Esse até poderia ser o titulo de um post para falar da minha
relação com o blog ultimamente... pq ta abandonadinho, o bichinho... as
vizinhas, então... aff!!! Mas vamos que não dá para parar e o assunto aqui é
velho conhecido: A creche-escola!!
Então... já falei aqui sobre os inúmeros problemas e
questionamentos que tive com a escola de Laís. Na verdade, seguindo minha linha
reclamona, acho que nunca falei de algum ponto realmente positivo que a escola
trazia para a nossa vida.
Falei quando Laís entrou, sobre minhas duvidas e depois
sobre toda a confusão que aconteceu com a venda da escola e depois “retomada”
dos antigos donos e o problema que isso tudo causou (aqui).
Daí tbm falei sobre como as coisas andavam (aqui e aqui) e que o ritmo não
estava muito melhor (aqui) do que no ano passado. Minha insatisfação perdurou.
Mas tinham pontos positivos? Sim. Laís se machucou pouquíssimas
vezes, nunquinha reclamou de ter sido mal tratada ou deixada de lado, teve duas
professoras muito dedicada (ano passado e esse ano – mas as duas sem ser
durante todo ano letivo) e evoluiu muito no quesito convivência,
desenvolvimento e conhecimentos básicos a idade dela – que talvez era o mínimo que
eu podia esperar da escola.
Mas...
Cansei!!! A partir de hoje Laís passou a ficar com minha
mãe...
E vamos aos motivos que é para eu não esquecer (se é que
esqueceria) e para alguém que se enxergar nessa situação pular fora tbm!
- Alta, altíssima, rotatividade de funcionários. E o pior é
que para a dona da escola todos eram o fim da picada... Mas tinham sidos
contratados por ela, o que demonstra, no mínimo incapacidade de avaliação de
profissionais. Além de terem como reclamação quase como um coro sobre salários e
pagamentos.
- Aulas de balé que serviram para mascarar um aumento na
mensalidade, já que as crianças tinham uma ou nenhuma aula por mês. E isso
ficou demonstrado no tempo que demorou até que tivesse a primeira apresentação
dessas aulas (elas eram durante o período da creche, então não sabíamos como
era o andamento das aulas) e no tanto de vezes que Laís voltava com a roupa na
mochila sem ter sido usada.
- Reuniões de turma que não era com as professoras ou
cuidadora e sim com a dona da creche, que usava nosso tempo para falar de nomes
nos objetos e sobre a mãe que reclamou disso ou daquilo, ao invés de nos dizer
sobre o desenvolvimento e a rotina das crianças.
- Retorno. NUNCA TIVE!! (minto... para não dizer que nunca
tive, no peirodo em que a creche estava sendo administrada pela irmã da dona
ela me chamou para conversar sobre uma mudança no comportamento de Laís e o que
estava sendo feito para que isso fosse contornado!!! Fiquei mega feliz.. e logo
depois triste de novo... pq não tive retorno disso tbm, já que ela saiu da
creche)
O que eu sabia do dia-a-dia de Laís era através dela mesma.
Ou das perguntas que eu fazia a professora dela ou as meninas da creche. Mas
era tudo sempre muito vago. A professora só estava lá pela manha e acaba quase
nunca encontrando ela. As meninas da creche não tinham preparo para esse
retorno que deve ser dado. Elas estavam lá para cuidar das crianças e ponto..
tipo ponto mesmo, não adianta pedir que pensem e dêem retorno aos pais..
Os donos da creche só diziam: - ‘Tudo bem!’, ‘Ela está bem!’,
‘O dia foi otimo’....
Quando fui questionar sobre a reunião com a professora, onde
ela poderia me falar sobre os dia-a-dia de Laís e seu desenvolvimento, a
resposta que tive foi: “-Acho antiético a
professora falar das crianças na reunião e vc em uns minutinhos no final da
reunião para perguntar o que quiser...
Carai... nesse dia eu me coçava (de verdade) para não voa no
pescoço daquela uma...Aff!!!
Daí que cansei, né?!
Mas antes, consegui o tel da professora. Que moça bacana.. e
que dó pensar em tudo que ela podia passar para Laís até o final do ano mas não
conseguiria.
Nessa ligação descobri que ela estava acumulando 3 fases da
educação infantil quase ao mesmo tempo. Que ela não podia ficar com a agenda
para registrar o dia de Laís, afinal, em palavras dela, “ela quem sabia como
era o desenvolvimento e o dia de Laís”... mas não podia pq isso tinha que ficar
nas mãos da dona da escola, que tem letra bonita e não escreve mais que o cardápio
diário.
Descobri com muita felicidade que Laís era das melhores
alunas (ela disse a melhor, mas acho que foi para me ganhar! rs) que ela
respondia muito bem a todos os estímulos, que ela reconhecia tudo que já tinha
passado até aquele momento, que era a única de seu tamanho que ia até o quadro
fazer as atividade da fase a frente da sua...
Mas descobri tbm que ela estava de saco cheio da rotina da
creche e do tempo que passava fora de casa. Que ela sempre reclamava disso e
que seu rendimento nas ultimas semanas tinha diminuído, pq ela estava com
preguiça.
Então... Não esperava
que ensinassem Laís a ler e escrever, pq não precisa disso. As coisas acontecem
no tempo certo. Mas acho que a coisa tem que ser feita da forma correta. Acho
que passo muito tempo longe dela, então precisava saber do seu dia: como é para
comer, como é para dividir o lanche, como é para assimilar o que lhe é dito,
como é no trato com as outras pessoas??? Como é a aceitação do novo que lhe é
apresentado, como é a aceitação do estimulo, para mais, para menos???
Acho que o maior erro deles foi tentar vender um peixe que
eles não eram capazes de servir. Eles cumpriam bem (do mínimo que se pode
esperar) a função de passar o dia com Laís. Mas esse dia era um completo escuro
para mim... e tudo que não quero é viver no escuro em relação ao dia da minha
filha.
O problema é que tenho que ser realista. Eu ainda trabalho 9
horas por dia e ainda passo o dia fora de casa e ainda preciso que Laís seja
cuidada nesse período.
Daí que num dia desses de consulta médica, aproveitei que
não trabalhei e fui conhecer uma escola que fica bem perto da minha casa. É
reconhecida a muito tempo em toda a região, tem uma boa e grande estrutura,
parece que tem um diálogo com os pais bem bacana, vai até o ultimo ano do
fundamental... Meio que o que eu preciso e quero que seja.
Só que é só meio período. O que é o normal entre todas as
escolas, né?! Mas devia ser normal tbm as pessoas (mulheres ou homens)
trabalharem em meio período para acompanhar o desenvolvimento dos filhos... mas
isso, isso já é outra historia!!!
Nesse momento Laís está de férias... e, ao contrário do que
achamos a princípio, ela esta muito feliz e empolgada com a idéia de ficar na
casa da vovó, de férias, esperando crescer mais um pouquinho para ir para
escola grande!!!
Vou montar um “plano de ação” para fazer esses dias não
pesarem tanto nem para ela na frente da TV, nem para minha mãe que não deixou
de ter suas responsabilidades.
Agora é cruzar os dedos e esperar que dê tudo certo!!!!