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28 junho 2013

Caricatura, do blog, das blogueiras...

Gente bonita... depois de mais de dois meses do fatídico sorteio em comemoração ao 3º ano, finalmente ela foi enviada para a queridíssima Nine (que teve a maior paciência e entendeu que artistas, universitárias podem demorar um pouco mais no prazo.. rsrsrs)... 

Sou suspeita para falar, mas ficou lindaaaa... Com a familia linda dela, é dificil que ficasse feio... mas sem rasgação de seda, ficou lindo mesmo.. (eu achei!) Alegre, colorida e fofa toda vida... Pedi a devida autorização e vim compartilhar aqui com vcs.
Fala se não ficou muito legal???

*Nine, mais uma vez, obrigado pelo carinho e pela troca continua aqui no blogger!!!

Aproveitando a papo, posso papear??/ Minhas amigas dizem que faço testamentos... mas amo. Termino de escrever com a sensação daquele papo gostoso que se tem com os amigos de tanto tempo.. sabe como é?! Amo... 

Daí namoro esse blog, o blogger e os blogs amigos, dia sim, dia tbm... mas nessa nuvem cinza que tem se instaurado em mim nos ultimos dias (meses, eu sei!) tenho andado assim, meio, relapsa!!!

Daí, acabo perdendo muitas atualizações e tbm não conhecendo alguns cantos bacanas que estão por aí pela rede... então vou começar a mudar algumas coisas por aqui... e preciso da ajudinha.

Tipo.. se vc vem por aqui, é de um blog que não ela ali do lado no blogsroll, deixa um comentário com seu endereço que eu vou lá conhecer.. viu?! Ou se tem algum canto legal para me indicar... eu vou adorar!!! Com o passar do tempo, afinal são mais de 3 anos de blog, vi que muitos blogs que eu seguia foram perdendo a força e deixando de postar. A vida muda, o foco muda, o tempo nem sempre é nosso melhor amigo.. Daí quase metade dos meus blogs amigos, estão inativos... e não quero que isso aconteça por aqui.. rá!!!

Vou tentar fazer algumas leves mudanças no layout, quero muito começar a responder nos comentários, pq essa troca é importantíssima... e tentar movimentar mais isso aqui!!! 

Esse canto é minha válvula de escape então tenho que tratar bem dele e de quem passa por aqui!!! Espero que muito em breve eu pare de "reclamar" da minha esterna culpa, viu Flavia, e que esse canto tenha um papel fundamental no acesso a outras pessoas e divulgação de um trabalho paralelo (dedos cruzados)...

Tbm quero muito parar de prometer e voltar a incrementar a minha lojinha com Manu e fazer aquele sorteio que eu tinha comentado outro dia.. em fim... quero por a cabeça para trabalhar e esse canto, e as pessoas que conquistei com ele, são peças fundamentais para que eu não surte!! rá!!!

Por falar nessas pessoas... 

Lá no meu projeto 101 coisas em 1001 dias (que eu to pensando seriamente em agrupar com o Minha pequena e eu) eu coloquei como uma das metas, conhecer 5 blogueiras... desvirtualizar 5 amizades nesse período de quase 3 anos.. e posso falar com toda certeza desse mundo: Se eu ganhasse na mega sena, ou jogasse pelo menos, com certeza esse numero aí ia ser triplicado fácil. Fora a vantagem de conhecer varias parte do Brasel Varonil, quiça esse mundão de meodeus.

Todos os dias fico feliz, muito feliz, quando recebo aquele e'mail de bom dia, que no final do dia se tornam 100 e'mail trocados... ou quando recebo aquele e'mail tipo carta, que agente detalha ainda mais o papo que as vezes fica restrito no blog... AMO, tipo muito, muita coisa!!!

Acho muito legal ver as pessoas que seriam tão diferentes de mim compartilhando tanta coisa comigo... sendo tão igual, com minhas necessidades que eu achava que eram só minhas, mas e compartilhada por muitas outras.

Legal é achar e'mails não respondidos, de quase 2 anos atras.. e ver que eu não desisti da amizade. Legal tomar aquele esporro pq demorou a responder o email - normalmente quem dá sou eu, pq morro quando não tenho resposta - e seguir o e'mail salvando aquele fim de dia que estava terrível, dando boas risadas... Ou então receber aquela ligação... de um ddd diferente... ou ligar e ver aquele sotaque carregado, linnnnndo!!!

Não tem preço que pague!!! Agradeço muito por aquele dia que criei aquele layout rosa pink com um textinho mixuruca e comecei o blog... 

Como marido falou, acho que esse blog dura até Laís entrar na universidade... Se ainda tiver alguém por aí!

Bora continuar blogando???

26 junho 2013

Quero ganhar menos

Eu não ganho uma fortuna, nem um alto salário. Também não ganho nem perto dos melhores salários do lugar que trabalho, está longe disso. Mas tenho um salário que é maior que o mínimo e paga o plano de saúde, creche-escola e empréstimos.

Mas não to feliz. Não é o dinheiro que me realiza. Não são os cálculos, que tanto gosto, que me realizam. Não é a selva do mundo “corporativo” que me realiza.

Mas sou realista. Vivemos num mundo capitalista e faço parte dele. Alimento as necessidades capitalistas da minha família. Queremos sempre o melhor, aquilo que está um passo ali na frente, que ainda não temos.

Tbm sou realista que nossas necessidades “básicas” precisam ser atendidas. Que os preços no mercado estão pela hora da morte. Que é preciso aproveitar a vida, antes que ela passe. Que agente precisa de plano de saúde pq não da para confiar no SUS. Que precisamos de dentista, oftalmo e que a velhice chega.

Tenho sonhos. Sonhos que começaram lá atrás, quando começava a se formar na minha cabeça a idéia de ter uma família. Outro filho, uma casa com espaço, poder viajar e dar o melhor que puder para essa família.

Mas o que é o melhor?

Depois que virei mãe, as coisas mudaram um pouquinho na minha cabeça. Não consigo colocar um trabalho em prioridade se minha filha estiver doente. Como vou querer garantir o dindin no fim do mês, se o que é mais importante para mim, faltar? Aqui, e em qualquer outro lugar, sou facilmente substituível. Na minha família não.

Com a chegada de Laís, com a nossa convivência, a vontade de não ter só um filho só aumentou. Tanto amor assim tem que ser compartilhado (apesar de ter certeza que com outro filho o amor só vai aumentar), então a necessidade de ter outro filho cresce em mim.

Outro filho necessita de licença maternidade (remunerada), precisa de outro plano de saúde, precisa de outro “enxoval” – muito mais contido, dessa vez – precisa de creche...

Ops!!

Outro filho, outro amo, outro bem maior... e uma culpa ainda maior por deixar pela manha e só buscar a tarde. Por não acompanhar as conquistas do dia-a-dia. Outra nova dependência de outra pessoas para cuidar, carinhar, alimentar... Outra culpa ao ouvir – pq certamente vou continuar ouvindo – que queria estar todos os dias comigo, com a mãe.

Até onde eu preciso desse dinheiro para conseguir minha família? Até onde eu quero isso para mim???

