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30 janeiro 2015

Não podemos ter o controle de tudo

Mais uma vez, era a segunda vez que eu era obrigada a aceitar e entender que não posso controlar tudo. Em duas semanas minha vida mudou.

Sai de uma gestação normal e de baixo risco, para uma gestação de risco, com sofrimento fetal.

Depois do choque da ultra daquela sexta feira eu continuava literalmente em choque. Estávamos todos em choque. Fomos direto ao shopping comprar algumas coisas. Coisas pro enxoval que eu já compraria na BB Básico, roupas de tamanho menor... Jantamos, chegamos em casa mais de meia noite. Ainda estávamos em choque.

No dia seguinte comprei mais algumas coisas. Umas meinhas, uns bodys pequenos... Confesso que eu estava perdida.

No domingo lavei tudo. Na máquina a mesmo. Tínhamos um convite para almoçar fora, mas passamos o dia em casa. Só nós três.

Uma angustia sem fim. Uma falsa esperança, daquelas que a gente tem só para não surtar, de que estava tudo bem e que aquele tinha sido só um exame ruim.

Saímos a noite para trocar o presente de natal de Laís que tinha vindo com defeito e não me senti bem no shopping. Minhas mãos incharam ao ponto de eu não conseguir segurar uma caneta. Vi umas estrelinhas... Tomamos um sorvete e fomos embora.

No dia seguinte eu iria ver a medica na hora do almoço no hospital em que ela dá plantão. Uma noite longa no meio. Minha mãe veio para ajudar com Laís e lá fomos nós.

Era no hospital publico e fiquei com vergonha, mas passei na frente de outras tantas grávidas que estavam lá tão assustadas quanto eu.

Fizemos nova ultra, acompanhada por outro médico. Infelizmente o quadro se repetiu. O bebe estava fazendo um pouco mais de força para nutrir alguns pontos vitais e o peso era o mesmo daquela ultra feita 32 semanas. As coisas não estavam bem.

Conversando com a médica, falei do inchaço do dia anterior... Ela achou melhor medir a pressão e ia me passar alguns exames para fazer durante a semana, junto com o acompanhamento da ultra.

Mas pressão estava 15/10.

Com o restante do quadro, ela achou melhor que eu fizesse os exames laboratoriais e o eletrocardiograma do bebê ali mesmo. Daí avaliaria se poderia esperar ou não.

No eletro o Caio estava com pouca "reatividade"... Foi assim que chamaram a falta de movimentos e o baixo batimento cardíaco quando tinha algum movimento maior. Naquele momento me toquei que na ultima semana, desde que passei mal, senti muito pouco os movimentos dele, muito abaixo do que eu estava acostumada, e não era impressão minha.

Duas pediatras ajudaram na avaliação e a medica ligou pro hospital. Caio ia nascer naquele dia, com 34 semanas e 5 dias.

Não tinha bolsa arrumada para ele, nem para mim. Não tinha nem bolsa ainda. Nem camisola ou cinta. Minha mãe em choque, marido em choque, amiga queridas em choque. Eu estava tranquila. Preferia mudar tudo, dar jeito no que tivesse faltando e até ter ele na UTI neo, mas não queria o risco de perder ele. Eu não controlo nada mesmo, isso tudo só veio confirmar.

Minha mãe se tornou a louca do ferro de passar, tadinha!!! Ainda bem que eu tinha lavado tudo no dia anterior. Eu liguei na farmácia e pedi algumas coisas que eu lembrava e que podia precisar. Marido foi buscar, foi no trabalho e depois buscar Laís (seria um caos, mas eu queria ela comigo).

Partimos para o hospital na zona sul do Rio (hospital indicado pelo plano de saúde) antes do horário de pico do trânsito, não queria mais surpresas - tadinha de mim.

Chegando lá, surpresa, o plano não aceitava minha internação. Meu plano era coletivo e aquele hospital só internava privativo. E minha medica tbm só fazia parto no plano privativo. Entrei em pânico. Toda calma que eu tive durante o dia, foi embora naquele momento. O que eu faria???

