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10 abril 2015

Impossível não comparar

Estava eu aqui, sem nada para fazer a não ser dormir, ou investir no meu plano infalivel, ou dormir, ou (pelo menos) arrumar a casa... enquanto todos dormem, fui fazer uma montagem com duas fotos do book de gestação da Laís e do Caio... Tive que me segurar, se não passava a noite fazendo montagens... 

É impossível não comparar um momento com o outro. Tanto a gestação, quanto o puerpério... tudo foi e esta sendo muito diferente. 

Claro que não tenho mais 25 anos... o corpo muda, a cabeça muda, o tempo muda... a vida é outra... mas chega a ser engraçado... 

Bem lá no inicio da gravidez, em um dos meus poucos relatos aqui no blog, eu citei algumas coisas que eu já estava sentindo diferente... mas sabia eu que era só a ponta do iceberg!!!

Daí vamos as diferenças:

Cuidados com o corpo

Na gravidez de Laís eu passei cremes, óleos, hidratantes, cuspe... Tudo que pudesse me ajudar as famigeradas estrias, eu passei... exceto nas duas ultimas semanas da gravidez, onde o cansaço e o calor não davam trégua. Resultado: elas apareceram sem dó!!!
Na gravidez de Caio e troquei de óleo pelo menos umas 5 vezes sem exagero... e garanto, com dor na consciência, que deixei de passar por muitos e muitos dias... cada dia com uma desculpa diferente. Quando finalmente me adaptei com um óleo... adiantou a porra toda.

Na gravidez de Laís engordei 15kg e emagreci um na ultima semana antes dela nascer.
Na gravidez de Caio engordei 9,5kg. Considerando que pari um mês antes... e vomitava bastante, não acho que ia engordar muito mais isso.

Na gravidez de Laís não bebi refrigerante, não tomei nem golinho da minha cervejinha de lei... mas era uma draga sem fim. Comia tudo que via pela frente.
Na gravidez de Caio liberei o refri e agradecia por cada golinho das cervejas sem álcool (mesmo elas com moderação e conhecimento da GO, viu?!)... mas TINHA que alimentar bem, comer pouco e regrado e com poucas besteiras... se não ia tudo literalmente ralo a baixo.

No pós de Laís usei cinta por 5 meses e meio (tempo da licença) e se não tivesse ficado com vergonha de ir trabalhar de cinta, teria continuado. Aquilo me dava uma segurança sem igual, mesmo eu tendo emagrecido tudo que engordei e mais um pouco tbm. (a conta 15kg - 20kg ficou um bom tempo sem bater!!! Cheguei aos 47kg)
No pós de Caio usei cinta por 20 dias. Sentia tanta dor cada vez que tirava e colocava. Sentia tanto calor. Perdia tanto tempo. Deixei um dia, depois outro e mais outro... Acabei acostumando. (grazadeus não tive tempo de comprar uma nova, se não ia dinheiro pelo ralo!!!)

Puerpério e amamentação

Não tive grandes dramas quando Laís nasceu. Não senti dor nenhuma e com uma semana me controlavam, se não eu dava cambalhotas. Estava sempre de boa, descansada, com tempo. Tive ajuda por um mês da minha mãe e ajudante duas vezes por semana durante toda licença. Não me preocupava com a parte pratica da casa nem de nada. 
Tive todo drama possível quando Caio nasceu. Talvez por cota do histórico, talvez por conta do pós operatório dolorido, da prematuridade de Caio. As únicas cambalhotas que eu poderia dar eram de dor. por conta do período corrido do ano, minha mãe ficou por aqui uns 15 dias, marido surtou e trabalhou como se não houvesse amanha, minha ajudante sumiu, Laís era Laís ao quadrado e estava de férias (mas nem posso falar da bichinha pq ela me surpreendeu absurdamente positivamente nesse período), fiquei mal, fiquei triste, me senti sozinha... baby blues total. (Passou, viu?!)

Sofri para amamentar Laís. Muito!!! Teve bico de silicone, concha disso, concha daquilo, casca de banana no bico, sol com as peitcholas de fora, litros e litros d'água tomados por dia, spray de ocitocina. Tudo e qualquer coisa. Se me falassem que era bom, que ajudava, que aliviava a dor e estimulava a produção... eu fazia. Nossa relação só foi se firmar com uns 4 meses, eu acho. 
Só sofri pela vontade e receio de não conseguir por conta da prematuridade. Nos 3 primeiros dias na UTI não tinha nada... tinha um colostrinho lá longe. Depois veio com tudo. Ainda não conseguia ordenhar, mas desceu bonito. O bico que comprei nunca foi usado. A conha que ganhei tbm não. O peito só rachou uma vez, lá na UTI e melhorou antes de ele vir pra casa. Nada de mastite, nada sol, casca de banana, nada... Mas... Fiquei relaxada. Me forço a beber 1 misero litro d'agua por dia e isso não é bom e não recomendo, viu?! To tentando melhorar!!!