O fato é que estou num momento de muita reflexão. Como disse a algum tempo atrás, estamos passando por mudanças no trabalho e isso contribui ainda mais para o sentimento de incerteza e insegurança. Contribui para meus questionamentos, para o meu descontentamento.

Fato é que esse momento de reflexão PRECISA ser só o começo na minha vida. Preciso de apoio de quem está ao me lado, isto é certo. Mas preciso ainda mais de mim mesma. De discernimento, força de vontade e todas essas outras expressões bonitas de auto-ajuda.

Já tenho uma ideia de por onde começar, já tenho o estimulo que preciso para começar, ainda preciso do apoio que não tenho para começar... Mas vou começar a estruturar um plano para mudar minha vida. Tenho um prazo, tenho uma meta. Pode ser que lá na frente eu dê com os burros n’água e tenha que voltar atrás. Mas se não fizer isso agora, eu posso me arrepender depois.

Sobre a idéia de ter outro filho... ela permanece.  Acho que tenho algumas incertezas nesse meio de caminho. Minha relação empregatícia e a mudança que esta acontecendo nesses meses podem ajudar a definir para mais ou para menos o tempo da chegada de outro filho e a relação que isso terá com meu “plano infalível”.

Copiando o que uma amiga disse: “Queria dormir e acordar só quando essa tempestade passasse!”. Mas agora preciso estar mais acordada que nunca.


Bora trabalhar??? Para ganhar menos... rsrsrsrs

21 junho 2013

#ProtestoMaterno BC - O que vi e o que sinto!!!


Com muito, mas muito mais orgulho do que teria ontem, começo essa Blogagem Coletiva!!! Ontem estive presente na maior passeata da historia do Brasil... e não falo especificamente a daqui do Rio, não. Falo que foi a maior passeata considerando a massa que foi para a rua em muitas capitais e cidades do Brasil. Um numero que a imprensa diz ter sido 1,25 milhão de pessoas, mas pelos comentários pode ter sido o dobro disso.

O que vi, mesmo chegando com 1 hora e meia de atraso, foi um espetáculo de democracia e manifestação popular, uma manifestação de insatisfação com a situação do nosso país, manifestação democrática onde cabiam todos os tipos de pessoas. Não vi a multidão levantar UMA bandeira que beneficia uma parte, vi uma multidão levantando a bandeira da população.

Vi inúmeros protestos pacíficos e bem humorados, vários cartazes espirituosos, vários grupos de jovens gritando pela sua liberdade. Gente idosa abraçando "a causa", gente engomadinha gritando sozinha para levantar a multidão... Vi advogados, médicos, professores, estudantes (esse em maior numero), engravatados e sem gravatas.

Vi gente gritando, cantando, entoando o Hino nacional - e isso foi de arrepiar. Vimos as pessoas que estavam nos prédios no entorno acenando bandeiras brancas, jogando papel picado e piscando as luzes em forma de apoio a manifestação. Vi gente que não aceitava violência ou depredação ao NOSSO patrimônio, que não aceitava que marginais se aproveitassem da situação e roubassem que estava por ali para registras, à sua forma, o espetáculo de democracia que estava presenciando.

Gente que controlava para não haver panico nem tumultos e que gritava a plenos pulmões SEM VIOLÊNCIA para aquela manifestação. Que solidarizava e dizia para onde ir ou não ir. Gente que, como eu, estava lá na Presidente Vargas para se fazer ouvir, para fazer parte da historia e para lutar por um país melhor pros nossos filhos.

O que eu não vi, mas pude sentir e acompanhar pelas redes sociais, já que a imprensa passa para população uma 'verdade' completamente deturpada da coisa, que a manifestação popular não é nem de longe bem vista pelas autoridades e governantes.

O que vi pelas redes sociais foi uma policia que faz armadilhas, que se infiltra no meio da manifestação com a desculpa de trazer mais segurança, foi uma policia que atira e joga bomba em quem esta desarmado, está sentado, está só gritando pelo seu futuro. Vi Bope, Batalhão de choque, Força Nacional... pareciam que iam instalar uma UPP na manifestação, que os manifestantes estavam todos armados e iam começar uma guerra civil. Vi gente sendo encurralada e ganhando tiro estando desarmada. 

Vi desligarem as câmeras de transito antes do inicio da manifestação para que a população veja só o que é transmitido pela imprensa... Ué?! Se são vândalos pq não utilizar essas câmeras na identificação dessas pessoas. O que se tem a esconder em dias que vivemos como se tivéssemos no BBB com câmeras para todos os lados... mas que não podem ser usadas pq foram desligadas. Vi tanta coisa triste por parte de quem deveria estar junto, nos protegendo e lutando por um Brasil melhor...

Só que ao contrario do que deveria acontecer... ver tudo isso e tirar o pôpô da cadeira do computador para star lá de perto, só me fez ter vontade de mais e mais. Vontade de gritar e de me juntar a massa, e fazer numero para mostrar para as autoridades que eles trabalham para nós.

O que eu, bem particularmente, quero com essa 'revolução' é que a legislação vigore em nosso favor e não contra nós. Que quem estiver nos representando, de fato nos represente e não os seus proprios interesses. Que quem se disponibilizar a fazê-lo, que o faça por nós e não por eles mesmos.

Quero que as prioridades não sejam as maquiagem (que nada tem a ver com meu esmalte vermelho) pelas cidades, ou 150 metros asfaltado de uma rua de 1km só pq alguém importante vai passar por ela. Que o tal legado da copa seja duramente investigado, pq o único legado que vejo são estádios que custaram bilhões e que podem ser fechados como o Engenhão, construído pro PAN, foi.

Quero não precisar gastar boa parte do meu salario com plano de saúde e escola... Ou que, pelo menos, Laís não precise fazer isso quando for o seu momento. Que a pequena tenha orgulho de sua cidade, estado e país.

Por isso que não vou calar minha voz, não vamos parara por aqui. Isso é só o começo, e por mim não para antes de outubro de 2014.





Protesto Materno surgiu da vontade de mães fazerem algo pelo país, já que nem todas podem ir para as ruas com o seu filhote. O movimento começou com a adesão de mães blogueiras, que postam em seus blogs nesta sexta-feira suas visões e opiniões sobre o movimento legítimo e democrático que toma conta das cidades. O protesto reúne outras centenas de mães conectadas  que já estão divulgando o manifesto virtual via redes sociais – e as que decidiram levar essa união materna de volta para as ruas.

O intuito é engrossar as manifestações pacíficas que estão acontecendo pelo Brasil, apoiando mudanças além dos 20 centavos e que, sem dúvida, podem fazer da nação verde-amarela um 
lugar melhor para nossos filhos.

20 junho 2013

O poder do esmalte vermelho!!

Gente amiga, vamos tentar animar isso aqui??? Sei do meu sumiço nas vizinhança, mas vou me organizar para me atualizar e voltar a frequentar com regularidade os cantos que tanto amo e, quem sabe, até conhecer cantinhos novos!!!

Ah.. Isso não é BC de esmalte não, viu!!!

Mas vamos prozear???