Mas uma vez a vida me mostrando que eu não controlo absolutamente nada. Que tudo pode acontecer a revelia da minha vontade.

Uma coisa eu acredito. Sabe aquele clichêZão: tudo na vida acontece por um motivo. Então... Na gravidez, no nascimento, no ano de 2014... Tudo teve um motivo para acontecer...

A medica chegou, me abraçou e mandou ficar calma. Ela não ia me deixar sozinha. Já tinha conversado com o plano, com o hospital... Eles não iam me transferir naquela situação. Iria entrar e fazer o procedimentos pela emergência e sua equipe faria a cirurgia.

Refiz o eletro e o resultado foi o mesmo. Os médicos da emergência me davam medo. As enfermeiras me davam medo. A medica mandava eu ficar calma, pq eu estava no melhor lugar pro bebe nascer... Mas e o caraio só medo de dar tudo errado mais uma vez?!?!

Finalmente minha internação saiu, mais de 3 horas depois.

Lais estava tocando o terror na sala se espera. Mas eu precisava vê-la antes de tudo. Precisava da força e do amor dela. Tive medo do que poderia acontecer. E eu tinha escolhido aquele hospital por causa dela, pq ali ela era bem vinda e aceita. Antes de eu subir chamei ela, ela me abraçou e nos despedimos.

Marido subiu pro centro cirúrgico comigo, minha mãe foi pro quarto com ela. Me prepararam e eu fiquei sozinha.

Acho que o pânico estava estampado na minha cara. A enfermeira auxiliar segurou minha mão firme, depois a instrumentista me fez carinho ate que a equipe chegasse... O anestesistas me distraiu falando mal de onde eu morava... Brincando comigo... Finalmente a médica chegou e logo depois o Ed. Mas eu ainda estava em pânico.

Foi tudo muito rápido e "simples" como é uma cirurgia de cesariana. Eu já sabia o que esperar, não estava enganada. Estava com medo. Por mim, mas muito mais por ele.

E ele nasceu. Às 21:45 do dia 01 de dezembro, pesando 2,005kg e medindo 43cm. Chegou cabeludo, pequenininho e gritando a pelos pulmões. Lindo!


A pediatra (que foi carinhosa mas não me passou a segurança que as pediatras da Neo me passariam nos dias seguintes) veio e me tranquilizou quanto a situação dele. Nasceu no peso limite da UTI (mais uns 100gr e talvez nem precisasse), mas seus pulmões estavam plenos e formados, era perfeitinho e não aparentava algum problema pela prematuridade.

Levaram ele e Ed foi atrás. A medica continuou e terminou os procedimentos cirúrgicos.

No fim, enquanto me limpavam, quando a parte dela tinha acabado, ela sentou num banquinho e me avisou que tinha mandando os exames laboratoriais de mais cedo no hospital, por msg no celular... Falou um palavrão e disse: cara (é a tipica carioca) vc estava desenvolvendo hellp. Fizemos o parto na hora certa, não sei como vc tbm não foi para a UTI.

Continua...

29 janeiro 2015

Tudo pode mudar em duas semanas

Foi a segunda vez no ano que vivi isso... Duas semanas de felicidade que acabou de uma hora para outra e dessa vez eram duas semanas de tranquilidade que viraram de pânico. 

Eu estava com 32 semanas quando fiz uma ultra com doppler colorido. Ao contrário das outras, que eu vinha fazendo com uma medica incrível, que me deixava super tranquila e explicava tudo, dessa vez eu fiz com um médico indicado pela GO. 

Estava tudo bem. Bebe estava com bom tamanho, todas as medidas certinhas, bom liquido, boa circulação sanguínea... Foi uma ultra boa para ver o que precisava ser visto... Mas eu estava mal acostumada com a outra medica e seu aparelho mega pawer plus 3D... Dessa vez não vimos mais que uma fotinha de perfil do Caio. 

