daquilo. Primeiro pq marido não dorme, ele desmaia.., e outra guerra daquela ia derrubar ele. Segundo pq eu não estava segura. 

Fizemos o “ritual” um pouco mais cedo do que vínhamos fazendo e fomos para cama. Li um livro, contei uma história (pq para ela a história inventada é mais atrativa do que as do livro) e ofereci cantar uma musica. Ela perguntou se o peitinho estava doendo, eu disse que sim – não menti, passou a doer sempre que ela mamava. Ela me abraçou, abraçou o travesseiro virou para o lado e dormiu. 

Simples assim. 

Isso NUNCA tinha acontecido em 38 meses. 

Nas noites seguintes, repetimos o mesmo processo. E todos os dias não tivemos grandes dificuldades. 

Uma coisa importante: Nessa semana, ela estava começando um resfriado e mesmo assim... foi. 

Nessa semana o sono ficou um pouco mais agitado por conta da tosse que esta forte ainda. Teve dias de demorar mais de 30 minutos até que ela cedesse e dormisse. Teve um dia que eu cheguei me assustar, tamanha luta que ela travou contra o sono. Mas no fim foi vencida. 

Até que das noites atrás, ela pediu para colocar a mão no peitinho #pausa desde mais ou menos 1 ano e meio, Laís mamava um peito e segurava no outro. Sempre, sempre, sempre. Se eu tirasse, era uma luta.. era quase tão importante quanto mamar. Às vezes ela só colocava a mão.. noutras ela ficava puxando, PUXANDO o bico :) #despausa 

Então... Daí eu fiquei com medo de ser uma ‘recaída’. Mas ao foi. Ela dormiu em 5 minutos muito mais calma que na noite anterior. Ontem fizemos o mesmo. E ela tbm dormiu muito rápido. 

Conclusões: 

- Duvido que ainda tenha alguém lendo. Rá 

-Vivemos da forma mais intensa o maior sentimento da maternidade e sou muito feliz e realizada por isso. 

- Não acredito que TIREI o peito de Laís. Estávamos num processo longo de desmame e eu dei um start que ela estava precisando. 

- Fora a primeira noite, não foi dolorido para nenhuma de nós duas. E se tivesse sido, eu voltava atrás sem dor na consciência. 

- Laís sabe que o peito não esta machucado... às vezes ela ri e pede para dar um cheirinho ou beijinho e, dependendo do meu humor, eu deixo – tenho deixado pouco pq to numa TPM duzinferno! rs 

- Acredito que essa coisa da necessidade de colocar a mão no peito seja nornal e não vou travar enquanto não estiver nos fazendo mal. Até pq, logo começa a melhorar o calorão e ela volta pro quarto dela. 

- Já vi crianças que mamaram muito pouco com a necessidade de dormir com a mão no peito da mãe... então não estou me sentindo tão louca. 

Em fim... é isso!!! Foi assim que a nossa melhor e mais intensa fase, chegou ao fim. 

* 

Vou tentar selecionar algumas fotos para colocar aqui. (não prometo, pq eu ultimamente to f*** com minhas promessas pro blog..) rsrsr