Eu sou pessoa trabalhada no basicão... 
Tipo: Nude, jeans, branco e preto, fazem a minha cara em qualquer produção. Maquiagem passa longe de my face. A juba só ta solta quando está controlada pela progressiva (polemicas a parte, ela ajuda um bocado). Tratamentos esteticos??? Eles existem??? Nunca fiz nenhum!!! E as unhas... ah as unhas!!! Essas eu sempre fiz só em ocasiões mega especiais tipo casamento (mas só de gente muito proxima)... e como não tenho tanta gente proxima assim, casando toda semana, já fiquei mais de um ano sem fazer.

Vejam bem... Minha mãe é tipo perua, sua cor favorita é vermelho e ela faz unha regularmente toda semana... Minha irmã, não tão perua, é muito mais ligada em roupas, acessórios, maquiagem e unhas. Rá, as unhas!!!

Teoricamente, eu deveria ser assim tbm. Ou pelo menos quase isso. Podia ao menos pentear o cabelo para sair ao invés de simplesmente fazer um coque ou rabo de cavalo - e esses agora TEM que ser no alto da cabeça, se não fico igual uma velhinha e minha irmã me mata.

Pois bem... coloquei até lá meu 101 em 1001 uma meta de fazer unha duas vezes por mês. Mas não consegui chegar nem perto disso.

Assim... acho muito valido quem faz tudo isso aí que eu não consigo fazer. Não acho futilidade nenhuma a mulher se cuidar, se gostar e se enfeitar. Acho que faz um bem pro ego do KCT, vc fazer alguma coisa diferente e se sentir O mulherão.

Daí que mudei de prédio no trabalho. Ficamos mais perto de um mini-micro "centro" comercial, o que facilita muito as escapadinhas para comprinhas e cuidados com a beleza (que chefe não veja. Rá!). Então que na semana passada uma colega de trabalho me cedeu o horário dela na manicure... Eu eu não estava muito bem, sabem a nuvem cinza que está por aqui, então eu fui.

Eu sou pessoa trabalhada no nude... e esmalte para mim sempre foi o renda: Branquinho e transparente. Massssss... quando a pessoa quer que a mudança chegue de alguma forma, ela tem que dar o primeiro passo.

E foi assim que, pela primeira vez em 28 anos, eu pintei minhas unhas de vermelho. Não um vermelho vivo, um vermelho cereja, mas era vermelho.

Gente... dia dos namorados, pessoa trabalhada na pre-depressão (exagerada), com uma extração de siso marcada para aquela data, sem pretensão de receber presente... em fim!!!

Fui eu linda, loira e trabalhada no esmalte vermelho... de quebra ainda comprei presente - sem lei da ação e reação - e voltei para casa me sentindo A po-de-ro-sa!!!!

Hoje estou eu de novo... desa vez com vermelho tapete, o que quer que isso signifique, mas trabalhado no vermelho vivo... e me sentido a PO-DE-RO-SA (mesmo depois de uma semana do cão)....

Daí a poderosa ta aqui se roendo para ir para a manifestação dos 1 milhão de pessoa na rua, que vai acontecer no centro do Rio, doida que mamy aceite ficar com a pequena para que eu vá... trabalhada no sanguenozóio para ir contra meia duzia de coisas... me sentindo a mulher maravilha!!!

Conclusão... vou rever meus princípios e ter mais paciência para fazer as unhas, já que sempre achei desperdício de tempo... Vou marcar com a amiga esteticista uma boa drenagem, massagem, ou qualquer coisa que ela me indicar... Vou renovar a luzes poderosas.. e vambora começar a mudança me sentindo melhor comigo mesma... e seguindo mudando até conseguir mudar o país, pq não!!!

***
Aproveitando o ensejo... rsrsrs

Amanha, com muito orgulho, mesmo que eu não consiga ir hoje a manifestação, vou dar minha contribuição com um barulhaço que vai rolar na rede, pelo face, blog e tuwiter... dando a nossa contribuição materna  para o inicio da mudança do nosso país. 

#protestomaterno

Vambora mudar a auto estima e de quebra mudar a nação???

#OGiganteAcordou, #VemPraRua

18 junho 2013

Esmalte, viagem, protesto.. e os posts que não saem...

Ta vendo tudo isso ali no titulo do post... são parte dos posts que permeiam minha mente nos últimos dias... Digo parte, pq é parte mesmo.

Minha relação com blog é mais intensa, como um diário. Meio que por causa de Laís, encontrei minha turma e minha forma de comunicação. Coisa que não consigo fazer no Face por conta de familiares e outros "amigos" de face que não falam a mesma língua que eu.

Acontece é que voltei a trabalhar no olho do furacão, minha ajudante tomou pozinho de pirilimpimpim e sumiu de vez, Laís resolveu dar plantão nas doencinhas (semana sim, semana tbm), marido resolveu fazer greve nas atividades domésticas (causa já sendo sanada), a nuvem negra pós ferias instaurada no meu animo... Te falar.. se eu for listar aqui.. cês ficam com dó de mim.. e não é isso que eu quero, até pq sei que 6 em cada meia duzia dazamiga está na mesma situação que eu. 

Somo tão iguais em nossas necessidades e neuras, por isso nos "solidarizamos" nas nossas necessidades expressas no blog.

Como essa é minha forma de comunicação preciso colocar para fora o que estou sentindo e o que está rondando minha cabeça... preciso ler as vizinhas e saber o que rola do lado de lá da tela... Esse meu post é só para isso... para não deixar esquecido a finalidade desse canto antes que ela se perca na minha cabeça loira e oca (já disse que gosto de fazer piada com meu blond hair)...

Eu demoro... mas não esqueço nenhuma vizinha de rede, nenhum sobrinho virtual, nenhuma amiga que fiz por aqui.. e tbm não esqueço a importância desse canto. Juro que volto com minhas novas divagações e nossas novidades não tão novas!!!!

14 junho 2013

Pérolas - serie (update)

Vamos animar o fim da semana??? Vou tentando lembra algumas perolas que Laís tem dito... 

Ontem (feriado na minha cidade) estava em casa com Laís dodoizinha. Daí ela começa:
- Mãe, só vai sair leitinho do seu peitinho se tiver bebezinho de novo, né?
- É filha! Só vai ter leitinho quando a mamãe tiver um bebezinho.
- Mas eu não quero que vc tenha outro bebezinho.
- Não? Vc não quer um irmãozinho?
- Quero uma irmazinha, com 3 anos para brincar comigo.
- Mas aí não dá, pq primeiro nasce bebezinho. Igual a vc, quando siau da minha barriga.
- ... (silêncio)
Um tempo depois....
- Ô mãe... eu não quero que vc tenha outro bebezinho (choramingando)
- É filha? Mas pq vc não quer?
- Pq vc vai esquecer de mim e não vai me amar mais e eu te amo....
- ownnnnn (morri de apertar e expliquei que nunquinha, de forma alguma, vou esquecer dela)