Fomos na consulta com a GO uma semana depois, a ultima que seria mensal, e estava tudo bem. Pressão, peso, alimentação, glicose e os outros exames laboratoriais. Tudo tão direitinho que ela concordou em esperamos a primeira semana de janeiro quando eu completaria 40 semanas. Ela me passou um novo pedido de ultra, sem grandes recomendações... Só para matar minha vontade de ver o bebe (nas palavras dela) e eu poderia fazer se quisesse e quando quisesse. 

Eu tinha uma data marcada para dali a uma semana. Marquei por precaução um  tempo antes, quando não conseguia vaga em lugar nenhum e tinha ultra com doppler para fazer. Como tinha feito aquela a tao pouco tempo, não via necessidade de fazer outra - mesmo com pedido na mão e data marcada com minha medica favorita. 

Só que tudo muda mesmo em duas semanas. 

No inicio da semana em que completei 34 semanas eu passei mal no trabalho. Era uma semana importante no trabalho e me dispus a ir trabalhar do jeito que estivesse. Logo eu entraria de licença e não queria deixar nada para trás. Mas... 

Passei realmente muito mal. Muito. Vomitei muito e tive muita dor de estomago. Era gastrite. Eu já imaginava pq vinha passando muito mal do estomago desde o inicio da gravidez. 

Pedi a semana inteira a GO e ela me mandou ir numa emergência medir a pressão. Medi em casa mesmo. Estava baixa. Continuei o contato com ela por mensagem e repousei. Passei dois dias passando bem mal ainda, no outro só descansei... 

Na sexta eu tinha aquela ultra agendada e pensei muito sobre fazê-la. 

Eu tinha feito muita forca com a barriga para vomitar e tinha tido muito dor. Paralelo a isso um nascimento de uma pessoa próxima não saiu bem como o esperado. Eu já tinha o pedido, tinha o horário agendado e não gastaria nada para ver o rostinho em 3D do pequeno. O que eu tinha a perder??? 

Fomos em comboio. Parece que adivinhando. 

Minha mãe foi junto e antes da ultra, passamos no centro e compramos algumas coisas para a lembrancinha de maternidade e para o quadro da porta. 

Quando chegamos na clinica, vimos a medica conversando com um casal. A moça parecia estar com menos tempo gestacional que eu. Mas estava com uma cara preocupada. Tanto quanto a da medica, que conversava com ela ao mesmo tempo que tentava contactar a GO da moça pelo celular. Mas ela não conseguiu. Deu algumas orientações, mandou fazer uma eletro no domingo e voltar na terça. 

Eu assisti aquela cena assustada. Mas né?! Essas coisas só acontecem com os outros. 

Era nossa vez. 

Entramos animados para ver o pequeno. A medica lembrou de Laís, que não parava quieta e começou as medições. Ele não estava numa boa posição, mas ela seguiu. 

Primeiro rindo e conversando, depois seria e refazendo as medições mais de uma, duas vezes em cada lugar. 

Nessa hora comecei a entrar em panico junto com marido e minha mãe. Laís estava a mil como sempre e só queria ver a foto do irmão. 

A medica 'terminou' e me explicou que estava achando o exame muito estranho. Que quase todas as medida estavam boas. O líquido bom, a circulação sanguínea no cordão tbm, mas o peso e a circulação em outros pontos, não. Pediu para falar com minha médica e (grazadeus) ela atendeu na hora. 

Falaram vários termos técnicos que eu não entendia. Só entendia quando a Dra falava sobre não querer interromper só por causa de um dia ruim. PÂNICO!!! 

Saí da clinica e 5 minutos depois minha medica me ligou. Me explicou que o bebe estava fazendo mais força para levar o sangue a determinados pontos e que isso poderia significar sofrimento fetal. Disse que eu precisaria ficar de repouso para segurarmos ate as 37 semanas, pelos menos. Pediu que eu fosse até o hospital onde ela estaria de plantão na segunda feira e que repetiríamos a ultra duas vezes por semana para garantir que o bebe estivesse bem. Disse que eu já entraria de licença e que deveria ficar quietinha para segurar o bebe por mais duas semanas. 