No geral

Uma coisa é certa no primeiro filhos temos direto a tudo... No segundo as pessoas até se esquecem que vc está gravida!!!

Fui muito mimada durante a gravidez de Laís. Ganhei muiiiitos presentes para ela e para mim. O enxoval estava pronto, lavado e passado. Varias doações da prima mais velha ajudavam.
Não tive tempo para os mimos na gravidez de Caio. Primeiro nos resguardamos, depois eu estava quase sempre passando mal e não era mais uma novidade (eu acho). Não ganhei quase nada em comparação a Laís e as doações vieram todas depois que tudo precisou ser apressado (tadinha da minha amiga Si, que ficou lá em SP desesperada separando o que já podia trazer e quando chegou veio com 4 (ou mais) bolsas de coisas do Filipinho para o Caio!!!)

Laís e Caio tiveram poucas e boas visitas. Nisso não foi diferente. 
A familia de perto conheceu Caís numa festa quando ela tinha 11 dias. Não fomos a essa mesma festa essa ano pq era formatura da minha irmã, então ainda não conheceram Caio. 
A familia de longe conheceu Laís com 1 mês quando a levamos pro interior para meus avós conhecerem. Tbm fomos pro interior quando Caio fez um mês, a diferença é que meus avós faleceram num espaço de 2 anos.
A familia do marido conheceu  Laís pelo Orkut e Caio pelo Facebook. (Rá)

Os amigos, vieram os mais próximos das duas vezes... ou os que se importavam mais. A maioria conheceu nas visitas ao trabalho ou quando nos esbarrávamos em algum lugar!!!

#pausa Nisso eu tenho que descordar da maioria dos sites de bebês e gestantes. Gente boa e amiga... se vc tem uma amiga gravida ou recém parida, não deixa passar 3,6 meses para visitar... ou esbarrar pela rua... Gravidas e recém paridas são seres sensíveis... sabe o 8 ou 80??? Então, não vá fazer algazarra na casa da pessoa... mas não larga #acoitada sozinha na nova rotina alucinante!!! #despausa #ficadica

Acho que é só (que me lombro, pq a memória ficou ruim das duas vezes!!!)... mas vou deixar mais fotinhas comparando as duas gestações!!!


 


Bjnhos!!!

08 abril 2015

Sobre velhos anseios e sobre novos rumos

Eu não mudo... rsrsrs Continuo sendo aquela que promete que vai movimentar isso aqui, que vai postar regularmente  e contar todas as novidades (que mais que nunca estão acontecendo todos os dias)... e sumo por mais um mês!!!!

Procrastinação é meu nome do meio, oh god!!!

Mas ó!!! Tudo pode mudar... tudo TEM que mudar!!!

Por falar em mudança, antes de falar nas crias, vou falar de mim já que ainda estou no titulo deste humilde blog...

Lembro de um comentário que tive aqui no blog que mexeu muito comigo, sobre como o dilema Trabalho X Família continuava sendo um tema recorrente no blog e na minha vida. A querida Flavia, do Criando ComCiencia, não teve má intenção, nem eu interpretei assim, foi mais um puxão daqueles que me fazia pensar... E como pensei nesses últimos 5 anos!!! (se pensar fizesse cair cabelo... rá!! eu tava careca!!!!

Daí que meu dilema seguiu e segue... olhando para aquele post  lá em 2013, vi que muitas decisões foram tomadas logo depois daquela data... decisões que eram bem mais fáceis quando eram ainda ideias na cabeça.

O desejo de engravidar virou decisão, a decisão virou tentativa, a tentativa virou frustração, a frustração virou susto, o susto virou enjoo (muito enjoo)... e o enjoo esta lindo cheio de gordurinhas para apertar... mas e agora, José?! Aquela decisão que foi tomada, que era tão fácil, afinal estava longe... o que vai ser disso???

Sei que apesar da procrastinação, estou me mexendo... Me mexendo para algum lugar que é diferente daquele que eu estava habituada, e quando é diferente a gente tem medo. No momento estou me borrando de medo. 

Participei de um congresso online a 1 mês atras que me ajudou muito a tirar a bunda magra do sofá e começar a agir. Mesmo que eu não saiba onde vai dar no final, começar a agir é incrível. Me senti mais produtiva nas ultimas semanas do que talvez durante o ano passado inteiro (considerando nesse ultimo mês, o agravante de duas crianças, uma em livre demanda + um resfriado que me tirou do eixo + casa sem ajudante + marido entrando de férias)... e isso não tem preço. 

Sentei na frente do PC e estudei, conheci outras pessoas, outras formas de viver e de se organizar, criei listas e mais listas, criei ideia, elaborei um plano real (não aquele de mentira da época da faculdade), criei arte...

Mas ainda é pouco.

Ainda preciso mais e vou tentar mais. 

Falta pouco (muito pouco) mais de um mês pro final do período de afastamento do trabalho. Falta pouco, muito pouco pros meus maiores medos estarem frente a frente, me desafiando e espero ter a firmeza necessária para encarar.

bju!