*
Todo mundo deitado na cama, brincando de monstro.
 Marido vindo tentar me fazer cocegas e Laís me "protegendo".
Quando ela entrou na frente, ele mudou o foco e começou a fazer nela.
Ela começou a gritar:
- Para pai!!!!
- Paraaaa!
- Para PORRA!!!
- ...
silencio, enquanto eu tentava colocar meu diafragma no lugar depois de quase morrer para prender minha gargalhada.
- Vamos conversar?.... (e vamos explicar todo o contexto dos palavrões)

*
Antes de volta a trabalhar fui bater perna no centro do Rio... MInha mãe quase comprou uma flauta para Laís, mas a fila estava muito grande e ela desistiu. Quando encontramos com marido e Laís, minha mãe caiu na besteira de contar para ela e prometeu que da proxima vez comprava.
Minha mãe foi de novo ao centro do Rio. Aproveitou e comprou algumas calcinhas para a pequena (que são gastas a perder de vista), mas esqueceu da flauta.
Chegando em casa foi mostrar para ela. Aí ela:
- Ô vó, eu não preciso de calcinhas. Já tenho calcinhas suficientes (assim corretinho) e não preciso de mais. Você se lembrou da minha tufela (apelido da flauta)??? 
- :O (Cara da minha mãe, que saiu correndo ao armarinho mais proximo para comprar uma tufela)

*
Nós duas deitadas no sofá vendo tv... ela olha minha mão pela milésima vez (pintei as unhas de vermelho pela primeira vez na vida - assunto do proximo post) e diz:
- Mãe não quero mais ser criança. quero crescer logo.
- Pq meu bem? Ser criança é tão bom!!!
- Mas ser gente grande é muito melhor.
Daí vou eu explicar os benefícios de ser criança...
Aí ela argumenta:
- Mas esperar é muito ruim! Quero ficar gente grande e pintar a unha bonita igual a sua.
:O

*
Vou postando a medida que for lembrando.
*
Semana que vem teremos sorteio!!!!!

11 junho 2013

1 mês depois...

Ainda posso falar sobre o dia das mães, um mês depois do acontecido??? Não registrei aqui no ano passado então não queria deixar passar batido de novo. Alguém briga??

Esse ano tivemos festa na escola novamente e novamente foi aquela coisa breguinha que agente sempre espera.

Foi fechado para as mães e Laís deixou isso bem claro para marido. Disse que era festa de meninas, que nos dia dos pais ele teria a dele.

No espaço que a escola reservou para a festa foi aquela coisa de sempre.. decoração com muitos corações e flores, os pequenos completamente inibidos no meio de tantas mães/fotografas/loucas, uma música chorosa, um versinho fofo, um presente mixuruquinha pros 50 conto que eles pediram (dessa vez foi uma camiseta com varias fotos da Laís dentro das letras da palavra mãe) e para terminar um caldinho servido quentinho.

No meio disso tivemos algumas danças e brincadeira de mães e filhos... eu que sou o cumulo da timidez ainda entrei (me entraram) num grupo para as competições e perdemos. Daí tinha que pagar mico. TERRIVEL!!! Em fim...

No fim eu até gosto e me divirto com Laís aproveitando com seus amiguinhos, as mães cada um no seu canto com muito pouco em comum, as tias chamando todo mundo de mãezinhas e acabou!!! Até o ano que vem com mais breguices.... hhuahuhaua

Em casa tbm não foi muito diferente do outros anos desde que me tronei mãe. Almoço na casa da minha mãe. Presentes comprados por ela para Laís me dar – que ela jura de pé junto até hoje que fou ela quem comprou e escolheu. E nenhum presente do marido.

E olha que ele assistiu comigo o vídeo do MMqD sobre os presente de grego dos dias da mães. Ele ficou assustado com as mãezonas exigentes (nem tanto)... mas nem isso foi suficiente para ele ter criatividade ou semancol o suficiente para me dar algo bonitinho e criativo. Acabei ganhando um vaso de flores artificial (isso mesmo! Podem ter dó de mim!) e um cartãozinho “fofo”.

Ai ai... depois de ler o post da Dani, que passou pelo mesmo branco na data festiva, estou na duvida entre renovar minha esperanças para quem sabe no ano que vem ser diferente... ou desistir de vez e esperar até que Laís comece a trabalhar, ganhar dinheiro... e ter dó da mãe e comprar bons presentes! Rá!
 ***
To quase de volta, viu!!! A coisa esta começando a tomar eixo por aqui e logo consigo voltar a blogar/comentar/postar da forma como tanto gosto.


Não posso deixar de agradecer os comentários e o colo dos últimos posts. Como vivo sem vcs???

06 junho 2013

Somos todas top!!!

(pelo menos as que estão proximas a mim!!!!)

Precisava explicar meus post de mais cedo e responder ao 'otemo' comentário da Nine, daí resolvi fazer esse micro post (vamos ver se consigo)!!!!

Meus dias não tem sido os mais tranquilos, muito mais pela minha cabeça que faz mais expectativas do que deveria, do que pela realidade em si. Altos, baixos, médios... não adianta... eles nunca duram para sempre e sempre virão novamente... 

Mas foda... é que tem dias que agente quer ser top e não consegue. Daí se culpa.. dias que agente quer ser pelo menos médio.. e tm não consegue.

Quando li o texto não pensei nos blogs que tem pela blogsfera a fora, com esses eu já deixei de "brigar" a muito tempo. Pensei mesmo em mim e na minha cobrança interna e externa de querer fazer sempre mais e o melhor... E sempre mais e mais e mais... quando as vezes só quero pegar o controle e assistir a programas culinários na frente da tv.

Daí agente vê mil dicas, receitas, brinquedos, livros, atitudes, pensamentos.... e pensa: "puts!! o que eu precisava!!" Aí eu não consigo nem chegar perto de realizar... e me cobrooooo, me culpo. Coloco Laís na frente da Discovery kids.. e depois me cobro que era para estar ali, sentada brincando com ela... mas bm não to bem. to cansada.

Acho que o post foi sim incrível, não como uma critica a blogsfera, mas uma critica a como algumas de nós nos sentimos. E a blogsfera influencia muito, pq se não tivesse esse acesso não ia ter as dicas que eu acho incrível, mas por pura incompetência não consigo por na pratica.

Já declarei a 7 ventos todo meu amor pelo blog, blogger e blogsfera. Muito do que pratiquei nesses anos... e do que pratico até hoje.. e principalmente, do que vou lutar para conseguir no próximo filho, eu devo exclusivamente a blogsfera materna. Acho mais... sendo bem exagerada, que toda gravida deveria passear pela blogsfera para ver que não precisa de metade do seu enxoval, que seu médico só pensa em dinheiro... e muitas outras verdades (minhas e de cada uma) que só descobri pela rede.

Acho que o texto foi escrito num suspiro, inclusive no site esta assim com muitas palavras juntas e sem parágrafos. Provavelmente por um post ou comentário que a blogueira recebeu que deixou ela fula da vida. Já passei por isso, sei como é. Rá! E acho que ele fala muito a verdade de uma meia duzia de blog em que eu virei uma mera expectadora. 

Mas para mim falou mais da culpa e da cobrança própria... que eu tenho todos os dias e noites para tentar ser top e por isso quis muito compartilhar.