Eu estava com 34 semanas e 2 dias, estava com nada do enxoval terminado, estava com visita e viagem marcada para o fds seguinte, estava com planos de terminar o enxoval dali duas semanas, na feira do bebê. E pior: o pouco de roupa que tinha até o momento, era grande. Marido mede 1,94cm e Laís nasceu com 3,580. Não esperávamos um bebe pequeno. 

Não esperávamos um bebê prematuro. Continua...

(P.s: se virem algum erro de digitação ou português, relevem, por favor... tenho digitado do celular!!! rsrs)

23 janeiro 2015

Um blog de cara nova e um quarto para duas crianças

Postar me animou... Me animou com o blog, me animou a escrever, me animou a registrar... E tenho muito o que registrar. A vida esta diferente, as cores da vida estão diferentes... E um mundo de cores me invadiu. 

Mudar o nome do blog foi fácil e criativo (sanada!!)... Não tinha outro nome para colocar se não: Meus pequenos e eu... 

Continuo chamando as crianças, todas, de pequenos. Meu pequeno chegou tao pequeno, que o chamamos de picutinho. Não tenho ideia de mudar o foco do blog, ainda vou falar sobre eles.... Sobre a evolução do bebe e sobre a nova fase da 'criança grande'... Foi automático e adorei assim. 

A cara (o layout) tive grande ajuda de Manu... E o conceito tbm foi fácil: o quarto das crianças... Nessas cores está decorado o quarto dos pequenos e assim terminou a saga da dificuldade do quarto. 

Voltando lá atrás... 

Naquele dia que estava surtando com a dificuldade para decorar o quarto... Eu realmente quase surtei... Passei o dia a noite e o dia seguinte só pensado e pesquisando idéias para o quarto. 

Não lembro bem como foi... Mas de uma das idéias para decorar a parede que estava branca (tinha duas rosas e a outra ficaria o armário) eu cheguei ao link de uma reportagem da editora abril, que dava dicas e o passo a passo de uma decoração para um casal de irmãos... Rá!!! Era para mim. 

Lá, era um menininhO que ia dividir o quarto com A bebê que estava chegando. O tamanho do quarto era quase compatível e a ideia ótima... Só tive que adaptar a minh situação inversa e a meu espaço mais compacto (ô, dó)... 

Achei um papel de parede adesivo listrado, lindo... E meu irmão aplicou numa das paredes que antes era rosa. Lá ficou o berço. 

Do outro lado tinha uma parede rosa que ficou bem sem graça depois do papel de parede. Sem medo de ter informação demais - mentira, me cagando de medo - fiz aplicações de círculos de tamanhos variados de tecido adesivo em 4 estampas. Nessa parede, que era a da janela, ficou a cama. A bicama na verdade. 

A comoda ficou entre os dois. O que não é o ideal, pq não conseguimos usar a auxiliar... Mas entre a pouca necessidade de uma cama auxiliar nesse momento e a grande necessidade da comoda ao lado do berço. Não tive dúvida. 

No caminho ainda escolhi prateleiras lindas para colocar na parede branca, que iriam me ajudar com as coisas do pequeno e decorar... Mas essas ainda estão na ideia, dado o adiantado do nascimento... Hehehehe 

Escolhi tbm o kit berço mais lindo do mundo e feito exclusivamente (sem preço de "exclusivamente")... Olhando na internet e na feira do bebe, só via aqueles kits lindos, claros, nudes, com temas de ursinho ou príncipe... E odiava cada um deles. Procurando aqui e ali achei duas irmãs mega talentosas e carinhosas, com um estilo como eu queria: com menos volume e mais cor. 


Fui no escuro, sem indicação. Mas desde o inicio uma relação de confiança mutua me deixou muito tranquila que eu não ia me arrepender. E não arrependimento. Um kit lindo e de super qualidade e a cara de Laís, do jeito que eu queria. 

Explico. 

O quarto parece estar "setorizado" entre menino e menina, mas tem a cara de Laís nas coisas de Caio e a cara de Caio nas coisas de Laís. tanto que que pedi pecas a mais que combinassem para eu colocar na cama dela. E esse kit é. eu xodó no quarto. 