*Nine, seus comentários e posts são sempre muito enriquecedores e me fazem sempre pensar e sair do conforto da cadeira. Sua amizade faz o mesmo... e assim como muitas outras meninas que conheci através do blog, é muito importante para mim. Sou fã da sua forma de pensar e colocar para agente de forma tão clara e leve.  Mais um benefício que o blog me trouxe.

Agora preciso tentar aproveitar os dias lindos de outono (já falei que é minha estação do ano favorita?) e melhorar meu animo com dias lindos de céu azul.

Eu sou top???

To num dia ruim. 
Deixei Laís chorando na creche. 
Tive uma noite não das melhores. 
Voltei a trabalhar ontem e todo peso do mundo está de volta, daquele jeito que agente não gosta, mas precisa engolir.
Estou sem um puto furado, pq né, voltei de férias e aproveitamos "mais" que devíamos... mas as contas não ficaram pro mês que vem.
Passei as duas ultimas semanas de férias cuidando de Laís ou de mim, já que ambas ficamos doentes.
Estou me sentindo merda ao quadrado pq não organizei, arrumei, enfeitei metade do que tinha organizado para fazer.
Estou me sentindo mal pq tem um mote de texto que que quero ler, tem um monte de gente que quero visitar e não consigo ter tempo ou concentração o suficiente para isso... 

e putaqueopariu.... adorei!!!!!!

Não sou tão assim... mas é um sacode em algumas coisas. mas no fim fiquei feliz.. pq tenho muito mais amigas pelo blog.. do que fãs e seguidoras.
Ela é top: mãe blogueira
Já não bastam as noites mal dormidas por filho que te acorda querendo mamar, ou ser ninado. Já não bastam os estresses comuns à maternidade.Agora as mães precisam ter blog.E é esse tipo de blogagem que tem deixado o fardo da maternidade cada dia mais pesado.
Já não basta apenas ser mãe.É preciso entrar em trabalho de parto, parir em casa, amamentar exclusivamente até o sexto mês, entrar com papinhas orgânicas, recusar qualquer inserção de adoçante, corante, conservante, qualquer ante que vá modificar o alimento da criança.
É preciso amamentar até o dia do vestibular.Não pode chupeta, não pode mamadeira, não pode compartilhar cama, não pode mandar para a casa da vó, não pode creche. A mãe precisa trabalhar de casa (e ganhar um bom dinheiro com isso para ser independente), precisa deixar a casa um brinco, com seu detergente e seus produtos de limpeza feitos em casa, biodegradáveis, naturais. Não pode ter empregada, tem que dar conta de tudo. E não pode reclamar.
É preciso ter paciência com as crianças, brincar com brinquedos feitos com sucatas, estimulá-las com bolas, fios e giz de cera caseiros. Nada de brinquedinho da moda, nada de TV, nada de aplicativos.Mãe boa não manda criança para a creche ou para a casa da vó. É preciso estudar em casa. Ser bilíngue, ser musicalizado, socializado, disciplinado.Não pode fazer birra, não pode ser agressivo, e tem que ter senso crítico e de estética aos 3 anos de idade.
Para ser exemplar, a mãe precisa tirar fotos profissionais de suas crianças, no seu quintal todo arborizado, enquanto elas plantam as sementes de chicória que comerão disciplinadamente na hora do almoço em família. E não bastam fotos tratadas dignas de capa de revista. Tem que compartilhar nas redes sociais. Tem que receber 1.429 coraçõezinhos.É preciso exibir sua barriga chapada e seu corpo delgado 15 dias depois do parto. 
É preciso compartilhar seu prato de salada, seguido de um chocolate belga caríssimo. Tem de ser linda, de cabelo feito, maquiada às 6 da manhã,bem vestida. E as unhas nunca descascadas, pois o esmalte é gringo. Assim como seus demais produtos de beleza. Não basta ser mãe, não basta ter filhos, não basta ter blog, não basta exibir sua vida perfeita de comercial de margarina. É preciso saber programar, ter noções de SEO, ter views, seguidores, fãs. Uns 2.000 no mínimo. Tem de publicar lista de enxoval, guia de desfralde, dicas de amamentação. 
É preciso profissionalizar o blog, ganhar amostras, ir a eventos, sair em fotos.É preciso compartilhar uma vida magistral, sem máculas.Afinal de contas, quem é que gosta de expor seus defeitos?E não estou falando pelos outros. Convenhamos.A beleza da maternidade está na imperfeição.Na falta de saco para amamentar, na falta de tempo para brincar, na pia cheia de louça, na pilha de roupa que você não vai passar, na falta de grana, no esporro que você deu porque seu filho derrubou o suco no chão limpinho. 
Na falta de vontade de cozinhar e o almoço vai ser fast-food mesmo, com direito a brinquedinho, para você se sentir menos culpada. E vai ter suco de caixinha!Ninguém publica isso. Ninguém tira foto do filho brincando no tablet. Ninguém compartilha sua foto de pijama, com cabelo desgrenhado, desabafando pelo blog, enquanto tem filho chorando pedindo colo. A maternidade é assim: imperfeita, inacabada. Ainda que bela e divina,exatamente por isso. Não postamos sobre nossas falhas, mas buscamos no Google a fórmula mágica para lidar com elas.
Talvez, se fôssemos mais verdadeiras, mais sinceras em nossos blogs, não teríamos tantos sorteios, tantos anunciantes. Mas levaríamos a vida mais leve,teríamos mais disposição para aquela dedicação maternal. Teríamos mais amigas, em vez de fãs. Teríamos mais companheiras, em vez de seguidoras.
Milene Massucato, mãe de Nicolas e Lorena, é autora do blog www.diiirce.com.br

04 junho 2013

Relato de Nascimento de Laís - Fim (eu juro!)

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Onde estávamos??? 
Tá um frio danado aqui no Rio - não zoem, 19 graus é frios pacas -  e eu voltei a trabalhar hoje, dois dias antes do fim das minhas férias.. e não parei um segundo. Passei a noite em claro com Laís, que insiste em seu resfriado bate e volta e continua com ele já a quase 3 semanas.. e eu estou batendo cabeça.... Então perdoem a minha ausência da vizinhança... Precisava mesmo escreve e findar esse relato.... 
Lá vamos nós!!!!
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Paramos na minha torcicolo por conta de ter feito um esforço do cão para ver a minha pequena.... :)

Depois disso ela veio muito rápido para mim. Na verdade não veio. Não tenho a lembrança do momento em que ela chorou. Lembro que o Dr me mostrou ela por cima daquele lençol que faz uma paredinha e me deu para beijar #pausa momento confissão: senti certo nojinho :( de beijar num primeiro instante. Ela estava toda sujinha ainda e eu não era emponderada o suficiente. Pensei, que linda, vou beijar pq ta todo mundo olhando, mas queria dar um banho nela. Mas de merda, eu sei!!! A primeira de muitas.. rsrs #despausa

Depois do "beijo" tiraram ela por alguns poucos instantes e depois vieram com ela do meu lado (nesse momento eu esqueci barriga e cirurgia. Não estava sentindo nada mesmo!) Aí sim.. ja sem o grosso da sujeira. Eu queria muito pegar... Muito mais pela duvida e pela ansiedade do que a situação me causava do que pelo amor repentino que nasce junto com o bebe. Desse eu não senti. 

Voltando ao relato... 

Nessa hora a Ped que estava acompanhando colocou ela no seio e apertou bem até sair um pouco do colostro. Foi o nosso primeiro contato com a amamentação e a lembrança que tenho é de ver a boquinha dela procurado o bico do seio para mamar. Depois dessa mamadinha, que não foi no meu colo, não foi comigo segurando, não foi nossa.... depois disso levaram ela para os procedimentos padrões. Procedimentos que só tomei consciência de quais eram pelas fotos que a ped tirou de dentro do berçário.

Uma coisa... Nesse momento, Ed que foi levando Laís. Parou antes no quarto em que estávamos para minha mãe ver, ficou um pouco com ela ainda, e só depois "entregou" no berçario. Tivemos algumas facilidades pelo horário, por sermos os únicos na ala da maternidade e por termos mudado a rotina dos médicos envolvidos.

Depois que Laís saiu do centro cirúrgico eu tive um certo panico. Panico da distancia dela. Panico pq Ed não estava mais lá. Pânico pq não sabia como seria dali para frente. Por conta disso, quase passei mal. Comecei a ficar com falta de ar, mas segurei o emocional para passar por aquilo logo e ir para o quarto.

Nesse momento, conforme já havíamos conversado, o Dr fez uma micro cirurgia plastica... e me comunicou disso quando começou a fazer.

Explico:
Uns 5 anos antes de Laís nascer, eu tinha feito uma cirurgia para retirada de dois cistos que geraram uma hemorragia, uma grande dor de cabeça e a perda de um ovário e trompa. O corte era bem similar ao de uma cesárea, mas a cicatrização não foi das melhores. Durante a gestação, mesmo com aquela barrigona esticada com um monte de pele estalando pedindo hidratação, na região da cicatriz tinha um gominho de gordura. Uma gordura durinha, que logo encheu de estrias roxas e que não sairia dali mais. 

O Dr chamou de celulite, mas nem sei se é isso mesmo pq ninguém que eu comento sabe do que se trata. Em fim... em finais de gestação eu descubro aquilo e quase entro em depressão. Daí na ultima consulta, quando marcou-se a cirurgia, o Dr disse que havia uma pequena possibilidade de ele mexer para tirar aquele bololô de gordura. E assim o fez.

Antes do meio dia eu estava no quarto. Laís chegou pouquíssimo tempo depois de mim. Depois do parto, só nos separamos por alguns minutos na hora do banho e uma vez no segundo dia por conta do complemento, já que o colostro não estava satisfazendo e estávamos chorando junto com ela.

Incrivelmente, ou pq dessa vez eu tinha algo maior para me preocupar, eu não tive nenhum problema de recuperação da cirurgia. Ainda no hospital eu tomei banho sozinha. Eu sentava e levantava com certa facilidade. Tbm comi e evacuei (condição para alta) com facilidade. 

Dois dias depois, estávamos descendo a serra com uma bebe dorminhoca e faminta. E o resto da historia vcs já conhecem!!!

Do que tirei dessa experiencia, hoje, mais de três anos depois?

Mesmo eu não querendo o dia 11, esse foi o dia que minha bebe estava pronta biológica e fisiologicamente, para nascer. Mesmo se eu não tivesse esperado tanto para acionar o médico e tivesse corrido pro hospital na primeira contração, eu teria a certeza que o corpinho dela estava pronto para aquela experiencia. E, hoje, isso faz a maior diferença para mim.

O período que fiquei instintivamente prolongando o TP sempre me pareceu magico. Mesmo quando minhas informações eram limitadas. Esse período me mostrou que sou muito mais forte do que eu mesmo pensava, que eu estava pronta pro que estava por vir (viesse o que viesse) e que tenho plena condição de passar por ele de novo.

Numa das fotos do parto, tive a sensação de Laís ter nascido meio roxinha... e ter demorado a chorar. Isso tbm me fez ficar tranquila com a decisão do médico. Mesmo que tenha sido por interesses próprios, que ficar ali naquele TP podia durar mais algumas horas e tal, mesmo assim acho que aconteceu da melhor forma para nós duas. Então não tenho esses fantasmas.

Da proxima vez, pode ser que eu vá naquele médico, pq é o médico "bomzão" que o plano cobre e quem passa os exames pelo plano. Pode ser tbm que eu ache outro bom e mais disponível para um parto normal. Pode ser que eu me encaixe em um grupo de apoio e "me encontre" e entenda mais profundamente todo esse processo e consiga envolver Ed nessa jornada. Da próxima vez, estarei bem mais experiente e munida de informação.

*Só não sei como vou fazer para não cair no pau com um médico cesarista que vier me falar que não posso ter parto normal.

Bem.. pode ser que da proxima vez aconteça tudo meio parecido ou muito diferente. 

Acho que relatos como o meu, que considero um meio do caminho, relatos de partos domiciliares, partos naturais em hospital, partos por cesarea... esses relatos vão nos munindo de informação. Vão inchando a rede com experiencias compartiladas por pessoas normais que podem ajudar a mudar o cenário banalizado ou deixado em segundo plano que vemos por aí.

Acho tbm que a forma como nasce o bebe pode pouco importar depois que o bebe nasce. E pode mesmo. O principal já está ali e pronto. E que otimo quando é assim. Mas pode importar tbm... e muito.

Eu estava muito doida para agarrar essa bochecha :)

03 junho 2013

Relato de Nascimento de Laís - Parte 2

Parte 1 aqui!!!
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Estou de volta a labuta e os quase 30 dias passaram mais rapido do que eu queria... alguem me arruma mais 30???
Vamos ao que interessa!!  hehehe
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Sabe quando a gente se conforma com o que não pode mudar. Ou com o que acredita que não pode mudar?! Eu me conformei e fui curtir o final do final da gestação.

Terminar de repassar o que faltava no trabalho. Arrumar as roupinhas que ficaram de fora da mala de maternidade. Fechar minha bolsa. Terminar de comprar o que faltava. Acho que foi a semana mais cansativa em todos os sentidos. O peso já estava bem dificil de "arrastar", as coisas pipocavam para fazer, eu e minha mãe arrumávamos ideias e mais ideias de ultima hora para preparar.

Sei que no sábado antes do dia 11, eu estava batendo perna no Shopping atras de uma roupa de frio em pleno verão'zaço carioca pq cismei poderia fazer frio na serra e a criança não ter roupa de frio suficiente (ela só foi usar as roupas 4 meses depois). E no domingo estava com a sala toda bagunçada, cheia de retalhos e linhas, pq estávamos terminando as lembrancinhas e enfeites que inventamos nas ultimas horas. Tenho fotos de poucas horas antes de entrar em trabalho de parto.

A ideia era terminar tudo na segunda cedo. Ir no clube tirar umas fotos de buquine e relaxar um pouco na piscina. Terminar de arrumar o kit de berço (que eu odiei) no quarto... tudo com muita calma. Começas a se preparar para subir às 17h, internar às 19h e aguardar a faca.