A decoração é muito importante pra mim. Sei que é o de menos para a maioria e que o que é vendido meio como padrão para os quartos agrada a maioria. Mas eu gosto do trabalho de escolher e dar a minha cara, meu jeito em cada detalhe... E mesmo com algumas coisas ainda por fazer, amo cada pedacinho e cada detalhe do quarto. Eles foram pensados em um momento que eu precisava ocupar a cabeçá e o tempo e precisava de cor. 

Sem ganhar um centavo por isso, indico de olhos fechados as Irmas Sampaio que fizeram o kit. Indico a loja do papel de parede. (E não indico a Maria Presenteira onde comprei o tecido adesivo, pq passei mais de dois meses me estressando). 

Cara nova. Quarto novo. E se seus quiser vida caminhando para se tornar nova tbm!!!

21 janeiro 2015

Sobre 2014 e o que eu quero para 2015...

Sei que ta meio tarde para um resumo do ano e para resoluções de ano novo. Mas com tudo adiantou na minha vida, to me dando o direito de estar atrasada em algumas coisas.

O ano de 2014 foi daqueles do caraio... Talvez daqui a alguns anos, quando só o que for bom importar, eu me lembre só das coisas boas (?)... Mas com ele fresquinho na cabeça... Afff que ano!!!

Nem tudo foi ruim, claro... Acho que o problema foi que o que foi ruim, foi tipo ruim pra cacete... E o que foi bom, ajudou a passar por tudo.

- nesse ano senti uma perda e uma dor que não imaginava o tamanho.

- ao mesmo tempo vi que não estou sozinha (mesmo com quilômetros de distancia) e tive ombro e colo no máximo que precisei.

- conheci uma pessoa que conheço a 4 anos... E foi incrível!!! Foi como imaginamos... Ela é realmente muito tímida e a filha dela é realmente uma pimenta linda!!! Pena que foi no meio de um turbilhão e eu não registrei aqui, mas... Encontrar com vc e sua família foi um presente de 2014.

- deixei a casa o mais próximo do nosso sonho da casa "arrumadinha" (sou pobre, deixa?!?!)... E consegui mudar e ajeitar e dar mais a nossa cara pro nosso canto, que já é nosso a 9 longos anos!!!

- esse ano descobri que o sistema, aqueles que as ativistas de parto lutam tanto contra, é tao ruim ou pior do que eu imaginava. Encontrei péssimos representantes da classe e dei voltas igual a um peru tonto (nunca vi um peru tonto, mas esta valendo) para conseguir o básico de ser bem atendida...

- descobri tbm que o que meu pensamento formado sobre o sistema e a "luta" contra ele, não estava errado... Eu sou uma formiguinha, só que uma formiguinha dura que não pode pagar para fazer diferente. Não ainda, não enquanto for só um capitalismo diferente e não enquanto tiver que ser na marra.

- descobri tbm que os grupos, aqueles que tanto me ajudaram em 2013, nada poderiam fazer por mim a não ser me irritar em 2014.

- irritada foi a palavra... Passei o ano irritada, tive ataque de fúria no trabalho e quase me enfiei num buraco para as pessoas não se afastarem de mim, tamanha minha irritação com tudo.

- sobre as pessoas... Não tive muitas pessoas próximo, mas tive as melhores, sabe?!

- descobri que São Paulo é tao perto que ta do lado do coração... E fiz quase uma extensão de casa de tanto que fui (fomos, família e eu) acolhidos por lá. Nunca vou agradecer o suficiente.

- descobri que uma amizade feita no trabalho, grazadeus nada tem a ver com o trabalho... E que posso confiar minha vida a essa amizade - não descobri isso esse ano, mas ajudou muito que eu não surtasse.

- minhas amigas queridas de 10 anos de amizade, continuam sendo minhas amigas queridas, mesmo com a vida tão diferente em 10 anos de amizade.

- passei mal... Muito, muito mal... Praticamente o ano todo. No fim eu dizia igual ao AA: estou a tantos dias sem passar mal.

- Caio nasceu em 2014, ao contrário do que eu previa e queria. E foi o que, definitivamente, salvou o ano.