Só que não criançada, minha menina tem personalidade e ela quem definiria a hora que iria nascer.

No domingo levamos minha mãe em casa perto da meia noite e na volta senti a primeira pontada. Depois do susto do dia 1º, não queria alarmes falsos. Achei que eram gases. Depois que cheguei em casa e fui organizando uma coisa ou outra, senti outra, acho que uns 40 minutos depois. Gases de novo, claro!!!

Fui tomar banho para deitar e as dores aumentavam significativamente o espaço de tempo.Deitei e acho que dormi muito pouco ou quase nada, pq as contrações voltaram e coltaram e voltaram, cada horas maiores e mais fortes.

Não quis outro alarme falso, então pensei que ia segurar enquanto desce. Levantei e fiquei muito tempo debaixo d'água. Com a água caindo nas costas e no pescoço e onde mais eu conseguisse me concentrar. Com pouca roupa eu andava pela casa, moro num apertamento, mas devo ter andado um bom quilômetros  na sala. Quando conseguia deitar colocava os pés em cima do puuf gigante que tínhamos e tentava identificar a dor.

As 6h desisti e começamos a ligar pro medico. Sou chata e apesar de ser uma "emergência", de ter o telefone da casa do médico e de poder ter simplesmente ido pro hospital. Não fiz nada disso. Tentei ir ligando pro médico, afinal, só podia ser gases... ele disse que eu não teria dilatação/contração/ sei la mais o que. E alarmar meio mundo por alarme falso não era meu tipo.

Ed foi buscar um remédio de gases, mas não achou... Enquanto isso as contrações ficavam cada vez menos espaçadas. Até que, quase 8h da manhã e GO Ligou o cel e a ligação entrou. Ele mandou contar o tempo das contrações e pode ouvir duas delas ao telefone. Rá! Mandou subir imediatamente.

Ed ainda foi buscar minha mãe e eu arrumar mais uma coisinha. A essa altura, eu já estava em trabalho de parto, com contrações irregulares e regulares a quase 8 horas (quem é frouxa agora?!).

Ainda tivemos que parar para abastecer, afinal teríamos o dia inteiro para fazer mil coisas antes de Laís chegar. Não vou esquecer a cara do frentista enquanto eu me contorcia e gritava ligeiramente durante uma contração... hehehe

Não tenho certeza, mas acho que chegamos ao hospital as 10h ou  quase isso, ou pouco mais que isso. Tinha perdido a noção do tempo. Foi tudo muito devagar, mas muito rapido.

Lembro de esperar uns minutinhos na cadeira de rodas na sala espera, enquanto uma paciente estava terminando a consulta com o GO... e ter mais uma contração enquanto meia duzia de gravida me olhava com cara de panico/pena.

Mas lembro de ficar ali... alguns minutos, naquela espera até que ele me atendesse. Entrei na sala e ele riu, não de mim, para mim (se fosse de mim, do jeito que tava mandava para PQP) e mandou deitar na maca. Cara.. te falar: a pessoa urrando de dor, sem posição, tensa esperando o momento da próxima contração ficar para lá e para cá no hospital movimentado (segunda de manha) né fácil não.

Mais difícil ainda foi, depois de deitar naquela maca e fazer o exame de toque, ouvir que eu só tinha 1 cm de dilatação e ia para o centro cirúrgico.

Na verdade fui para o quarto primeiro, "me arrumar". Nessa hora que senti que a bolsa tinha estourado, mas saiu pouquíssimo liquido e algum sangue. Não lembro, e na hora tbm fiquei confusa, se rompeu sozinha ou se foi durante o toque.

Naquele momento, com o pouco conhecimento que eu tinha e o tanto de dor que estava sentindo, só queria que tudo acabasse bem e que Laís chegasse bem.

Engraçado é que a partir desse momento, não tenho o que contestar sobre o nascimento da Laís. Acho que a partir dali, foi da melhor forma que poderia ter sido. Vai saber!!!

Tudo foi muito rapido e lembro que ia dar 11h quando eu entrei no centro cirurgico. Vi o ed numa salinha, mas me passaram direto. Não me deixaram sozinha momento nenhum a partir disso.

Primeiro com a enfermeira e o anestesista, que foi um anjo na minha vida. Carinho, educado, explicou o que ia acontecer, como ia acontecer, as possíveis reações a anestesia e que eu ia parar de sentir dor. EU não senti a dor da anestesia com muitos dizem (ou estava no meio de uma contração que maquiou a dor, não sei), senti a pontinha da agulha e depois mais nada.

O anestesista e a enfermeira começaram a me posicionar na hora que o GO chegou com a equipe. Ele foi lá, falou comigo, riu um pouco foi direto para a barriga cortar as 7 camadas da pele. Ed entrou tbm eu veio ficar do meu lado. Eu não estava nervosa, nem estava mais com dor. Mas estava com uma ansiedade tão grande que me fazia chorar e tremer.

Na minha cabeça passaram poucos segundos até ouvir a primeira frase sobre Laís: Quanto cabelo!! Foi a primeira coisa que o Dr disse sobre ela. Nessa hora eu fiquei numa ansiedade tão grande para vê-la.. que fiz força nos ombros para levantar. Fiquei com um torcicolo tão grande e tão dolorido, que entrou para a lista de remédios prescritos durante a internação.

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Não briguem comigo.. está ficando muito grande e vou dividir  mais um pouco para ficar menos cansativo..rsrsr
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Continua

01 junho 2013

Relato de Nascimento de Laís - Parte 1

Assunto difícil, complexo e complicado. Difícil pelo nome, pelos rótulos e pelas lembranças. Complexo pq envolve uma briga entre o conhecimento que eu tinha na época e o conhecimento que eu tenho agora. E complicado pelas verdadeira praças de guerra pela blogsfera e internet a fora por conta da forma de nascimento de um ou de outro.

Não vou fazer ativismos ou defender lados, até pq não tenho conhecimento de causa para isso. Não pesquisei a fundo, não ouvi pessoa o suficiente para fechar uma conclusão. Em fim... vou trazer, depois de mais de 3 anos de blog, como foi o dia do nascimento de Laís e como chegamos lá.  E quem sabe fazer alguma conclusão disso tudo para que numa próxima vez seja diferente. Nem melhor, nem pior.

Mais uma coisa. O título do post não está escrito relato de parto e é de propósito. Acho que independente da forma como foi o parto, o que importa é a forma que o bebe nasce e o respeito, cuidado e carinho que se tem nesse meio.

*Pode ser que o post fique grande demais (todos já estão acostumados com meus testamentos). Se eu achar necessário, divido em dois, pode ser?!!! Adorooo!!!!

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Laís nasceu no dia 11/01/2010 às 11:10 da manhã depois de uma cesariana que durou (na minha memoria), no máximo, meia hora . Mas até chegar ali, muita coisa rolou.