- ao contrário do que foi com Laís, pq eu me apaixonei no convívio depois de passado o susto da responsabilidade de cuidar... Por Caio eu me apaixonei na primeira visita a UTI neo. Era um ser muito indefeso e pequeno e "necessitando" de mim...

- Laís me surpreendeu positivamente. Assumindo o papel de mocinha irma mais velha. Foi compreensiva quando eu não podia pegar ela no colo, quando eu precisava de mais cuidados que ela, quando as atenções deixaram de ser só para ela... Foi mais compreensiva do que eu esperava para uma menina de 4 aninhos que acabou de deixar se ser bebe.

- tive certeza de algo que sempre acreditei: tudo acontece pq tem acontecer, do jeito que tem que acontecer. Nada é por acaso... E isso não é clichê barato.

Pode ter tido mais alguma coisa, com certeza... Ou varias... Mas essas que eu me lembro agora. Rsrsrs 

Dessa vez ainda não espero tanto para 2015...

- que os planos, aqueles que dão tanto medo, se realizam sem grandes sequelas.

- aprender a dirigir (não desisto de querer)

- que eu consiga ser mais leve e mais feliz

- que meus filhos sejam felizes e se desenvolvam, cada um na sua necessidade.

- que meu marido me ature por mais um ano... E que a gente chegue ao 50 anos juntos, um ano de cada vez.

- que eu cumpra tudo que prometer e que me propuser...

Não é um ano de: óhhhh esse ano vai ser divisor de águas na minha vida... Não. Mas preciso que seja uma ano em que eu tire a bunda da cadeira/cama/sofá... E não fique só vendo a vida passar.

É isso... Dedos cruzados!!!

18 janeiro 2015

Meus pequenos e eu...

Três meses e meio sem postar...quase uma vida no mundo virtual. Eu que estou a quase 5 anos nesse mundo, sei que muitos blogs surgem e somem em três meses e meio.. muitos aparecem e viram blog-celebridades instantâneas em três meses meio.

Em três meses e meio minha vida mudou. Minha família cresceu, minha rotina mudou, eu voltei a amamentar... mas nunca deixei de pensar nesse canto, que me acompanhou durante tanto tempo.

E agora que a vida mudou, o blog tem que mudar junto. Uma coisa é certa, mesmo que por vezes abandonado, nunca vou deixar de vez esse canto. Ele vai se transformando, conforme a vida se transforma.

Pois bem!!! Feliz 2015 meu povo e minha pova!!!!

Ixi que tem tanta coisa para falar.. e vou falar.. mesmo que passado algum tempo e tudo mais que resolvido (só se resolvem problemas quando nos aparecem problemas novos!!!)....

Massssssss.... Começando pelo mais importante no momento.... 

Caio nasceu!!! Nasceu lindo, nasceu a cara da irmã, nasceu prematuro... 34,5 semanas de gestação, 7 dias na UTI neo... muita coisa pra contar...

Alem disso... considerações de 2014 e resoluções para 2015, como ficou a saga do quarto, do GO, do parto, de Laís com seus lindos 5 anos... de como tá a vida... (a vida vai bem obrigado, considerando que estou no meio do mundo do puerpério..!!!)

Hoje numa noite insone, que nada teve a ver com as mamadas noturnas e do qual eu vou me arrepender amargamente amanha quando eu quiser dormir mas uma quiser mamar e o outro brincar... fiquei pensando na vida... em tudo que tinha que fazer, organizar, começar e recomeçar... e resolvi recomeçar por aqui!!!... 

Antes de postar de verdade e não um monte de frase soltas... vim aqui dizer que não sumi nem desisti do blog, dizer que no facebook ta cheio de fotos lindas do pequeno e que preciso começar por algum lugar... 

Como eu amo listas.. vou ali em cima atualizar e findar meu projeto de 101 coisas em 1001 dias pq a vida mudou tão radicalmente, que o antigo já não fazia mais sentido. O antigo vai ficar lá.. atualizado com tudo que consegui e vou criar outro... 

Começando em 3, 2, 1....
Eles dois num momento de amor extremo!!!