Como li um p* texto essa semana sobre pré-natal humanizado no MMqD, acho super valido, começar meu relato pelo começo, na escolha do ator principal da brincadeira, ou deveria ser coadjuvante??? rsrsrs

Em fim... Descobri que estava gravida (já tinha um pedido de exame Beta feito por um Gineco super  recomendado, mas que confundiu o feto com um cisto, uma semana antes) mas não tinha ideia de come seria dali para frente. No trabalho todo mundo falava de um médico de Petrópolis que, ainda hoje, é tido como Santo por muita gente. Pq é calmo, explica, não sai metendo a faca ou sai dependendo da ótica de quem está falando.... em fim. Ô médico, ô cara. E eu que era louca de querer uma médico diferente disso. 

A esposa do chefe era paciente, meia duzia de amigas tbm, então não foi das tarefas mais difíceis conseguir uma vaga na lotadíssima agenda dele (na verdade só consegui ir pq a filha do chefe desistiu de sua consulta, rá). 

Na primeira consulta tive a melhor das impressões. Calma, sem "taxímetro" ligado, respondendo as duvidas que eu tinha. Passou alguns exames de rotina e pronto. Assim saímos da sala. E assim foram todas as consultas nos 6 meses seguintes. 

Ele não era um médico ruim. Nunca vou achar isso. Nem era grosso ou me tratava como idiota (algumas vezes sim, mas prefiro acreditar que sempre se fica meio idiota na primeira gestação - tipo querendo que o bb enxergue a luz da lanterna focalizada na barriga #eufiz, e ele respondeu rindo que era mito). Mas, com a experiencia, vejo que ele me ajudou muito a focar a gravidez no hoje, tipo: "não vou pensar em parto, amamentação, baby blues, finanças falidas. Vou pensar na gravidez e na alimentação e em ganhar pouco peso e não comer tanto sorvete, em como o bb esta mexendo e dando cambalhotes, em como está o desenvolvimento fetal."

Não que isso tudo não seja importante mas com a cabeça que tenho hoje, tenho mais que certeza que o conhecimento de coisas muito mais profundas são bem mais relevantes para quem não tem ideia do que estar por vir. Acho que uma consulta pré natal tem que ser encarada como uma preparação mensal, um pouquinho de cada vez. Com esclarecimentos sobre procedimentos, medicações, riscos, o que é e o que não é, o que é mais indicado ou não e tudo que aquela indicação envolve.

Lembro que logo que entrei na blogsfera eu não tinha nenhum problema com o meu parto e pensava que eu nunca poderia ir contra o médico, pq ele sabia o que era melhor para mim e para Laís. Hoje não acredito mais nisso. Quem sabe o que é melhor para mim e meu bb sou eu. E é assim que tem que ser... 

Voltando... (falo pra c*&¨¨$)

Sempre que eu falava sobre o parto ele respondia a mesma coisa: "Quando chegar a hora certa a gente conversa sobre isso". Aquilo me dava certa aflição pq nunca gostei de viver na ignorância e não ter planos sobre o que vai/pode acontecer, mas... gravida e de primeira viagem, confesso que tinha medo de contraria o médico e receber um carão. rá!

Então... já que a gente conversa sobre isso na hora certa. Vamos confiar neah?! Ele tinha feito parto de duas amigas bem próximas. Uma muito fresca que teve um PN otimo, mas que estressou ele até a ultima gota. E outra super descolada que queria PN e no fim não pode ser por algum motivo que não lembro. Ele estava com crédito.

Daí que chegaram as consultas quinzenais e logo semanais. Mas não chegaram as conversas sobre o parto. Eu estava tranquila. Tinha tido uma gravidez excepcional, estava com peso bom, pressão boa, cabeça boa, pele lisinha banhada por litros de óleo de amêndoa... não tinha motivo para marcar cesárea e não queria.

Ele passaria a semana do ano novo fora e eu não tinha nenhuma pressa para Laís nascer antes do dia 15, DPP inicial. Até a ultima consulta antes da viagem dele não tínhamos falado nada sobre o parto além do  "Quando chegar a hora certa a gente conversa sobre isso". A única coisa adicionada foi que se qualquer coisa acontecesse enquanto ele estivesse fora, uma médica já estaria pronta para me atender. Ah... e que eu não tinha dieta restrita para as festas, já que no resguardo a coisa fica mais restrita. #mefudi

Para meu desespero de quem não queria bb nascido em época de festas de final de ano, eu passei mal no dia primeiro. Muita dor... na parte de CIMA da barriga. Muita, muita, muita. Liguei para a médica reserva e ela mandou subir pro hospital na hora. :(

Enquanto eu me arrumava eu comecei a vomitar igual louca desvariada como se não houvesse mais amanha. E já cheguei ao hospital sem dor. Quando eu cheguei a medica estava na porta me esperando, já com o centro cirúrgico sendo preparado para me receber (isso ae, teoricamente estava em trabalho de parto e ia para o centro cirúrgico de qualquer jeito, pescou!?!). 

Quando eu ouvi, entrei em panico e falei na-não, pó-parar que Laís não chega hoje não. Depois de explicar o que eu estava sentindo, ou que tinha sentindo (pq parei de sentir rapidinho depois de ouvir aquilo), ela me levou pro consultório para fazer o toque e eu estava sem dilatação e tbm estava sem contração... tinha era comido mais do que devia e o estomago comprimido pelos 9 meses de gestação, não aguentou a barra e colocou tudo para fora. :) #vergonhagorda

Quando ele voltou, finalmente falamos sobre o parto. Eu iria fazer 40 semanas no final daquela primeira semana de janeiro e não demonstrava sinais que iria ter dilatação/contração/sei la o que para conseguir ter parto normal. E ele marcaria o parto para a segunda seguinte, dia 11. Segunda feira a noite, bom para o pai ganhar a semana inteira de licença. Bom para mim que ia conseguir descansar do peso (no final eu fiquei igual uma jamanta)... só não sei onde descansar e recém nascido cabem na mesma frase! Em fim..

Sabe banho de água fria? Foi assim que saí do consultório naquele dia por N motivos. Eu não tinha 1/10 do conhecimento que tenho hoje sobre os beneficio do parto normal e humanizado para a mãe e para o bb, mas queria muito ter a experiencia do parto normal, principalmente pq todo mundo falava que eu não era capaz de tê-lo.

Ouvi a gestação inteira (e antes dela tbm aqui) que eu não ia aguentar a dor do parto e que eu não seria capaz de passar por um PN. Que era frouxa, mole, medrosa, chorona... que era melhor mesmo marcar de uma vez que ia ser mais fácil. :(

Eu queria pq não queria passar por outro pós operatório traumático. Pouco mais de 5 anos antes, eu tinha feito uma cirurgia bem parecida com uma cesárea para tirar uma trompa e um ovário depois de uma hemorragia decorrente de cistos e tive um pós operatório terrível, com dores alucinantes, sem conseguir andar por causa do pontos, inflamação, ponto minando água e a lembrança daquele centro cirúrgico gelado.

E dia 11 era aniversário do meu irmão (por parte de pai). E por birrice minha, eu não queria que Laís nascesse no dia de outra pessoa.

Banho de água fria foi pouco para descrever como desci a serra naquele dia. Um caminhão de gelo caiu sobre o meu banco do carro e depois sobre a minha cadeira do trabalho.

***
Continua...